sexta-feira, 29 de junho de 2012

Hommage an Curt Meyer-Clason


29.06.2012

"...warum meine Sehnsucht nur, warum?"
(Portugiesische Tagebücher)

Hommage an Curt Meyer-Clason
(1910 –2012), Kulturvermittler, Übersetzer und Schriftsteller

Freitag, den 29. Juni, 20:00 Uhr
Seidlvilla, Nicolaiplatz 1b
München

Ein Abend mit Portrait&Poesie,
Lesung&Gespräch, guitarra&violão
In dieser Hommage werden wir Gedichte auf Portugiesisch, Spanisch und Deutsch hören und in einigen Passagen den Homme de Lettres selbst zu Wort kommen lassen.
Musikalisch umrahmt wird der Abend von Henrique Rebouças auf der 7-saitigen brasilianischen Gitarre und Luís Hölzl auf der portugiesischen Gitarre mit Choro und Fado.

Eintritt frei
Eine Veranstaltung von LUSOFONIA e.V. - Verein zur Förderung und Verbreitung der Kulturen aus portugiesischsprachigen Ländern

http://lusofonia-muenchen.de/

Mit freundlicher Unterstützung der Tucholsky Buchhandlung und des A1 Verlags

http://novacultura.de/wb/pages/topics/hommage-an-curt-meyer-clason.php

quinta-feira, 28 de junho de 2012

ARTEDEGRAU Graffiti


7º Sarau Chatô - Livros de Marcos Freitas



O livro 'Na tarde que se avizinha e outros poemas” enfeixa uma seleção de poemas dos seis primeiros livros de poesia do autor , a saber: 'Raia-me Fundo o Sonho tua Fala', 'Na Curva de um Rio, Mungubas', 'Quase um Dia', 'Moro do Lado de Dentro', 'A Terceira Margem do Rio' e 'A Vida Sente a Si Mesma'. A Antologia segue a divisão por livros e obedece a ordem cronológica inversa, do mais recente ao mais antigo. Com ilustração da capa da artista curitibana Manoela Afonso, a obra reúne poemas autobiográficos, de cenas cotidianas, de meditações sobre o tempo e a finitude da vida.

Onde adquirir:





7º Sarau Chatô homenageia Piauí e Itália


divulgação

Na próxima quinta-feira (28/6), a partir das 19h, a sétima edição do Sarau Chatô traz toda a alegria e riqueza cultural do Piauí e da Itália. Realizado pela Fundação Assis Chateaubriand, com patrocínio da Petrobras, o evento será, excepcionalmente, no auditório da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Na programação, estão atrações que prestigiam a cultura dos homenageados com apresentações de música, dança e exposição de artes plásticas e livros. Além disso, haverá degustação de comida típica. Um dos destaques do 7º Sarau Chatô será o som do acordeon do músico piauiense Gonçalo Aquino Cardoso, mais conhecido como Sivuquinha, que começou a tocar aos 15 anos e veio para Brasília na década de 1970. O artista, que atua como compositor, arranjador e pianista, gravou o disco Canções pela paz, com músicas de própria autoria. Os shows de acordeon terão continuidade com a apresentação de um artista de apenas 9 anos de idade. Isac do Acordeon, como gosta de ser chamado, interpretará composições de Luiz Gonzaga. O repertório nordestino segue com a apresentação da dupla de violeiros Chico Vaz e Matheus.

O saxofonista João Filho enriquecerá ainda mais as apresentações do dia, com bossa nova, jazz e MPB. O artista é idealizador do projeto Meia Boca Band, que leva música às paradas de ônibus, escolas e aos hospitais de toda a cidade. A gastronomia do Piauí também será lembrada com pratos típicos para degustação, levados pela Nação Piauí, como Maria Isabel (arroz com carne de sol), a paçoca de Campo Maior e a tradicional cajuína (suco de caju processado). Já a homenagem à Itália será feita pelo coral Cantus Firmus, regido pela maestrina Isabela Sekeff. O grupo é composto por aproximadamente 40 integrantes e trará canções em latim, de compositores italianos. O país europeu também será lembrado com o hino cantado do país e também degustação de café italiano.

Literatura e artes plásticas - O Sarau Chatô traz ainda uma exposição de quadros dos artistas Marcelino Cruz, Dora Parente, Jeanne Maz e Naza, além de obras do jovem Jéferson Ramos, que autografará o livro Minha vida sobre rodas, que conta uma bela história de superação. O público também poderá apreciar as xilogravuras de Iolanda Carvalho e Lígia Menezes. O médico e escritor piauiense, Edmar Oliveira, lançará o título A incrível história de Von Meduna e a filha do Sol do Equador. Outras obras literárias também serão autografadas pelos autores, como o livro Adeus a Aleto, de Roberto Muniz Dias, e O comprador de sonhos, de Evaldo Feitosa dos Santos. Também estarão presentes na coletiva de autógrafos os autores Paulo José Cunha, Marcos Freitas, Rivanildo Feitosa, José Ribamar Garcia e Juscelino R. Oliveira.

Iniciado em dezembro de 2011, o projeto Sarau Chatô foi criado pela Fundação Assis Chateaubriand, com patrocínio da Petrobras, para homenagear a memória de uma das principais personalidades da história da imprensa e da TV brasileira: Assis Chateaubriand, o Chatô, que durante décadas destacou-se em múltiplas atividades, sempre apoiando a cultura.


Serviço:

7º Sarau Chatô

Data: 28 de junho (quinta-feira)

Horário: 19h

Local: Auditório da Câmara Legislativa do DF

(Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, Setor de Indústrias, ao lado do Correio Braziliense)

Entrada gratuita

Classificação indicativa: 10 anos

Informações: (61) 3214-1350,






TROPICALISMO E PÓS-TROPICALISMO (relação com cinema e arte de vanguarda)


o projeto ARTE EM ABERTO chega ao final de sua programação inaugural (duas sequências de palestras/apresentações neste 1º semestre de 2012) - sem sabermos o que sairá daqui - nada ou uma agitação intermitente - convidando

a todos para a instigante conversa com SEVERINO FRANCISCO sobre

TROPICALISMO E PÓS-TROPICALISMO (relação com cinema e arte de vanguarda)

no SEBINHO (406 N), dia 29 de junho (sexta), a partir das 19 h.

O Tropicalismo, em sua breve e febril existência como movimento (1967/68), pôde incorporar e condensar muitas das energias que estavam no ar naquele momento culturamente explosivo.

Em um lance talvez inédito, a MPB passa a dialogar intensamente com as experiências mais avançadas de outros campos artísticos.

Em relação ao cinema, devemos enfatizar o impacto deflagrador de Terra em Transe - quando Glauber leva o Cinema Novo à encruzilhada estético-política - e de alguns filmes do endiabrado Jean-Luc Godard. Impulsos também notáveis vieram da antiarte sensório-cerebral-vivencial de Hélio Oiticica e das explorações intersemióticas da Poesia Concreta.

Oswald de Andrade, além de marcar presença com a famosa montagem de O Rei da Vela pelo Oficina, emergiu, com a disseminação do ideário e prática antropofágicos, como verdadeiro avô-avatar do movimento.

Claro, foram inúmeras as incorporações da tradição musical brasileira e da música estrangeira - até mesmo da erudita (via Duprat, Medaglia, Koellreuter et alii).

Diante do novo contexto de hegemonia da cultura de massa, os tropicalistas (Caetano, Gil, Gal, Tom Zé, Torquato, Os Mutantes...)assumem uma postura não defensiva mas lúdica e devoradora, inserindo, em sua celebração paródica, elementos críticos sutis ou ostensivos.

Os desdobramentos do Tropicalismo na cultura criadora brasileira foram múltiplos, tanto nos anos imediatamente seguintes (do Pós-Tropicalismo) como até hoje, tendo uma última expressão coletiva vigorosa no manguebeat de Science & cia.

A atividade jornalística de Severino Francisco, que se inicia, já com uma forte marca pessoal, nos primeiros anos 80, tende, irresistivelmente, ao questionamento e à agitação cultural. Com seus textos tão lúcidos quão provocativos, tem sabido responder aos sinais artísticos e culturais brasileiros mais novos e desafiadores, revelando o que eles têm de imprescindível e relançando-os (idealmente que seja) para uma apropriação coletiva, recriadora.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Brasília é uma festa: concurso nacional de contos, crônicas e poemas


www.brasiliaeumafesta.com.br

O Brasília é uma festa é o concurso nacional de contos, crônicas e poemas com a quarta maior premiação em dinheiro do país (R$6 mil ao primeiro lugar, R$3 mil ao segundo e R$ 1.500,00 ao terceiro, para cada uma das três categorias, totalizando R$ 31.500,00), além de troféu, certificado e publicação das obras vencedoras em antologia.

O título e tema buscam em seu duplo sentido alcançar as nuances da verdadeira identidade desta cidade planejada, bonita e rica, mas que também é invadida, deturpada e mal vista como corrupta, devido a sua proximidade com os escândalos no poder político do país. Os escritores poderão tratar do tema da forma que quiserem, sem rédeas nem amarras, desde que tratem da dualidade candanga. O concurso é livre à participação de todos, bastando ser cidadão brasileiro com RG e CPF.

O concurso tem por objetivo o fomento à literatura, incentivo à leitura e à produção de livros e o registro da memória histórica e cultural da cidade através da literatura.

O concurso será realizado de junho a setembro.  Os candidatos poderão enviar seu texto pelo site.

Durante o período de envio e análise dos textos, os avaliadores, os declamadores e o Gestor do projeto promoverão oficinas diárias e vespertinas, no Centro Cultural do Varjão, para os estudantes, pessoas da comunidade e das cidades vizinhas como Paranoá, Sobradinho e Lago Norte. O ambiente será conectado à internet e aberto à comunidade, incentivando a produção literária.

O projeto se encerra com uma grande festa de premiação, com a declamação dos textos vencedores, entrega dos troféus e apresentação musical, num autêntico sarau multicultural e interdisciplinar, aberto a comunidade e focado no desenvolvimento intelectual e social.

Brasília é uma festa é patrocinado pelo FAC - DF (www.fac.df.gov.br), gerido por Giovani Iemini, com apoio da Factotum, apoio.biz e SocialHost.

Contatos, informações e dúvidas: contato@brasiliaeumafesta.com.br ou (61) 3468.2045

--
www.factotum.bardoescritor.net
www.giovaniiemini.blogspot.com

Túlio Borges - Eu venho vagando no ar



Deixo que a brisa toque
O sino em mim no tempo
O vento sabe quando é tempo
E quando é silêncio, entendo

Curso "Laboratorio Criativo"

terça-feira, 26 de junho de 2012

Começa hoje e vai até domingo a segunda edição Bienal do B - Poesia na rua

26/06/2012
Mariana Moreira


Luiz Amorim, dono do Açougue Cultural T-Bone, é o idealizador da bienal

Parafraseando o escritor francês Marcel Proust em um de seus títulos mais famosos, o empresário Luiz Amorim afirma estar em busca do tempo perdido. Por isso, apesar do nome, sua Bienal do B — Poesia na rua será realizada todos os anos. “A poesia da cidade nunca teve o tratamento  que merece, em relação à quantidade e qualidade de poetas que tem”, afirma o proprietário do Açougue Cultural T-Bone (comercial da 112 Norte), em funcionamento e promovendo atividades culturais há 17 anos. Para reparar essa injustiça histórica, ele organiza, em seu estabelecimento uma grande confraternização de poetas locais, que se estende de terça-feira (26/6) a domingo, das 18h às 22h, e terá o imortal Ledo Ivo como patrono.

“Ele é um autor de vanguarda, autor de uma obra muito interessante”, destaca Amorim, a respeito da escolha feita pelo anfitrião da Bienal, o poeta Antônio Miranda. Além do poeta, romancista, contista e ensaísta alagoano, os demais representantes da festa compõem o que há de melhor na literatura brasiliense. E não são poucos. “Neste ano, o evento terá um dia a mais (serão quatro, ao todo). E agora, além dos 47 poetas da primeira edição, reuniremos mais 30, totalizando 77 participantes”, afirma o organizador. A expectativa de público também é maior: enquanto no ano passado, o encontro literário reuniu cerca de 1.500 pessoas por noite debaixo da marquise de sua loja, em 2012, ele acredita que esse número poderá ultrapassar 2 mil frequentadores.
Fonte: http://divirta-se.correioweb.com.br/materias.htm?materia=14842&secao=Programe-se&data=20120626


segunda-feira, 25 de junho de 2012

Lançamento do livro 1ª Bienal de Poesias do "B"



Participação dos poetas participantes da 1ª Bienal de Poesias do "B" , realizada nos dias 26 a 28 de outubro de 2011.

Participantes com poemas ou depoimentos publicados no livro:
Antônio Miranda, Milagros Terán, Luis Serguilha, Wilmar Silva, Ivan Presença, Maria Conceição Moreira Salles, Ézio Pires, Amneres Pereira, Chico Alvim, Climério Ferreira, Francisco Napole, Ivan Monteiro, Jairo Mozart, Joãosinho da Vila, Luiz Martins, Menezes Y Morais, Nicolas Behr, Paulo José Cunha, Vicente Sá, Vinícius Borba, Vivo Verso, Alexandre Marinho, Aloísio Brandão, André Giusti, Carla Andrade, Carlos Augusto, Deliene Leite, Dina Brandão, Donne Pitalurgh, Ésio Macedo, Gustavo Dourado, Jorge Amâncio, José Fernandes, José Garcia Caianno, José Roberto, Lourenço Dutra, Marcos Freitas, Sandra Fayad, Dijair Diniz, Fabrízio Morelo, Israel Angelo, Luiz Turiba, Máximo Mansur, Noélia Ribeiro, Rildo Almeida, Ruiter Lima, Sids Oliveira,Wilson Pereira, Thiago de Mello.

Editor: Vicente Sá
Contatos:
vicentesa2002@yahoo.com 
61 9359-4972

2ª Bienal do B homenageará primeira edição do projeto


Livro de 156 páginas com depoimentos e poesias de quem participou em 2011 será lançado na primeira noite do evento, às 20h30

Está tudo pronto para a 2ª Bienal do B. A partir de terça-feira (26/06), a rua da 312/313 Norte será tomada por teatro, poesia e arte. A noite de abertura do evento será marcada pelo lançamento do livro 1ª Bienal do B, às 20h30. A obra faz homenagem aos participantes da primeira edição da bienal e um resgate do que foi o encontro em 2011. A noite contará ainda com a exibição do filme Brasília segundo Feldman, de Vladimir Carvalho, e banca literária e show do cantor e compositor Wagner Tiso. A Programação começa às 18h, em frente ao Açougue T-Bone.

As lembranças, memórias e momentos marcantes da 1º Bienal do B foram eternizados nas 156 páginas do livro, editado pelo escritor Vicente Sá, poeta e membro do Movimento VivaArte, e tendo como design gráfico Ribamar Fonseca. “O livro é um registro de como foi esta manifestação espontânea da cultura brasiliense, com seus principais poetas, músicos e pintores”, explica o editor. A viagem literária reúne 45 escritores, três músicos, quatro homenageados, 52 depoimentos, 45 poemas e dois artigos sobre a bienal.

Quem participou faz questão de relatar suas impressões. Entre os que falam estão nomes como Thiago de Mello, Milagros Terân, Kiko Zambianchi, Fernanda Porto, Rênio Quintas, além dos componentes do grupo Sopro e Cordas e outros. Fora das páginas, artistas que também estão no livro estarão reunidos na terça-feira para celebrar. “Os artistas falam da experiência de levar poesia para a rua, de deixá-la com a cara do cidadão”, enfatiza Vicente Sá.

De fato, a cara do cidadão não tem moldes. A iniciativa de levar arte para onde ela deve estar, no meio do povo, faz com que o próprio nome do evento – aos olhos de quem só lê letras, não lê sentimento –, saia do contexto. Isso porquê a 2ª Bienal do B acontecerá pouco mais de um ano da realização da primeira. É uma “bienal anual”.

Para o escritor-poeta e brasiliense de coração Nicholas Behr, convidado da edição de 2011 e com presença confirmada na de 2012, o nome e a periodicidade são irrelevantes. “Poesia nunca é demais. A bienal de poesia do b, do c, do d, e de todas as letras do alfabeto, aproxima a poesia das pessoas e assim as pessoas das outras pessoas.”

Arte na rua

Além do lançamento do livro, a noite de abertura da 2ª Bienal do B terá exibição do filme Brasília segundo Feldman, além de estandes literárias, exposições dos artistas plásticos Chico Nogueira e Iago Iagus e show do cantor e compositor Wagner Tiso.

A bienal vai até 26 de junho. Durante quatro dias, todos os brasilienses estão convidados a participar do encontro, que tem como objetivo democratizar a arte. Em 2012 o evento literário tem como anfitrião o escritor e poeta Antônio Miranda e como Patrono o escritor e poeta, também membro da Academia Brasileira de Letras, Lêdo Ivo. As noites serão encerradas com shows de João Donato, Beto Guedes e Fátima Guedes.

2ª Bienal da Poesia

Quando: De 26 a 29 de junho
Onde: Na comercial da 312/313 Norte, em frente ao Açougue Cultural T-Bone
Hora: A partir das 18h

Por Natalia Emerich
 

sábado, 23 de junho de 2012

Neo-antropophagische Hexenküche - Angélica Freitas' Gedichtband rilke shake

Luísa Costa Hölzl, 15.06.2011

Bereits der himmelblaue Umschlag dieses Buches stimmt fröhlich: es grüßt uns eine bunte animal farm, Kühe, Schweine, Hühnervolk, bunt angezogen und aufrecht halten sie sich an (Käfig?)-Stäbe. Ganz oben der Name der Dichterin: Angélica Freitas, dann der Titel »rilke shake«, der beim deutschen Leser zugleich Neugierde wecken wird, unten der Verlagsname und dann, angenehm überraschend, die Angabe »aus dem brasilianischen Portugiesisch übertragen von Odile Kennel«.

Der kleine Verlag luxbooks hat sich auf die Fahne geschrieben, in seiner Reihe luxbooks.latin Lyrik aus Lateinamerika im deutschsprachigen Raum bekannt zu machen. Diese Bücher erscheinen zweisprachig, was nicht nur dem mehrsprachigen oder den sprachbegeisterten Leser entgegenkommt, sondern vor allem die Übersetzungsarbeit als kreativen Prozeß honoriert.

Nach dem Prolog – den letzten Gedanken eines Geigers beim Flugzeugabsturz – eröffnet das Eingangskapitel »rilke shake« ein süßsaures Cocktail aus tonangebenden Größen der literarischen Moderne. Angélica Freitas (*1973) empfiehlt uns eine »Entmallarmisierung« – zum Teufel mit Mallarmé, Blake und Pound, mit Elisabeth Bishop, Natalie Barney und Gertrude Stein! Sie alle würzen diesen Shake aus Referenz/Reverenz und augenzwinkender Irreverenz, denn mal liegen sie mit dem Ich in der Badewanne, mal überschütten sie gemeinsam mit ihr (denn es ist ein weibliches Ich) die Gänseliesel in Göttingen mit Küssen. Sie hüpfen in der saftigen Imagination des Ichs von Zeile zu Zeile, stolpern von Gedicht zu Gedicht. Angélica Freitas verfährt nach dem Motto: Wenn wir alles gelernt, in Wikipedia gesucht und gefunden, aufgenommen und heruntergeschluckt haben, liegen uns die Kulturbrocken schwer im Magen und es ist an der Zeit sie auszuspucken. Die Portugiesin Natália Correia hat einmal behauptet »A poesia é para comer«, die Poesie darf/soll gegessen werden. Ja, wir Leser dürfen jede Zeile dieses Buches nach Lust und Laune verzehren: Angélicas nostalgisch-heitere Liebesgedichte, ihre Parodie auf Haikais, die zu neuem Genre der bai-bais mutieren (»wer bai-bais schreibt weiß: vorbei/die schöne zeit«), ihr Karthographieren von Lebensorten aus der ganzen Welt oder ihre Warnungen vor mißglückten Beziehungen im letzten Kapitel »Rosa Buch der törichten Herzen«. Das Ich – lesbisch, großgeworden im bürgerlichen Milieu, weit gereist, lebenserfahren , belesen trotz Vorliebe für das Radiohören – mag ein törichtes Herz in Sachen Liebe besitzen und manches liest sich als Befreiungsschlag, doch geschieht dies weder verzweifelt noch zerknirscht, sondern heiter und selbstironisch in kritischer Distanz zu Tradition und Erbe.

Wobei die Reverenz spürbar bleibt. Von den Pariser Salons der ersten Hälfte des XX. Jahrhunderts bis zu den heutigen blogspots ist ein langer Weg beschritten worden. Gerade jene Figuren, die Angélica so lustvoll zum Cocktail mixt, eröffneten zu ihrer Zeit den Weg zu neuen Lebensentwürfen und zu einer völlig anderen Art und Weise, Kunst zu produzieren und zu rezipieren. Angélica holt jene weibliche Ikonen von ihrem Altar herunter. Sie zerschnipselt dann die Heiligenbildchen und fügt sie zu neuen Bildern zusammen. Aber es geht weder um intertextuelle Spielchen noch um intellektuelle Auseinandersetzung (die höchstwahrscheinlich dennoch stattfand), denn die literarische Bezugnahme mutet einfach komisch an und womöglich reizt sie die Leser, sich über diese Bezugspersonen und Übermütter zu informieren. Vielleicht reiht sich Angélica doch in eine brasilianische Tradition eines Oswald de Andrade ein mit seinem »Manifesto Pau Brasil« oder »Manifesto Antropófago«? Denn wie einst die Menschenfresser verleibt sich diese Lyrik einige morceaux exquis nicht-brasilianischer Kultur ein. Und dann entsteht, wie Oswald es sich 1922 wünschte, Poesie als brasilianisches Exportgut!

Ein Exportgut, das dann, durch die Feder einer Odile Kennel, selbst Poetin, bei uns landet. In einem Nachwort erklärt sie einiges zur Dichterin und stellt Bezüge zu anderen Lyriker her, wie zu Morgensten oder zur Portugiesin Adília Lopes. Und sie verpaßt nicht die Gelegenheit, uns Sinn und Grenzen einer literarischen Übersetzung näherzubringen. Das liest sich wie ein Plädoyer für Freiheit und Kreativität des Übersetzens, denn drei Prämissen will sie treu bleiben: erstens ist mit etwas Spieltrieb alles übersetzbar, zweitens läßt sich der Sinn mehr dehnen als die Form und drittens ist nichts absolut. So zeugen Odiles Übertragungen von jenem kreativen Suchen nach dem Gedicht, als, um einen Übervater der Moderne, Paul Valéry, zu zitieren, »cette hésitation prolongée entre le son et le sens«. Dieses Zögern zwischen Klang und Sinn in den witzig-tiefgründigen Kreationen von Angélica spricht Deutsch in den Fundstücken von Odile. So verwandeln sich im Epilog Brüsseler Hexen in welche aus Hessen:

AS BRUXAS de bruxelas
batem panelas
pra espantar as baratas tontas
que vivem nas pontas
dos sapatos delas


DIE HEXEN aus hessen
werfen mit essen
entsetzen dämliche echsen
die sich gern setzen
auf die haxen der hexen

Hoffentlich werden zukünftig weitere zweisprachige Wortgespinste in der Hexenküche gebraut.

Luísa Costa Hölzl*

Angélica Feitas:
rilke shake.

Aus dem Portugiesischen von Odile Kennel.
Luxbooks, 2011



* Luísa Costa Hölzl
ist, Dichterin, Portugiesisch-Dozentin in München und Mitbegründerin des Vereins Lusofonia.
Für novacultura schrieb sie zuletzt über Maria Teresa Horta.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Crônicas Brasilienses, de João Batista Almeida

Crônicas Brasilienses
João Batista Almeida
Livro de estreia do autor na seara literária, Crônicas Brasilienses, em estilo leve e envolvente, permeado de ironia e visão crítica, sem deixar de ser vigoroso, é o retrato da Brasília dos últimos cinquenta anos, seu esplendor, sua glória, suas mazelas, o olhar de quem a idealizou e construiu e dos que hoje aqui vivem.
A obra compreende três partes: A cidade e sua gente, Política e Políticos e Fotocrônicas. Em síntese, a publicação trata-se de um grito de alerta associado a um poema de amor à Capital, de leitura rápida e prazerosa, sem deixar jamais de abordar a questão social.
Editora : Ler
Edição : 1ª
ISBN : 978-85-64898

Serviço

Lançamento do livro Crônicas Brasilienses

Data, local e hora:

Dia 22/06 - Livraria Leitura do shopping Conjunto Nacional, em Brasília, a partir 19h.

Dia 29/06 - Livraria Cultura do shopping Casa Park, em Brasília, a partir das 19h30.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Abertura da exposição Tobias Barreto





CONVITE
O Presidente da Associação Nacional de Escritores – ANE e o Diretor do Museu do Escritor convidam V. Sª.  e Família para a abertura da exposição Tobias Barreto, a realizar-se no dia 26 de junho de 2012, às 20 horas, na SEPS 707/907 – Bloco F – Edifício Escritor Almeida Fischer

José Peixoto Júnior
Presidente 

Napoleão Valadares
Diretor do Museu do Escritor           

  

Manhãs Adiadas, de Eltânia André




  DOBRA EDITORIAL
SECRETARIA DE ESTADOD E CULTURA DE SÃO PAULO

(ProAC – Programa de Ação Cultural)

Convidam para o lançamento do livro de contos



MANHÃS ADIADAS

de Eltânia André



Dia: 22/06/2012 – Sexta-feira – A partir das 19 hs.
Local: Restaurante Carpe Diem  CLS 104 Sul  – Brasília



Em Manhãs adiadas, Eltânia André, autora mineira radicada em São Paulo, reúne 14 contos cuja temática aborda os dramas, conflitos e perplexidades do homem contemporâneo numa sociedade da tecnologia e do consumo, que vive um rápido escalonamento de valores e demandas.

As histórias falam de gente comum, de homens e mulheres apartados em seus ambientes domésticos ou laborais, cujas vidas, muitas vezes estão no limite entre o sonho e a frustração, presos nos seus labirintos de perplexidades e frustrações.

Ambientados em diversos cenários urbanos, seja na metrópole ou no interior, os contos falam de solidão, de deslocamento, de isolamento social e afetivo, fenômenos tão comuns ao ser nesses tempos regidos pelo pragmatismo e pela velocidade, pela insegurança e pela falta de perspectivas, pela miséria material e moral, excludentes e individualizantes.

Como assinala o escritor Menalton Braff, os contos de Manhãs adiadas captam com extrema sensibilidade tanto conflitos interiores, de cunho mais metafísico, como a trepidação dos seres humanos convivendo espremidos em uma grande cidade.

Nascida em Cataguases (MG), formada em administração e psicologia, é autora de Meu nome agora é Jaque (Contos, Ed. Rona, BH, 2007).



Dobra Editorial

Rua Domingos e Morais, 1039 Conj. 2
Vila Mariana – CEP 04009-002 - São Paulo - SP

Mírian Raposo assume a diretoria de Políticas do Livro e da Leitura

Ter, 05 de Junho de 2012 14:22

   

 
Implementar o PDLL, fortalecer o programa Mala do Livro e institucionalizar o Sistema de Bibliotecas Públicas são os desafios de sua gestão

Professora Mírian_RaposoDesde o dia 15 de maio de 2012, a diretoria de Políticas do Livro e da Leitura tem uma nova diretora. A professora Mírian Barbosa Tavares Raposo, 47, servidora de carreira da Secretaria de Educação do Governo do Distrito Federal, assumiu o cargo com a missão de impulsionar as ações voltadas ao livro e leitura no Distrito Federal. 
Os objetivos prioritários de sua gestão são a implementação do Plano do Distrito Federal do Livro e da Leitura (PDLL), o fortalecimento do programa Mala do Livro e a institucionalização do Sistema de Bibliotecas Públicas do Distrito Federal. Tais ações são fundamentais para fazer com que Brasília se torne a Capital da Leitura.

Sobre o PDLL, a diretora de Políticas do Livro e da Leitura lembra que já existe um texto preliminar que precisa ser discutido com a comunidade. A partir daí será construído o texto final estabelecendo diretrizes e políticas públicas permanentes para a promoção da leitura e do livro.

Para auxiliar os trabalhos da professora Mírian Raposo, a diretoria de Políticas do Livro e da Leitura conta com duas gerências em sua estrutura administrativa: a da Mala do Livro e a do Sistema de Bibliotecas Públicas. Para a professora, a ideia é fortalecer o programa Mala do Livro - voltado para o estímulo a leitura e que conta com cerca de 400 agentes - e institucionalizar o Sistema de Bibliotecas Públicas do Distrito Federal, interligando as 26 bibliotecas existentes no DF e que hoje atuam de forma independente e sem infraestrutura adequada. "Vamos trabalhar para que as bibliotecas recebam a atenção que elas merecem e que a comunidade precisa", disse.

A diretora destacou ainda que trabalhará em parceria com a diretoria da Biblioteca Nacional de Brasília (BNB) e em consonância com o planejamento estratégico da Secretaria de Cultura do Distrito Federal que está em fase final de elaboração. Para a professora, sua posse acontece em um momento privilegiado. "Nós estamos no processo ideal para planejar. Estamos elaborando o plano de ação interno da Subsecretaria. Então, estamos começando todos juntos. Podemos construir coisas muito boas", afirmou.


PERFIL - Com 30 anos de experiência no serviço público, a professora Mírian Raposo é graduada em Pedagogia pela Universidade de Brasília (UnB), mestre e doutora em Psicologia pela mesma universidade. Antes de assumir a diretoria de Políticas do Livro e da Leitura, esteve cedida por convênio à UnB onde atuou como professora do Instituto de Psicologia nos últimos 10 anos. A professora Mírian Raposo substitui a poeta Lília Diniz que dirigiu o setor por aproximadamente seis meses.

Foto: Flávia Camarano


Espaço Cultural Mosaico realiza debate sobre direitos autorais

Victoria Almeida | 21/06/2012 |

A partir das 20h30 do dia 3 de julho o Espaço Cultural Mosaico realiza a segunda edição do projeto Falando de Arte. Desta vez, a iniciativa discute as polêmicas em torno dos direitos autorais.

O encontro contará com a presença do músico GOG, da produtora cultural Alexandra Capone, do gerente regional do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD), Nereu Silveira e do produtor e DJ do Sistema Criolina, Pezão.

Como principais aspectos a serem discutidos nesta edição do projeto encontram-se a situação dos direitos autorais na realidade atual com os avanços tecnológicos, as leis de propriedade intelectual, o acesso público as produções culturais, entre outros.

A entrada é franca e indicada para maiores de 18 anos.
Falando de Arte discute direito autoral no Espaço Cultural Mosaico
Data: 3 de julho
Horário: A partir das 20h30 Local: SCRN 714/15, Bloco D, Loja 16 – Brasília/DF (Espaço Cultural Mosaico)
 Mais informações pelo telefone (61) 3032 – 1330 ou pelo email espacomosaico@gmail.com

O Piauí é aqui

terça-feira, 19 de junho de 2012

Poemação XXVI Aprender a Ler e Traduzir Poesia


Poemação XXVI 
Aprender a Ler e Traduzir Poesia

O vigésimo sexto POEMAÇÃO privilegia a poesia brasiliense traduzida para o espanhol, a língua materna de mais de 20 países. 
O Poemação 26 traz uma mostra de quatro poetas brasilienses traduzidos para o espanhol pelo projeto “APRENDER A LER E TRADUZIR POESIA” projeto educativo e cultural apresentado na modalidade de curso de extensão da Universidade de Brasília pela professora Alicia Silvestre Miralles.
Lança a edição em e-book do livro: Na tarde que se avizinha e outros poemas de Marcos Freitas e trás os músicos poetas Francisco Romero e Markim Garcia

Participantes 

Alicia Silvestre - Ronaldo Costa Fernandes - Viriato Gaspar -
Markim Garcia - Andersom Braga Horta - Marcos Airton de Freitas - Oleg Almeida - Francisco Romeiro 

Local: Auditório da Biblioteca Nacional (2º Andar) 
Data: 03 de julho de 2012 
Horário: das 18:15 as 20:00 
Entrada Franca

Sarau Radical Junino


 Sarau Radical junino reúne rappers, forrozeiros e poetas 
A edição do Sarau Radical deste mês traz muita poesia, música e festa no próximo dia 20 de junho. Apesar do mês forrado de festas juninas nas comunidades, o Sarau Radical edição especial de homenagem a São Sebastião terá como destaque a apresentação do rap consciente do grupo Atitude Feminina. Além do show, outra atração que deve animar o público amante do forró Pé-de-Serra é a banda Dona Gracinha, que promete animar a noite. Na poesia, destaque para a peça Muito Prazer Leminsky, do poeta Rego Júnior, e ainda o show de poesia matuta dos poetas convidados Djair Diniz e Cumpade Ancelmo, que trazem muito cordel, e a noite conta ainda com o compositor e intérprete Lucas Soledade, com MPB. Entre o popular do nordeste e o urbano periférico do Hip Hop, poetas e artistas radicais livres intervém cativando o público.
Já dentre os poetas radicais livres, Denise Santos, Sueli Martins, Karla Ramalho, Vinícius Borba e quem mais topar participar na comunidade está convidado a trazer seus poemas para recitar no Espaços Livres de Poesia do Sarau Radical.
E no mês de aniversário de São Sebastião, que completa 19 anos de emancipação como Região Administrativa, uma apresentação de pré-lançamento da obra Memórias do Barro, livro sobre a história da cidade que será lançado em breve por iniciativa independente do autor Mauricio Seabra Jr., também do grupo Radicais Livres S/A.

Serviço:

Sarau Radical – Edição Especial junina de Aniversário de Sâo Sebastião
Quarta, 20/06, à partir das 20h
Local: Restaurante e pizzaria Skinão, Av. São Sebastião próximo ao Fórum de Justiça de São Sebastião, bairro Centro
Classificação indicativa: 16 anos

Couvert Artístico: R$ 3,00
Vinícius Borba

Jornalismo, produção cultural e assessoria de comunicação 
(61)8551 1075/ 33390782                                                          viniciusborba.cultura@gmail.com                                                                        viniciusborbablog.blogspot.com  



10° Café Científico de Brasilia - "Rio+20, e agora?"

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Pouca poesia na Cúpula dos Povos

Envolverde Rio + 20 17/6/2012 - 04h03 por Mario Osava, da IPS

Declamador Nelio Fernando. Foto: Mario Osava/IPS
Rio de Janeiro, Brasil, 17/6/2012 (TerraViva) –

O ator Nelio Fernando está na Cúpula dos Povos declamando poemas. “Mario Quintana, Vinicius”, oferece ele, ao lado do cartaz indicando R$ 1,00 como preço de um poema declamado. “Alguns pagam mais”, reconheceu.

Cecilia Meireles e Olavo Bilac são outros poetas bem cotados. “Na sexta declamei muito”, mais de 200 poemas, informou. Ante a resposta negativa de alguns, esclareceu que o público de eventos como a Rio+20 não é muito receptivo.

Na FLIP (Festa Literária Internacional de Paraty), chegou a superar 500 declamações num dia. Se mapeasse as feiras literárias, onde tem maior audiência, poderia viver disso, garantiu.

Mas ganha a vida com outras atividades como “ator, palhaço e dançarino”, no teatro e outros espetáculos. É de São José dos Campos, cidade paulista, mas vive no Rio há pouco mais de um ano. Envolverde/IPS (IPS)

Fonte: http://envolverde.com.br/noticias/pouca-poesia-na-cupula-dos-povos/?utm_source=CRM&utm_medium=cpc&utm_campaign=18

OS ÍNDIOS




















OS ÍNDIOS
Poema de Antonio Miranda 



I

Também vieram de longe
e plantaram raízes
imemoriais
no jardim de sua eleição
desde a diáspora primeva
da Criação.  

Não sabemos se temos
a mesma origem
ou se nascemos já divididos
disputando o mesmo espaço.  

Descimentos e preamentos
bandeirantes
dizimaram e escravizaram
índios sem religião
como animais
errantes.  


II

Os sobreviventes estão
confinados em reservas
como num zoológico humano.  

Duas culturas não podem
ocupar o mesmo lugar:
ou o índio é integrado
à sociedade
e perde a identidade tribal
ou refugia-se na comunidade.
  
Garimpeiros, pecuaristas
seringueiros e extrativistas
(caraíbas)
avançam com motosserras.  

O índio não é ambicioso
nem ocioso.  

A terra é a existência do índio
-terra de todos, comunitária
terra que é partícula
em movimento e assimilação.  

Terra e índio: um vive da outra.
Mãe e filho, indivisíveis.  

Terra sagrada
de húmus vivo e fértil
de seus antepassados
com que o índio abona
o inhame, o cará e a taioba.  

Em que cultiva, caça e pesca
e colhe, apenas quando
e quanto necessita.


III

Para o índio não há amanhã
em qualquer sentido pois
o tempo não existe
em sua percepção:
o movimento do corpo
num ímpeto contínuo
(da vontade em ação)
é que move a rede
(e não os pés e a mão)
como move a vida.  

Dias alternam-se sem
alterações e altercações
-de pesca, de fruta acesa
que logo vai compartilhar
no complemento do beiju
do pirarucu e do tucunaré.  

O fogo está sempre aceso
na aldeia e almas intermitentes
de dormir e despertar
de morrer e renascer:
um tempo dentro de outro
tempo infinito e cego.  

Fogo feito para irmanar-se
depois de buscar a lenha
que não armazena jamais
para não quebrar a rotina.  

Um grande poder de concentração
-e de dedicação extrema-
com todo o tempo do mundo
mas sem a noção de tempo.

sábado, 16 de junho de 2012

Arte em Aberto propõe



15 ANOS SEM CÉREBRO ou SCIENCE EM EXPANSÃO

no dia 18 de junho (segunda), às 19 h., na Livraria Sebinho (406 N).

15 anos sem cérebro
ou
science em expansão

não é palestra
não é defesa de tese
não é aula ( ninguém
aprende samba
no colégio )

trata-se
de uma conversa sobre uma conversa
( longa )
que tive com o fred 04
quando ele hospedou-se
por quase uma semana
no apartamento na colina (unb)
onde vivi

na varanda
entre taças de vinho
a vista para o lago
e otras cositas
fazia perguntas
e fred com sua sintaxe barroca
e sua pernambucana prosódia
ocupava a sala da colina
de:

chico science
mangue
hip hop
ciranda
orla orbe
embolada
loustal
bom tom rádio
lamento negro
the clash
cavaquinho
mabuse
renato L
a tábua de esmeralda
inventos
&
do it yourself

o luiz gonzaga vai descobrir o sertão no rio
assim como o oswald vai descobrir o brasil na europa
e o chico science descobre o mundo a partir da lama do mangue do seu quintal

a arte abre uma fenda
no mundo
para propor outro

paulo kauim

[Poeta, publicou Carruagem de Polícia (anos 80) e Demorô (2008). Arte-educador. Pratica fotografia, videografia e antenação crítica em poesia, música, audiovisual, cultura viva (vide internet).]
 
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