quinta-feira, 22 de março de 2012

Convidada para Bienal do Livro, Alice Walker debate sobre conflitos humanos

No romance A cor púrpura, as irmãs Celie e Nettie são separadas na adolescência por um pai brutal. A cena acontece na Geórgia dos anos 1930. A trajetória da família — pobre e negra na região mais racista e conservadora dos Estados Unidos da época — foi inventada pela escritora Alice Walker em 1982 e levada às telas por Steven Spielberg três anos depois. O romance recebeu o Prêmio Pulitzer e transformou a escritora em ícone do feminismo e da luta pelos direitos humanos nos EUA.
Alice nasceu na Geórgia, em 1944. Na época, a segregação racial ditava as regras. Negros ficavam confinados em minúsculos espaços nas traseiras dos ônibus e não podiam frequentar livremente a maioria dos estabelecimentos, inclusive as escolas. Nos anos 1960, casamentos inter-raciais eram proibidos, mas Alice trocou alianças com Mel Leventhal, um advogado judeu e branco. Os Estados Unidos de hoje são bem diferentes daqueles experimentados na juventude, mas Alice continua insatisfeita. Ela lamenta as guerras e ainda enxerga segregação em uma sociedade na qual negros e índios são os mais pobres. Também faz parte da luta a preservação do meio ambiente. Nunca esteve no Brasil e está curiosa para ver a mistura racial da qual tanto ouviu falar. Espera ter uma ideia do que é isso em abril, quando desembarcar na capital do país para a 1ª Bienal Brasília do Livro e da Leitura.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 
Links
Translate