sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Poesia brasileira guia bate-papo entre autores

Os poetas Eucanaã Ferraz e Antonio Cícero participam hoje do projeto Literaturas, no Sesc Palladium


Autor. Eucanaã Ferraz ressalta a presença de uma multiplicidade de propostas na produção atual
PUBLICADO EM 28/11/14 - 04h00
Carlos Andrei Siquara

Dois nomes conhecidos pelo trabalho que transita entre a criação e a pesquisa, os autores Eucanaã Ferraz e Antonio Cícero são os convidados do projeto Literaturas: Questões do Nosso Tempo, que acontece hoje, no Grande Teatro do Sesc Palladium. No encontro, os dois devem discutir aspectos relacionados à poesia brasileira. Para Ferraz, na esteira do que vem acontecendo desde 1990, há no presente uma tendência a se compreender a produção poética contemporânea pelo viés da multiplicidade.
“Eu noto que, cada vez mais, os poetas contemporâneos encontram saídas singulares. A impressão que tenho é que cada tem uma espécie de aventura própria com a sua escrita. Não parece haver sugestões de saídas coletivas ou um ideal de vanguarda que sirvam à priori para autores variados e com desejos diversos”, diz o poeta e professor na faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Para ele, o contexto recente também revela sinais de ativa presença de novos escritores. “De um modo geral, eu vejo que há uma produção muito intensa. Há sempre novos autores, novos livros e revistas que vêm aparecendo. Além disso, a internet tem sido um excelente mecanismo de divulgação e de estabelecimento de diálogos, o que também fortalece essa noção de multiplicidade”, acrescenta.
Ferraz nota que há uma aproximação dos poetas jovens com a prosa, mas, em relação a temáticas, o panorama permanece diverso. “Na poesia não se observa hoje um tema recorrente, pois em cada poema podem se instalar uma variedade de questões”, conclui.

Agenda
O que. Eucanaã Ferraz e Antonio Cícero no projeto Literaturas
Quando. Hoje, às 20h
Onde. Teatro de Bolso Júlio Mackenzie (av. Augusto de Lima, 420, centro)
Quanto. Entrada franca

Leve um Livro distribui poesia contemporânea em dez locais



Projeto será lançado hoje, no Sesc Palladium, com sarau e performance do poeta carioca Chacal

O carioca Chacal é um dos escolhidos para a coleção de poesias

PUBLICADO EM 27/11/14 - 04h00
LYGIA CALIL

Levar a poesia contemporânea até um público que não está habituado ao universo literário é o objetivo da coleção “Leve um Livro”, que será lançada hoje no Sesc Palladium.
Iniciativa dos poetas Bruno Brum e Ana Elisa Ribeiro, o projeto reúne 24 autores e, mensalmente, será publicado um livro de um escritor de Belo Horizonte e outro de convidados de fora do Estado.
“Escolhemos autores que, juntos, possam formar um bom panorama da produção contemporânea. São estilos bem diferentes entre si, com poemas longos, curtos, visuais”, explica o editor Bruno Brum. Ainda assim, foram privilegiadas obras mais acessíveis, que não sejam tão herméticas.
Em formato de microantologias, os livros têm tiragem de 2.500 unidades. “Queremos apresentar uma amostra desses autores para quem não conhece. É um tipo de isca para despertar a curiosidade”, diz Brum.
A distribuição gratuita é uma das prerrogativas do trabalho e, até agora, foram escolhidos dez pontos onde os livros serão afixados em displays para quem quiser pegar. A intenção é que cheguem a 20 lugares espalhados pela capital, entre eles, a rodoviária e o Mercado Central (veja a lista completa no portal O TEMPO). Conforme forem lançados, os livros ficarão disponíveis para download no site leveumlivro.com.br.
Para a estreia do projeto, serão lançados os volumes: “Arquitetura de Interiores + 2”, de Ana Martins Marques, e “É proibido pisar na grama”, de Chacal. 
Não se tratam de escolhas aleatórias, segundo Brum. “A Ana é uma boa representante da nova geração de BH, tem recebido atenção, livros elogiados e prêmios. Já o Chacal vem de uma geração da poesia marginal, publica desde os anos 1970. De alguma forma, era uma coisa parecida com o que a gente está querendo fazer, do formato pequeno e distribuído em lugares diferentes. Encontramos esse diálogo com ele”, afirma o editor.
Para o evento de lançamento, será organizado um bate-papo com os editores, um sarau com os 12 poetas belo-horizontinos participantes da coleção e ainda uma performance do artista carioca Chacal.
Agenda
O quê. Lançamento do projeto Leve um Livro
Quando. Hoje, às 19h30
Onde. Teatro de Bolso Júlio Mackenzie (av. Augusto de Lima, 420, centro)
Quanto. Entrada franca

Fonte: http://www.otempo.com.br/divers%C3%A3o/magazine/leve-um-livro-distribui-poesia-contempor%C3%A2nea-em-dez-locais-1.952974


quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Eu \ Musica de Anand Rao e Letra de Jorge Amancio






Eu
predestino
minha alma a tua alma
minha vida a tua vida
eu a ti

Mais do que minha amada
minha mania, minha energia
meu princípio
meio e fim

Metade íntegra de mim
essência da vida em nós

predestinadamente
Amorteamo


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra


 O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, foi instituído oficialmente pela lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011. A data faz referência à morte de Zumbi, o então líder do Quilombo dos Palmares – situado entre os estados de Alagoas e Pernambuco, na região Nordeste do Brasil. Zumbi foi morto em 1695, na referida data, por bandeirantes liderados por Domingos Jorge Velho. Maiores informações podem ser consultadas no textoHistória do Quilombo de Palmares.
A data de sua morte, descoberta por historiadores no início da década de 1970, motivou membros doMovimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial, em um congresso realizado em 1978, no contexto da Ditadura Militar Brasileira, a elegerem a figura de Zumbi como um símbolo da luta e resistência dos negros escravizados no Brasil, bem como da luta por direitos que seus descendentes reivindicam.
Com a redemocratização do Brasil e a promulgação da Constituição de 1988, vários segmentos da sociedade, inclusive os movimentos sociais, como o Movimento Negro, obtiveram maior espaço no âmbito das discussões e decisões políticas. A lei de preconceito de raça ou cor (nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989) e leis como a de cotas raciais, no âmbito da educação superior, e, especificamente na área da educação básica, a lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que instituiu a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileira, são exemplos de legislações que preveem certa reparação aos danos sofridos pela população negra na história do Brasil.
A figura de Zumbi dos Palmares é especialmente reivindicada pelo movimento negro como símbolo de todas essas conquistas, tanto que a lei que instituiu o dia da Consciência Negra foi também fruto dessa reivindicação. O nome de Zumbi, inclusive, é sugerido nas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africanacomo personalidade a ser abordada nas aulas de ensino básico como exemplo da luta dos negros no Brasil. Essa sugestão orienta-se por uma das determinações da lei Nº 10.639, que diz no Art. 26-A, parágrafo 1º: “O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.”
A despeito da comemoração do Dia da Consciência Negra ser no dia da morte de Zumbi e do que essa figura histórica representa enquanto símbolo para movimentos sociais, como o Movimento Negro, há muita polêmica no âmbito acadêmico em torno da imagem de Zumbi e da própria história do Quilombo dos Palmares. As primeiras obras que abordaram esse acontecimento histórico, como as de Edison Carneiro (O Quilombo dos Palmares, Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 3a ed., 1966), de Eduardo Fonseca Jr. (Zumbi dos PalmaresA História do Brasil que não foi Contada. Rio de Janeiro: Soc. Yorubana Teológica de Cultura Afro-Brasileira, 1988) e de Décio Freitas (Palmares, a guerra dos escravos. Porto Alegre: Movimento, 1973), abriram caminho para a compreensão da história da fundação, apogeu e queda do Quilombo dos Palmares, mas, em certa medida, deram espaço para o uso político da figura de Zumbi, o que, segundo outros historiadores que revisaram esse acontecimento, pode ter sido prejudicial para a veracidade dos fatos.
Um dos principais historiadores que estudam e revisam a história do Quilombo dos De olho em Zumbi dos Palmares: História, símbolos e memória social (São Paulo: Claro Enigma, 2011). Flávio Gomes procurou, nessa obra, realizar não apenas uma revisão dos fatos a partir do contato direto com as fontes do século XVI e XVII, mas também analisar o uso político da imagem de Zumbi. Segundo esse autor, o tio de Zumbi, Ganga Zumba, que chefiou o quilombo e, inclusive, firmou tratados de paz com as autoridades locais, acabou tendo sua imagem diminuída e pouco conhecida em razão da escolha ideológica de Zumbi como símbolo de luta dos negros.
Palmares atualmente é Flávio dos Santos Gomes, cuja principal obra é
Além dessa polêmica, há também o problema referente à própria estrutura e proposta de resistência dos quilombos no período colonial. Historiadores como José Murilo de Carvalho acentuam que grandes quilombos, como o de Palmares, não tinham o objetivo estrito de apartar-se completamente da sociedade escravocrata, tendo o próprio Quilombo dos Palmares participado do tráfico e do uso de escravos. Diz ele, na obra Cidadania no Brasil: “Os quilombos que sobreviviam mais tempo acabavam mantendo relações com a sociedade que os cercava, e esta sociedade era escravista. No próprio quilombo dos Palmares havia escravos”. (CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. O longo Caminho. 3ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. p. 48).
As polêmicas partem de indagações como: “Se Zumbi, que foi líder do Quilombo de Palmares, possuía escravos negros, a noção de luta por liberdade nesse contexto era bem específica e não pode colocá-lo como símbolo de resistência contra a escravidão”. A própria história da África e do tráfico negreiro transatlântico revela que grande parte dos escravos que a coroa portuguesa trazia para o Brasil Colônia era comprada dos próprios reinos africanos que capturavam membros de reinos ou tribos rivais e vendiam-nos aos europeus. Essa prática também ressoou, como atestam alguns historiadores, em dada medida, nos quilombos brasileiros.
Nesse sentido, a complexidade dos fatos históricos nem sempre pode adequar-se a anseios políticos. Os estudos históricos precisam dar conta dessa complexidade e fornecer elementos para compreender o passado e sua relação com o presente. Entretanto, esse processo precisa ser cuidadoso. O uso de datas comemorativas como marcos de memória suscita esse tipo de polêmica, que deve ser pensada e discutida criteriosamente, sem prejuízo nem das reivindicações sociais e, tampouco, da veracidade dos fatos.

Por Me. Cláudio Fernandes

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Thiago E. - Cabeça de Sol em cima do Trem (álbum completo)

Thiago E. lança o disco 'Cabeça de Sol em Cima do Trem'


Jotabê Medeiros - AE
Da terra de Torquato Neto, o Piauí, desembarcou a navilouca de um dos mais inquietos novos poetas da atualidade: Thiago E. Ele não trabalha com a ideia de limitação, de fronteiras: faz música que declama, faz poemas que canta, faz uma revista de literatura (Acrobata) e busca a interlocução com os artistas do seu tempo. Um belo dia, Thiago chegou a São Paulo e tocou a campainha da casa de Augusto de Campos, uma de suas influências. Algum tempo depois, saiu-se com um livro e esse CD de poemas musicados, ambos batizados de Cabeça de Sol em Cima do Trem (o disco tem música ambiente de Jan Pablo).

Fiel à ideia de transcriação, transposição, transfusão, Thiago acabou gestando uma das melhoras obras do pop nesse último ano. Professor de colégios públicos, produtor, performer, vocalista e compositor da banda Validuaté, também assume a persona de andarilho da poesia que pode ser encontrado em feiras literárias com um livro numa mão e um celular com bases musicais na outra - bases que solta para preencher os espaços entre seus versos.

Transmissões radiofônicas, discursos, ecos, um filme de Woody Allen: tudo é matéria-prima da música de Thiago E. Há brutal lirismo, como em Sopro do Coração ("Esse coração agora/Se torna uma boca vermelha/Quer lamber o lado de fora/Quer fazer o que der na telha"). Há trocadilhos pop em profusão: "É o maiakóvski que mexe com a minha cabeça e me deixa assim"). Bases de guitarra e uma brisa de jazz: tudo pode emoldurar seus poemas.

No livro que é o espelho da literatura cantada de Thiago E., lançado pela editora Corsário, o autor trabalha um concretismo de suave leveza e notável presença de espírito: até com uma leve gagueira ele brinca, fazendo paralelos entre gagos célebres, como Winston Churchill e Machado de Assis, e sua própria sina. "Tem palavra/Que não passa/É um mistério/Lá do cérebro/Ou do peito".
Jorge Mautner tem um depoimento no disco. Ele conheceu Thiago quando foi, com
Nelson Jacobina, fazer um show no Teatro Luso Africano, em Teresina. Thiago o levou para gravar em seu estúdio. "É impossível falar do Piauí sem a presença de Torquato Neto; no enorme turbilhão de criatividade da obra de Thiago se nota também a presença de Torquato e muito também a influência dos irmãos Campos", diz Mautner. "Mais ainda: reflete em sua sonoridade, sua poesia, sua interpretação, seu ativismo cultural, toda uma novidade do Brasil do século 21, e estão presentes também as muitas culturas do imenso Estado do Piauí, que inclui também uma imensa parte amazônica", afirmou o músico.

Já Arnaldo Antunes pirou. "Cabeça de Sol é muito bom! Fazia tempo que eu não curtia assim um trabalho de poesia. Palavra-lâmina afiada em voz. Sua leitura, clara e expressiva, junto aos variados experimentos sonoros do Jan Pablo, resulta em quase-canções, que vitalizam os já surpreendentes poemas. Foi uma descoberta rara, tem muito pouca gente explorando essa seara com tanta originalidade."

Assim como outros poetas dos novos tempos, como Ademir Assunção e Rodrigo Garcia Lopes, Thiago E. corre o Brasil com sua poesia embebida de música, mas, como Drummond e Borges, carrega seu fardo na seara da sobrevivência real. Na Teresina de calor saariano com vento zero, ele se investe do trampo burocrático e rala num escritório (presta serviços ao Ministério Público do Estado do Piauí). Com o grupo Academia Onírica, editou a revista AO (2010 a 2012). Edita a coluna Intacta Retina, no Jornal O Dia, aos domingos, publicando poesia, prosa, artes plásticas de diversos artistas, amigos e cúmplices. 
Fonte: Estadao Conteudo

Siga as Setas Amarelas, de Clara Arreguy e Paulo de Araújo


O Som das Asas, de Basilina Pereira


Cordéis dos Cafundó - Sala Cássia Eller

terça-feira, 18 de novembro de 2014

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

LABORATÓRIO/SHOW


Nesta segunda (17), o Laboratório/Show recebe o prestigiado interprete da MPB Leonel Laterza, o ator Gilson Cezzar, com a cena teatral “O louco” e o conceituado artista plástico Paulo Andrade, expondo sua nova série de serigrafias sobre a temática indígena “O eterno retorno 2”.
O compositor Dimas Carvalho (ex-Beta Pictoris) retoma sua carreira musical no palco do projeto e, no quadro de entrevistas, a cineasta Joana Limongi responde perguntas da plateia ao exibir o teaser de seu curta metragem “Faca amolada”, selecionado para o “3º Festival Curta Brasília”.
Apresentado por Eduardo Rangel, o Laboratório/Show reúne artistas da música, teatro, cinema e artes plásticas, proporcionando a plateia uma estimulante experiência cultural. O evento acontece nas segundas-feiras de novembro, 21h, no Feitiço Mineiro 306N, com couvert a R$10. Tel para reservas: 61 3272-3032.

Leonel Laterza  – cantor convidado
Mineiro de Uberaba, vive em Brasília há vários anos e sua experiência como “cantor da noite”, ajudou a alicerçar sua carreira e formar o seu trabalho de intérprete, com reconhecimento importante na cidade. Influenciado pela bossa nova, pelas grandes vozes da MPB e pelo jazz, Leonel Laterza mostra recursos que o permitem visitar, de maneira particular, os mais variados gêneros musicais. Já se apresentou ao lado de grandes nomes da nossa música como Rosa Passos, Fátima Guedes, Sueli Costa, Zé Luiz Mazziotti, Simone Guimarães e Sérgio Santos, dentre outros. Um dos artistas de Brasília mais executados nas rádios de MPB locais, Leonel Laterza tem dois CDs gravados (Esmeraldas – 2006 e Guardados – 2011). Este último foi pré selecionado para o PREMIO DA MÚSICA BRASILEIRA em 2012 e a faixa “Até Quando” do compositor Sérgio Magalhães foi selecionada para uma compilação feita pela W. O. A. Records “Chilout Zone Vol. 5” , na Índia. Seus CDs também já podem ser ouvidos na programação da rádio madrilena RNE em um programa comandado por Carlos Galillea.Laterza recebeu por duas vezes o prêmio de melhor intérprete no Prêmio SESC de MÚSICA TOM JOBIM em 2011 e 2013. Ao lado dos músicos Daniel Baker e Paulo André Tavares, formou o CAIS TRIO, que a caba de gravar DVD com participações de Ellen Oléria, Simone Guimarães, Ocelo Mendonça, Hamilton Pinheiro e Léo Barbosa.
”...Laterza se mostra um intérprete de excelentes recursos. Suas divisões são ricas em suingue, sua voz tem entusiasmo criador, tem vigor - ela que sai sem pressa da garganta, certa de que tem o que dizer e, por isso, tudo o que diz cantando vem seguro, vem suave.” (Texto de AQUILES, Crítico musical e integrante do Grupo MPB-4). O texto foi publicado no Brazilian Voice (publicação voltada para brasileiros residentes em toda a Costa Leste dos EUA). A coluna também aparece no Diário do Comércio (SP) e em outros jornais pelo Brasil afora.
Veja mais: http://www.brazilianvoice.com/colunistas/aquiles-reis/42600-o-retrato-da-alma.html
https://www.youtube.com/watch?v=EeLqltvcVWc&list=PLBE0AA76D96E54295&index=6

Dimas Carvalho – compositor convidado
Cantor, compositor e instrumentista, Dimas Carvalho começou sua carreira em Brasília, nos anos 80, usando seu segundo nome Tadeo Carvalho.  A adoção do primeiro nome agora faz parte de uma proposta pessoal de renascimento, de recomeço. Foi vocalista, compositor e guitarrista de várias bandas, dentre elas a Beta Pictoris, o sucesso, de sua autoria, “Volta pra Mim” faz parte da história do rock de Brasília, ficou em primeiro lugar em todas as rádios durante 56 semanas.  Em 1988, recebeu Prêmio de Melhor Vocalista de Brasília, conferido pelo Correio Braziliense e Jornal de Brasília, através de voto dos seus leitores. Participou como solista do musical “Viver Outra Vez”, apresentado pelo Programa Fantástico da TV Globo, na primeira campanha organizada pelos artistas contra a AIDS.  Na ocasião, cantou ao lado de ícones como Tim Maia, Guilherme Arantes, Paulo Gracindo, Tonia Carreiro, Emílio Santiago, Rosana, Jane Duboc, Jerry Adriani e outros. Nos anos 90, iniciou carreira internacional e, na Inglaterra, foi selecionado entre 300 candidatos, a maioria ingleses, para ser vocalista da banda inglesa September Gun. Tocou também na banda Black Light, liderada pelo guitarrista Paul Fink. Hoje, empresário, produtor e compositor de canções executadas por músicos da cidade, como as bandas Zero 10, Arquivo Y, Totem, Macakongs 2099 e cantores como Eliab Lira e Indiana Noma. Em 2003, participou do Projeto Vozes de Brasília, realizado no Teatro da Caixa, abriu o show para o cantor Lenine. Em 2004, passou a coordenar a direção artística para a produtora ArtWay do Projeto Som da Cidade, com a proposta de valorizar os artistas da cidade. Foram realizados shows no Teatro da CAIXA e Dimas Carvalho apresentou ao lado de Indiana Nomma. Em 2008, ganhou Prêmio “Marrequito de Ouro” de melhor vocalista no Marreco´s Fest, um dos mais importantes festivais de rock da cena nacional, com atrações internacionais.
Contato: dtraircraft@hotmail.com
  
Gilson Cezzar – ator convidado
Brasília – Ator, diretor e professor de Teatro graduado pela Universidade de Brasília.  Atualmente atua como Professor de Artes Cênicas da Secretaria de Educação do Distrito Federal. Nos palcos de Brasília, atuou recentemente no espetáculo “Santo Ciço”, texto e direção de Paulo Russo. Participou do curta “As luzes de Benjela” roteiro e direção de João Inácio – Imaginação Filmes. Atou  nos espetáculos “2047” de Bruno Estrela, e “História de Algum Lugar”, de Áurea Liz. Participou ainda na equipe técnica do espetáculo “Ilhar” premiado na Mostra do Teatro Candango como Melhor Cenografia e Melhor Iluminação. Participou na equipe de direção da “Paixão do Cristo Negro” considerado como um dos maiores espetáculo do gênero, na Região Administrativa de Samambaia, no período de 1998 a 2012. No âmbito da cultura popular, foi Coordenador de oficinas teatrais e pesquisador cultural na Cia. Cobaia das Artes e Coordenador de Avaliadores no Circuito de Concursos de Dança de Quadrilhas Juninas do Distrito Federal e Entorno – LINQ/DFE.                                   
Veja mais: http://imaginacao.art.br/benjela/gilson-cezzar-adamastor/

Paulo Andrade – artista plástico convidado
Paulo Andrade é mineiro, de Leopoldina, artista plástico e designer gráfico. Trabalhou na decoração pública para o Carnaval Carioca de 1976, reproduzindo, em matrizes de serigrafia, pinturas de Portinari, Di Cavalcanti e Djanira. Autodidata, como artista plástico expõe seus trabalhos desde 1978 no Brasil e no exterior, dentre outros, destaca-se o Centro de Criatividade da FCDF, Núcleo de Arte Postal da Bienal de São Paulo, em Brasília nos Teatros Galpão, Galpãozinho, Fundação Cultural do DF, Funarte, Restaurante Feitiço Mineiro, 43º Salão de Arte Contemporânea do Paraná, Curitiba, Museu da Imagem e do Som, Rio de Janeiro, Circuito Cultural Itaú, BrazilianAmerican Cultural Institute, Washington, D.C., Centro de Cultura Brasileira, San José, Costa Rica, Nova Iorque (New York Design Center. Suas obras englobam, desenhos , colagens e Xerox ,  instalação e desenhos para a “Progressália”, movimento poético-teatral-visual, pintura e ambiente para o monólogo e performance “A Morte do Boi em Olhos d’Água”,  do ator, autor e musico Aluísio “Batata” Mendes, desenhos, pinturas e performance com a banda “Detrito Federal”, serigrafias da Série “O Eterno Retorno” (1984), objetos da série “Jornal de Ontem”, linoleogravuras da série “Beijos e não-Beijos”, desenhos da série “Dulcinéia”, sobre poema de Nicholas Behr. Atualmente prepara uma série de gravuras em Fine ArtPrint comemorando 30 anos da série de serigrafias de 1984 “O Eterno Retorno”, para dezembro de 2014, além de uma série 60 trabalhos em desenhos (aquarelas, bico de pena e pastel óleo) e pinturas (acrílico e óleo) sobre o câncer intitulada “Diários da In-Finitude”, para 2015. Como artista gráfico, trabalhou como ilustrador no Jornal de Brasília, no Correio Braziliense e editor de arte do jornal Gazeta Mercantil DF. Paulo Andrade expõe no Laboratório/Show as obras de O ETERNO RETORNO 2, uma série de 10 gravuras comemorativas do lançamento, há 30 anos atrás, da série de serigrafias O ETERNO RETORNO 1. Em “O Eterno Retorno, Andrade responde, a sua maneira, ao que Nietzsche apresenta como questão, em Assim Falou Zaratustra: as ocorrências no tempo não são infinitas, mas se repetem, com diferenças. Assim é com os temas sobre os quais Andrade se debruça e relaciona: a questão indígena no Brasil e o crescimento urbano, tendo Brasília como foco” (fonte – trecho do texto crítico de Renata Azambuja).
Contato:  paulocamposandrade@gmail.com

Joana Limongi – cineasta convidada
Joana Limongi é graduada em artes visuais e mestre em arte pela UnB. É pintora e cineasta. Seu primeiro filme, o curta metragem “A descoberta do mel” foi lançado no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro em 2009. Joana coopera com a Taanteatro Companhia como editora de vídeo do espetáculo DAN. Em 2010 foi para Cuba estudar roteiro cinematográfico na EICTV - Escuela Internacional de San Antonio de Los Baños. Seu segundo curta metragem “Faca Amolada”, ficção, com roteiro de Gustavo Silvestre, foi  Selecionado para Mostra Competitiva do “3º Festival Curta Brasília”, que acontecerá em dezembro no Cine Brasília ao lado de películas francesas, além de uma mostra de premiados curtas alemães. O teaser do filme será apresentado no Laboratório/Show nesta segunda, dia 17, e a atriz Genice Barego, protagonista do curta, responderá a perguntas da platéia.
Veja mais: http://filmefacaamolada.blogspot.com.br/

Eduardo Rangel - apresentador do projeto
Cantor e compositor, seu primeiro disco "Pirata de Mim" lhe valeu indicação à melhor compositor brasileiro, ao lado de Chico Buarque e Paulo Miklos, pelo VII Prêmio Sharp de Música - atual Prêmio da Música Brasileira. Recebeu o I Prêmio Renato Russo, da Fundação Cultural do DF, e foi finalista do festival da Rede Globo (Centro-Oeste) "Canta Cerrado". O segundo CD ao vivo, "Eduardo Rangel & Orquestra Filarmônica de Brasília", foi lançado em 2006, no Teatro Nacional de Brasília, com 60 instrumentistas sinfônicos regidos pelo Maestro Joaquim França. Cantou como convidado da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional no concerto em Comemoração aos 51 anos de Brasília, e no mesmo ano, 2011, apresentou o show temático para o “44° Festival de Brasília do Cinema Brasileiro”. Em 2012 apresentou sua releitura para a obra de Chico Buarque para o público carioca, no Triboz e no Centro Cultural da Justiça Federal. Em 2013 lançou o videoclipe “3416 dC” com show no Jardim Botânico de Brasília e deu início ao projeto “Laboratório/Show”. Atualmente o artista lança “Eduardo Rangel – Estúdio”. O novo álbum traz participações de músicos consagrados, como Leo Gandelman, Kiko Pereira (Roupa Nova), Torcuato Mariano, Leo Brandão e Milton Guedes. Suas composições foram gravadas por Edson Cordeiro, Renata Arruda, Márcio Faraco (em parceria), Célia Porto, Indiana Nomma, Antenor Bogea, Mônica Mendes, Ju Cassou e Suzana Maris, entre outros.
Veja mais: http://www.youtube.com/watch?v=FT81YcEirxQ


 SERVIÇO
Laboratório/Show
Eduardo Rangel convida o cantor Leonel Laterza, o compositor Dimas Carvalho, o ator Gilson Cezzar, a cineasta Joana Limongi e o artista plástico Paulo Andrade.
Data: 17 de novembro (segunda-feira), 21h
Local: Feitiço Mineiro - 306 Norte, Bl. B, loja 45, Brasília DF
Reservas: (61) 3272-3032
Couvert artístico: R$10,00
Classificação Indicativa: 14 anos ou acompanhado dos pais.
* Créditos das fotos nomeados nos arquivos Jpg

Laboratório/Show
E-mail: laboratorio.show@gmail.com 
Produção geral: Eduardo Rangel
(61) 3367-1679 – 9973-1679
Produção executiva: Sílvia Mello
(61) 9678-0440 – 3222-0678
Assistente de produção: Du Oliveira

(61) 9337-1948

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

A Associação Nacional de Escritores – ANE tem o prazer de convidá-los para assistirem a próxima  Quinta Literária, que se realizará no dia 13 de novembro de 2014quinta-feira, às 20h. O poeta Anderson Braga Horta será o palestrante da noite 
  
TEMA: “O grotesco e o sublime em Augusto dos Anjos” – Comemoração do centenário da morte do Poeta
Local: Auditório Cyro dos Anjos
Endereço: SEPS 707/907 – Bloco F – Ed. Escritor Almeida Fischer (ao lado do Inst. Cervantes).

Aguardamos suas presenças.
 Lisieux Bittencourt
Secretária da ANE
(61) 3443-8207

domingo, 9 de novembro de 2014

Lançamento - BATOM D'AMOR E MORTE de Jorge Amancio


Batom d’Amor e Morte
 
Nos anos 80, a noite em Brasília começava na comercial da 109 Sul, no Beirute e dali aconteciam as festas, os encontros, a agenda cultural, o pulsar da cidade. A esticada passava, invariavelmente, pelas casas noturnas; tais como O Jangadeiro onde podia se comer uma das melhores peixadas; o bar Sereia o melhor cardápio; o Castelinho, o Cavalo de Ferro do grande Messias, dentre outros lugares. Uma legião de jornalistas, políticos, artistas e boêmios, tinham cadeiras cativas no circuito noctívago de Brasília. A música da noite começava no Chorão, na 302 Norte e continuava cantando numa feira, numa padaria ou na casa de alguém a fim de repor as energias, uma Brasília de todos. 
No clima dos anos 80 em Brasília, das casas onde o cardápio era cultura brasiliense, o Bom Demais da Cristina Roberto, a Praça Vermelha, o Bar da Raimunda, o subsolo do Conic com o surreal beijo à realidade em uma cidade que pulsava vinte e quatro horas com seus biônicos, seus funcionários e seus subterrâneos.  No Gama, O Cervejinha e em Taguatinga o bar do Kareca eram circuito obrigatório para um bate papo regado a álcool, política, amores dentre outros ingredientes.

Nesse universo, foi escrito Batom d’Amor e Morte em guardanapos, pedaços de papel, alguns datilografados, muitos perdidos. O jornalista Marcelo Sirkis, numa conversa no bar Belas Artes, do Ivan da Presença, no ainda sobrevivente Conic, assume a captura, a organização dos poemas, os quais foram copiados para um disquete, só anos depois pude ver o resultado, graças a esta cópia feita pelo Sirkis  pude resgatar e transformar o projeto em livro. 

Trinta anos após, o computador é mais do que uma ferramenta, é uma extensão do homem, os disquetes já não são mais usados, a internet modificou o conceito de distância, as casas noturnas estão fechadas, os bares encerram-se às duas da manhã, a cidade mudou, o boêmio de trinta anos atrás não existe, a boemia é outra, os lupanares são outros. Talvez não falem de política, não leem poesia, não acordem na feira do Guará, talvez sejam boêmios sem Lupicínio Rodrigues.

Inúmeras pessoas participaram comigo nesta universidade que é a noite brasiliense. Agradeço a todas pelos poemas, pelo poeta e boêmio aposentado que hoje sou.  Uma pessoa a quem eu dedico este livro, com um agradecimento especial, é o jornalista que era só coração; Wilson Miranda, o Brother.

O romantismo de um boêmio lupiciniano numa viagem aos bares, becos e submundo é a temática dos poemas de Batom d’Amor e Morte.  

 

Jorge Amancio



sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Bar do Escritor lança Quinta Barnasiana


Livro Bar do Escrior

Quinta, em português da pátria-mãe, é um terreno rural, é uma enfermaria para prostitutas ou é o número ordinal feminino. Esta quinta antologia de contos, crônicas e poemas reúne 38 autores brasileiros e um de Moçambique, escrevendo sobre diversos sentimentos, do mais formal ao mais lisérgico, do mais brando ao mais brabo.
São 240 páginas de entretenimento literário, focado na diversão das experiências vividas em assuntos debatidos em mesas de bares.
Nesta edição de 2400 exemplares, O Bar do Escritor alcança 13 mil livros publicados em 1246 páginas e firma-se como um legítimo movimento literário, que originou-se diretamente da World Wild Web, no falecido Orkut, e prova que o a anarquia bem intencionada é absolutamente produtiva. O Blog do BdE tem mais de 200 mil acessos, com mais de 2 mil postagens nos oito anos desde sua criação.
O Bar do Escritor é um grupo livre, aberto, plural e resistente. Para conhecer a história do bar, clique aqui. As antologias anteriores do Bar do Escritor estão disponíveis aqui
Com capa pintada em naquim por Paulo Branco, que ilustrou em revistas como Pasquim, Playboy, Bundas e em livros de Ziraldo e Ruben Alves.
O lançamento será no dia 27 de novembro de 2014, no Senhoritas Café, 408 norte, a partir das 19 horas. O valor é R$ 20,00. Este pocket-book do Bar dos Escritores tem os seguintes autores de Brasília:

André Giusti – Escritor e jornalista. Nasceu no emblemático maio de 1968, no Rio de janeiro, e mora em Brasília há mais de 15 anos. Entre outros livros, é autor de Histó­rias de Pai, Memórias de Filho, A Liberdade é Amarela e Conversível e A Solidão do Livro Em­prestado, todos de contos, lançados pela Editora 7Letras;
Lourenço Dutra – Nasceu em Brasília em dezembro de 1963. É baixista, pro­fessor, escritor e agora pai de família. Publicou O destino de um certo Frank Zappa pela arte­paubrasil, O Olhar dos outros pela LGE e Cer­rados, frevos e minuanos pela LER;
Roberto Klotz – Engenheiro que saltou do topo do prédio recém construído e estilhaçou-se em parágra­fos. Publicou Pepino e Farofa, Quase pisei! e Cara de crachá. Conquistou mais de 20 prêmios literários. Foi jurado em vários concursos e desafios literários. Foi, durante quatro anos, Conselheiro de Cultura do Distrito Federal.
Andrea Carvalho – Jornalista por opção, gaúcha por natureza, escritora por paixão. Classificada em vários concur­sos literários, é colunista do blog Bar do Escritor e escreve em ou­tros quatro blogs;
Cinthia Kriemler – É carioca e vive em Brasília desde 1969. Escre­ve contos e crônicas. Brinca de poemas. Tem três livros publicados, dois pela Editora Patuá e um pelo FAC-DF. Pu­blica textos em duas re­vistas literárias eletrôni­cas. É membro da Academia de Letra do Brasil, ALB/ DF e da Rede de Escritoras Brasileiras – REBRA;
Deliane Leite – Brasiliense e poetisa desde sempre. É membro do movimen­to cultural Tribo das Artes. É apaixonada pelo cerra­do e tem nele seu habitat natural;
Jorge Amâncio – É carioca, nasceu em 1953 e vive em Brasília des­de 1976. Fundador do Centro de Estudos Afro Brasileiro, do Grupo Cultural Axé Dudu, é membro da Academia de Le­tras do Brasil-secção DF e do Coletivo de Poetas de Brasília. Publicou NEGROJORGEN pela Thesaurus em 2007 e foi publicado em inúmeras antologias. Coordena com o poeta Marcos Freitas o Sarau Videolitero­musical Poemação.
Larissa Marques – Escritora e artista plásti­ca, nasceu em 1974, na cidade de Itumbiara, interior de Goiás, e reside em Sobradinho. Já escreve há mais de vinte anos e expõe sua obra na in­ternet, em vários títulos editados, em jornais es­pecializados em literatura e revistas voltadas para arte.
Giovani Iemini – criador e mentor do Bar do Escritor, publicou Mão Branca pela LGE em 2009, participa de diversas antologias, escreve em incontáveis sites de literatura na Internet, organizou as quatro antologias anteriores do Bde, coordenou o concurso de literatura Brasília é uma Festa e é membro da Academia de Letras de Brasília.
Destacam-se, também, autores de outros estados (e outro país), como:
Simone Pedersen – De Vinhedo, SP, é forma­da em Direito. Publi­cou livros para crianças e adultos, com prosa e poesia. Tem livros no PNBE, Catálogo de Bolonha e Bibliografia Brasileira de Literatura Infantil e Juvenil. Visita escolas pelo Brasil contan­do histórias e oficinando para alunos e professores sobre criação literária;
Pablo Treuffar – Carioca e funcionário público, é autor de A Doença é a Desculpa do Caráter e é prosador bastardo do velho safado Charles Bukowski;
Cristiano Deveras – Goiano, vencedor de diversos prêmios nacionais e internacionais, autor de vários livros, entre eles O Etéreo Ser de Carbono, que foi lançado na Feira de Frankfurt, na Alemanha, com a presença do autor;
Mahiriri Ossuka – escritor moçambicano, ativista político, radialista e promotor da evolução dos jovens através das artes e da livre expressão. É o primeiro autor internacional das antologias do BdE.

Fonte: http://chicosantanna.wordpress.com/2014/11/06/bar-do-escritor-lanca-quinta-barnasiana/

 

Terra Vermelha -- com legendas

Líder indígena é assassinada após participar de protesto no STF

VIOLÊNCIA
Líder indígena é assassinada após participar de protesto no STF

Segundo o cacique Valdemir Cáceres, o principal suspeito do assassinato é o namorado da vítima, que tem ligações com fazendeiros da região




PUBLICADO EM 06/11/14 - 11h26
DA REDAÇÃO
Dezesseis dias depois de voltar de um protesto em Brasília diante do Supremo Tribunal Federal (STF), a líder kaiowá Marinalva Manoel, 27, foi assassinada a golpes de faca em Dourados (MS). O corpo foi encontrado na madrugada de sábado (1º), às margens da BR-163.
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Mãe de dois filhos, ela pertencia à comunidade Ñu Porã, um conjunto de barracos de lona onde moram 28 famílias kaiowás. Eles reivindicam cerca de 1.500 hectares, quase todos ocupados por uma empresa de cultivo de grama. A área, embora em processo avançado de demarcação, também sofre pressão de fazendas vizinhas e até de um projeto de loteamento, já que está bem próxima do casco urbano.
Segundo o cacique Valdemir Cáceres, 45, o principal suspeito do assassinato é o namorado de Marinalva, que tem ligações com fazendeiros da região. "Ela é companheira de luta", afirmou, por telefone. A Polícia Civil investiga o caso.
Confinada em pequenas terras indígenas superpovoadas ou em acampamentos à beira de estradas, a população guarani-Kaiowá de Mato Grosso do Sul, de cerca de 50 mil habitantes, é a que mais sofre com violência entre as etnias brasileiras. Dos 97 homicídios de indígenas registrados no país no ano passado, 39 (40%) ocorreram no Estado, segundo números do Ministério da Saúde.
Outro problema comum entre os indígenas da região é o suicídio: 73 casos no ano passado, quase metade dos 115 registrados em todo país.
Entre os dias 13 e 16 de outubro, Marinalva e outros 44 índios guaranis-kaiowás viajaram de ônibus a Brasília. Ali, acamparam diante do STF e se reuniram com procuradores do Ministério Público Federal contra uma decisão da 2ª turma que ameaça reverter a demarcação de terras indígenas identificadas pela Funai (Fundação Nacional do Índio) em Mato Grosso do Sul e em outros Estados.
A decisão, ainda não ratificada pelo plenário, anula a demarcação da terra indígena Guyraroká, em Caarapó (MS), sob o argumento de que a Funai não pode demarcar terras indígenas caso não houvesse índios ocupando a área em 1988, ano da promulgação da Constituição.
O temor dos indígenas é que uma decisão desfavorável criará jurisprudência para outras demarcações. Uma delas é a própria Ñu Porã, onde os kaiowás ocupam apenas uma franja há 44 anos, embora estudos antropológicos tenham identificado toda a área como ocupada tradicionalmente pela etnia.
No último dia 31, o procurador-geral da República recorreu da decisão do STF, sob o argumento de que os guaranis-kaiowás foram expulsos de suas terras antes da promulgação da Constituição e que, portanto, "há de ser relativizada a orientação quanto à referência temporal de 1988".
"O mais absurdo dessa decisão do STF é que ela acontece poucas semanas antes da divulgação do relatório final da Comissão Nacional da Verdade. A psicanalista Maria Rita Kehl, encarregada de cuidar dessa questão das violações de direitos praticadas contra os povos indígenas no período 1946-88, pôde constatar que a remoção forçada das comunidades guaranis-kaiowás foi uma política oficial do Estado brasileiro em todo esse período. Há numerosos exemplos em que as comunidades foram retiradas de seus locais de ocupação tradicional pelo próprio SPI (Serviço de Proteção aos Índios) e, depois, pela Funai", afirma o antropólogo Spensy Pimentel, da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila).
"Como é que o STF quer definir a impossibilidade de uma comunidade ter o direito a sua terra baseando-se na ideia de que o grupo não estava no local em 1988, quando ela foi retirada dali à força pelo próprio Estado anos antes?", completou Pimentel.
Folhapress

Academia Brasileira de Letras homenageia poeta e jornalista Ivan Junqueira

A cerimônia lembrou ainda os 80 anos do poeta e, em comemoração, houve o lançamento de dois de seus livros inéditos: Essa música e Reflexos do Sol-Posto


Agência Brasil

Publicação: 06/11/2014 22:57 Atualização:

O poeta, ensaísta, crítico literário e jornalista Ivan Junqueira foi homenageado hoje (6/11) na Academia Brasileira de Letras (ABL) durante uma mesa redonda coordenada pelo historiador e acadêmico Alberto da Costa e Silva e que teve a participação do professor Marcos Pasche e dos ensaístas Adriano Espínola e Ricardo Vieira Lima.

Para poeta Alberto da Costa e Silva, o amigo Ivan Junqueira era um ser que parecia rabugento, mas, na verdade, era generoso. “Foi uma das pessoas mais intensamente humanas que eu conheci”.

Adriano Espínola destacou que pouco tempo antes da morte do amigo, os dois saíram. Em um gesto carinhoso, Junqueira botou a mão no ombro dele e os dois saíram caminhando e conversando pela rua. “Jamais poderia imaginar que ali era o nosso último encontro. Ele foi tão afetivo. Quando eu lembro desse gesto, fico realmente comovido porque foi muito afetuoso. Ali foi uma despedida, e eu não sabia. Mas foi significativo para mim, porque deu a medida da sua amizade e como ele tinha carinho com os amigos”, disse em entrevista à Agência Brasil.

Marcos Pasche contou que conheceu a obra de Junqueira quando cursava letras na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Depois, como professor, teve a alegria de apresentar a poesia do acadêmico para os alunos, de idade entre 15 e 20 anos, de escolas da Baixada Fluminense e da zona oeste do Rio. A reação dos alunos foi surpreendente. Logo após conhecerem as poesias, passaram a fazer comentários nas redes sociais.

“A poesia do Ivan Junqueira é uma poesia de engenho formal muito apurada. É uma poesia em princípio difícil de ler. Mesmo essa poesia difícil de ler em um primeiro momento, foi muito bem assimilada por jovens que não tinham leitura frequente de literatura. Isso chamou muito a minha atenção e demonstra o trânsito que a poesia pode ter entre diferentes pessoas e comprova a força da grande literatura, como é o caso da poesia de Ivan Junqueira”.

Ricardo Vieira Lima destacou que Ivan Junqueira sucedeu João Cabral de Melo Netto na ABL e agora a cadeira será ocupada por Ferreira Gullar. “A poesia ficou bem representada em quase 50 anos. Começou com João Cabral, em 1968. Ele foi sucedido por Ivan Junqueira em 2000 e, agora, será sucedido por Ferreira Gullar. Nunca na história da academia uma única cadeira ficou tão bem representada por poetas dessa importância. O Ivan, além de grande poeta, foi grande tradutor e um grande crítico”, disse.

Ricardo ressaltou que Junqueira sempre foi um homem cético, mas no fim da vida se transformou e demonstrou uma certa religiosidade. Segundo ele, no livro O Outro Lado tem um poema dedicado ao escritor Luiz Paulo Horta, grande amigo de Junqueira, e que era católico. No livro Essa Música também tem um poema dedicado ao amigo. “Tem um poema Litania Breve, em que fala da morte do Luiz Paulo Horta, diz: 'você não morreu. Sua vida começa agora'. Quer dizer, o Ivan foi transformado. No final da vida, alguém que era totalmente descrente, passou por um estágio de dúvida, e, no final, creio que ele tinha certeza de que havia um outro lado”, disse à reportagem da Agência Brasil.

Ao fim da mesa redonda, o acadêmico Alberto da Costa e Silva disse que estava comovido e emocionado com as lembranças do poeta, que morreu no dia 3 de julho deste ano. “Ficou tudo muito evidente. Muito claro. Fiquei muito comovido”.

A cerimônia, no Salão Nobre do Petit Trianon, prédio histórico da ABL, lembrou ainda os 80 anos do poeta, completados na segunda-feira (3) e, em comemoração, houve o lançamento pela Editora Rocco, de dois de seus livros inéditos: Essa música e Reflexos do Sol-Posto, coletânea de ensaios. Os livros marcam também a celebração dos 50 anos da estreia de Junqueira na literatura.

A mulher do poeta, a jornalista e escritora Cecília Costa, disse que outras obras do marido ganharam novas edições, como o livro infantil editado a partir da poesia Flor Amarela, O Outro Lado. A edição de bolso da tradução dos poemas de T. S. Eliot e Testamento de Pasárgada, uma antologia crítica sobre Manuel Bandeira, também ganharão novas edições. Cecília acrescentou que o poeta morreu, mas deixou poemas inéditos que ela está organizando para a publicação no ano que vem. “Me deixou esses poemas para eu trabalhar e não casar de novo”, comentou sorrindo.

Ivan Junqueira nasceu no dia 3 de novembro de 1934, no Rio de Janeiro, e frequentou as faculdades de medicina e de filosofia da então Universidade do Brasil, onde foi professor de história da filosofia e de filosofia da natureza. Em 1963, começou a trabalhar como redator e subeditor dos principais jornais do Rio de Janeiro, entre eles Tribuna da Imprensa, Correio da Manhã, Jornal do Brasil e O Globo. Foi editor executivo da revista Poesia Sempre, da Fundação Biblioteca Nacional. A obra do poeta já foi traduzida para o espanhol, alemão, francês, inglês, italiano, dinamarquês, russo, turco, búlgaro, esloveno, provençal, croata e chinês.
 
 

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Lançamento do livro Batom d´amor e morte, de Jorge Amâncio

Batom d'amor e morte

Batom d

O mito feminino da mancha de batom vermelho marca a noite de boemia e transcende o cálice de vinho onde “asas/ ensolaradas/ refletem/ nas janelas/ as cores/ de um arco-íris”. Assim, como no verso que deflagra, provoca e irrompe, Jorge Amâncio registra e enaltece a luta e a contradição do coração do poeta com suas paixões avassaladoras pelos caminhos sutis da vida. Perpassando pelos poemas dos amores e desenlaces sentimentais e por outrora noite etílica do poeta, relembramos que em Soneto de Orfeu, Vinicius de Morais ensina que “são demais os perigos dessa vida/ para quem tem paixão, principalmente”. A marca de Batom d'Amor e Morte sublima a lua e o universo das mulheres que o poeta acalantou e procurou desvendar com palavras por dizer. “Um batom/ mancha a boca/ no gosto ardente/ de um beijo”. A poesia além do delírio gera gentileza e encanto. Salve Jorge.

José Edson dos Santos
http://www.thesaurus.com.br/livro/3175/batom-damor-e-morte
Autor: Jorge Amancio
Editado por Thesaurus Editora
ISBN: 9788540903289
Lançamento:  DIA 18 DE NOVEMBRO NO BALAIO CAFÉ 201 COMERCIAL NORTE - Brasilia - DF.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

70 anos de Torquato Neto


A VIRADA - 25 Anos da Queda do Muro de Berlim



A VIRADA - 25 Anos da Queda do Muro de Berlim
Mostra de filmes

Na mostra o público brasiliense poderá assistir a 19 filmes que revelam a vida cotidiana da Alemanha Oriental e os emocionantes acontecimentos do dia 9 de novembro de 1989.

Abertura: 5 de novembro de 2014, às 20h - Cerimônia de abertura com exibição do filme "Trem para Liberdade"
(Zug in die Freiheit) Direção: Sebastian Dehnhardt e Matthias Schmidt
2014 | Drama/Documentário | Alemanha | 90min | 12 anos
Mescla de documentário e drama que conta, alternando partes encenadas e entrevistas na TV, a história dos refugiados da RDA que estavam na Embaixada da República Federal da Alemanha em Praga em 1989, em setembro de 1989.

Período: de 5 a 12 de novembro de 2014
Local: Cine Brasília | EQS 106/107 | Asa Sul | Brasília-DF
Informações: 3108 7600

Confira a programação completa em:
www.goethe.de/brasilia
www.facebook.com/Goethe.Brasilia
www.brasil.diplo.de
www.facebook.com/EmbaixadaAlemanha

Verifique a classificação indicativa

ENTRADA FRANCA

O difícil exercício das cinzas, de Ronaldo Costa Fernandes



"Ronaldo Costa Fernandes – autor premiado e com uma obra já reconhecida pelos críticos entre as mais criativas e significativas de sua geração – tem o dom de encantar o leitor com uma poesia com a fluência da prosa, construindo uma intimidade imediata que passa pelos cenários internos (da cartografia humana, como em “Anatomia das dores”) ou externos (da geografia urbana, como nos “riscos ariscos no céu de Brasília”, cidade que ganha nova cor em seus versos) para desvendar as paisagens mais inesperadas.
Estão presentes neste seu novo livro alguns dos temas marcantes em sua obra, como a passagem do tempo– seja nos ecos proustianos de “O quarto inútil” ou às vezes metaforizada de modo surpreendente, como em “Anatomia do ciclista” – e a instável condição humana. Aliando rigor, precisão, pleno domínio da língua a algumas pitadas de humor e ironia – e principalmente com altas doses de originalidade na construção poética –, Ronaldo Costa Fernandes atinge com este difícil exercício das cinzas um novo degrau de uma obra que vai muito além de seu tempo: pois é daquelas que ganham um novo sabor a cada releitura."
                                                                                           Jorge Viveiros de Castro

 
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