Mães do Treze de Maio
A esse continente sofrido massacrado esquecido Mãe de todas as raças, de todas as culturas, útero da humanidade.
A esse continente que viu o seqüestro de seu povo, o sofrimento, a saga, a escravidão de um povo cuja cor da pele traçava negras tatuagens marcadas pelo chicote e cicatrizadas a ferro.
A esse continente Mãe dos ritmos, dos requebros, das alegrias, das vitórias do povo brasileiro.
A essa África Mãe geradora de Mães fortes, mulheres guerreiras sofridas pela imposição, pelas perdas, pela exclusão, pela não oportunidade, a essas mães renascidas ao dar a vida.
Marias, negras no cotidiano.
A esse continente sofrido massacrado esquecido Mãe de todas as raças, de todas as culturas, útero da humanidade.
A esse continente que viu o seqüestro de seu povo, o sofrimento, a saga, a escravidão de um povo cuja cor da pele traçava negras tatuagens marcadas pelo chicote e cicatrizadas a ferro.
A esse continente Mãe dos ritmos, dos requebros, das alegrias, das vitórias do povo brasileiro.
A essa África Mãe geradora de Mães fortes, mulheres guerreiras sofridas pela imposição, pelas perdas, pela exclusão, pela não oportunidade, a essas mães renascidas ao dar a vida.
Marias, negras no cotidiano.
Mães do Treze de Maio
Negras da casa grande
castas mães com filhos
da criação aos cuidados
Negras sem preço
presas ao passado
livres do pecado
das senzalas
Negras sem nomes
Negras sem marias
Negras mães sujeitas à sorte
negras mãos que lavram
que afagam
que unem
Mulheres guerreiras
cativas e libertas
Negras, discriminadas
amadas e respeitadas
Negras mães de leite
Na África agricultoras
mulheres interlocutoras
outrora escravas de casa
outorgam a luz da vida
Santas mulheres mães
negras como a noite
brilham como o sol
Morrem pelos seus filhos
vivem para os seus filhos
Mães,
negras no cotidiano
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