sexta-feira, 30 de março de 2012

MORENA ROSA FAZ SHOW DE DESPEDIDA NA TRIBUNA EM OLINDA


TATTO COSTA na Barca Brasília


Temporada musical de 2012 no único palco flutuante da cidade – a Barca Brasília!
Neste sábado e domingo, 31 de março e 1 de abril/2012, a Barca Brasília segue com sua temporada cultural navegando no Lago Paranoá com o show do grande músico de raízes maranhenses Tatto Costa.  O excelente repertório de Tatto Costa, recheado de composições próprias e de releituras marcantes de cantores consagrados da MPB como Djavan, Vander Lee e Jakson do Pandeiro, traz sua poesia impressa nas baladas, sua brasilidade impregnada no samba de gafieira, no samba jazz, no romantismo, no balanço do reggae entre outros sons e ritmos. 
Você é nosso convidado. Prestigie com sua presença, convide familiares e amigos para um passeio inusitado e conheça Brasília por ângulos diferenciados. Faça sua reserva com antecedência. Vagas limitadas!
SERVIÇO 
O músico Tatto Costa realiza show na Barca Brasília! 
Data: 31 de março e 01 de abril – sábado e domingo 
Local de embarque: Cais do Life Resort  localizado no Setor de Hotéis e Turismo Norte
(Próximo à Vila Planalto) 
Partida: 17 hs; Previsão de chegada: 19hs. 
Valor do PASSEIO: 40,00 - PROMOCÃO: Casal paga somente R$70,00.
COUVERT ARTÍSTICO:  10,00 por pessoa.
Consumo de alimentos e bebidas à parte.
Reservas e informações: 
Telefones: (61) 3039 2011 | 8419 7192 | 8195 7551 (Edmilson Figueiredo). 
www.barcabrasilia.com.br  
passeio@barcabrasilia.com.br 

Dicas e Normas:
1- Evento não indicado para menores de 18 anos desacompanhados.
2- Tenha à mão um agasalho.
3- Crianças de 0 a 2 anos não pagam, de 3 a 12 anos pagam meia, acima de 12 anos pagam como adulto.
4- Crianças até 12 anos uso obrigatório de colete salva-vida.
5- É proibido levar animais domésticos ao passeio.
6- O passeio poderá ser cancelado se as condições técnicas ou climáticas não favorecerem.
7- Chegue ao cais com antecedência de 20 minutos do horário previsto de partida. 
8- Saída com o mínimo de 10 e máximo de 40 passageiros.

quarta-feira, 28 de março de 2012

POESIA & VINHO 2012


Dizem que a poesia e a música nasceram juntas através do canto, mas depois se separaram, quando foi descoberto que tanto as palavras quanto os sons possuíam belezas próprias. Às vezes, algumas pessoas vêm ao mundo para relembrar-nos dessa união primária. Este é o caso de Maria Lúcia Dal Parro, poetiza que abre o Poesia e Vinho de 2012. Cotada entre as grandes damas da atual poesia brasileira, a paulista de Botucatu formou - se em letras e música na mesma cidade em que nasceu, mas iniciou sua carreira de crítica literária pela USP. Depois partiu para a França e Portugal, onde concluiu dois pós-doutorados. Lecionou e participou de congressos em diversas partes do mundo, mas radicou-se em Sergipe, quando trocou seu estado natal por uma paixão avassaladora. Publicou e organizou dezenas de livros, dentre eles pesquisas importantes, consequentes de seu estudo sobre destacados poetas portugueses como Florbela Espanca e Herberto Helder. 
Seu primeiro livro de poemas foi lançado em 1994 e intitulado, Livro das Auras , mas foi em 2002, com o Livro dos Possuídos, que a poetiza arrancou os mais célebres elogios da mídia. Hoje Maria Lúcia vive no interior do Sergipe numa casa, dizem, assombrada, em companhia do marido, também escritor, Francisco Dantas e de mais uma centena de gatos. Já se aposentou pela Universidade Federal de Sergipe, mas mantém o vínculo com o CNPq, por ainda ser uma pesquisadora ativa. Prova disso é sua presença no corpo editorial de diversos periódicos científicos pelo Brasil. 
Na primeira edição do Poesia e Vinho 2012, o poeta e ator, Adeilton Lima, tem a honra de recebê-la para uma noite aconchegante, onde mais do que exibição de poemas, poderemos ouvir a voz da musa! 
Serviço: 
Dia: 03/04/2012 – terça-feira – 20h00 
Entrada Franca 
Local: Teatro do Espaço Cultural Mosaico – SCRN 714/15 – Bloco: D – Loja: 16 
Classificação Indicativa: 18 anos 
Informações: (61)30321330 
  
  
"Este projeto foi contemplado pela Fundação Nacional de Artes - FUNARTE no edital Prêmio Procultura de Estímulo ao Circo, Dança e Teatro 2010" 
  
Caso você deseje cancelar seu cadastro, clique aqui.

Retratos da Leitura no Brasil

terça-feira, 27 de março de 2012

O blog Poemação

O blog Poemação passará a partir de hoje, ao inteiro encargo do poeta e amigo Jorge Amâncio. Encerra-se hoje, pois, minha participação. Grato às mais de 25 mil visualizações, até a presente data.
Marcos Freitas.

sábado, 24 de março de 2012

RUH UND SCHWEIGEN - Georg Trakl

RUH UND SCHWEIGEN

Hinter begruben die Sonne im kahlen Wald.
Ein Fischer zog
In härenem Netz den Mond aus frierendem Weiher.

In blauem Kristall
Wohnt der bleiche Mensch, die Wang an seine Sterne gelehnt;
Oder es neigt das Haupt in purpurnem Schlaf.

Doch immer rührt der schwarze Flug der Vögel
Den Schauenden, das Heilige blauer Blumen,
Denkt die nahe Stille Vergessenes, erloschene Engel.

Wieder nachtet die Stirne in mondendem Gestein;
Ein strahlender Jüngling
Erscheint die Schwester in Herbst un schwarzer Verwesung.

Georg Trakl.


Mühlauer Friedhof

Me-
dita, a

branca
sombra da neve,
o nevo
desse silêncio, fendido: Trakl.

(Arde,
arde a folha
forasteira, o louro
latim das folhas,

o cego vento
ledor
das folhas).

Aberta, a
pedra interrogada.

Age de Carvalho [ de Arena, Areia - 1986 ]


STAUB UND SCHOTTER

Nur aus Staub und Schotter
wird dies Bahn eingebaut.
Keiner fährt über es hin.
Einige Teile davon
wird von dem Wald gefresst.
Andere, beim starke Regen gebisst.
Loch und Loch – Hinterhalt –
jede Stück.
Über dem fahre Ich, einsam,
und frage mich:
Hättet aus Staub und Schotter
meine ganze Lebenstrasse gewesen?

Marcos Freitas [ de Staub und Schotter - 2008 ]

sexta-feira, 23 de março de 2012

POEMA DA CURVA


POEMA DA CURVA

Não é o ângulo reto que me atrai,
Nem a linha reta, dura, inflexível criada pelo o homem.
O que me atrai é a curva livre e sensual.
A curva que encontro no curso sinuoso dos nossos rios,
nas nuvens do céu,
no corpo da mulher preferida.
De curvas é feito todo o universo,
O universo curvo de Einstein.

Oscar Niemeyer.

http://www.avidaeumsopro.com.br/pt/niemeyer_depoimentos.php

quinta-feira, 22 de março de 2012

Convidada para Bienal do Livro, Alice Walker debate sobre conflitos humanos

No romance A cor púrpura, as irmãs Celie e Nettie são separadas na adolescência por um pai brutal. A cena acontece na Geórgia dos anos 1930. A trajetória da família — pobre e negra na região mais racista e conservadora dos Estados Unidos da época — foi inventada pela escritora Alice Walker em 1982 e levada às telas por Steven Spielberg três anos depois. O romance recebeu o Prêmio Pulitzer e transformou a escritora em ícone do feminismo e da luta pelos direitos humanos nos EUA.
Alice nasceu na Geórgia, em 1944. Na época, a segregação racial ditava as regras. Negros ficavam confinados em minúsculos espaços nas traseiras dos ônibus e não podiam frequentar livremente a maioria dos estabelecimentos, inclusive as escolas. Nos anos 1960, casamentos inter-raciais eram proibidos, mas Alice trocou alianças com Mel Leventhal, um advogado judeu e branco. Os Estados Unidos de hoje são bem diferentes daqueles experimentados na juventude, mas Alice continua insatisfeita. Ela lamenta as guerras e ainda enxerga segregação em uma sociedade na qual negros e índios são os mais pobres. Também faz parte da luta a preservação do meio ambiente. Nunca esteve no Brasil e está curiosa para ver a mistura racial da qual tanto ouviu falar. Espera ter uma ideia do que é isso em abril, quando desembarcar na capital do país para a 1ª Bienal Brasília do Livro e da Leitura.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Clube do Choro apresenta Eduardo Rangel


"DECLARAÇÃO DE AMOR" 
Texto de Aquiles Rique Reis, músico e vocalista do MPB4

"Ao lançar Estúdio (independente), seu terceiro CD, o compositor, cantor e pianista brasiliense Eduardo Rangel abre a voz e revela a alma apreensiva que lhe habita o corpo.
A dramaticidade leva sua interpretação para emoções por vezes cálidas, por vezes quase imperceptíveis, mas sempre admiráveis. Delicada, afinada, aguda, personalíssima, sua voz reflete a inquietude que impele o compositor à sede pelo desconhecido, à fome por desvendar enigmas da criação. Música que brota para elucidar mistérios, que lhe vêm às mãos como bençãos a serem decifradas.
Suas canções são pop, desde a concepção até a mixagem. Arquitetadas dentro da mais pura linhagem do modernismo, a tudo encharcam com a chama da música contemporânea. São onze composições de Eduardo, uma dele com Gualter Ferreira e “Minha Alma – A paz que eu não quero” (Marcelo Yuka, Falcão, Xandão, Marcelo Lobato e Lauro Farias, o Rappa): A minha alma tá armada e apontada/ Para a cara do sossego/ Pois paz sem voz, paz sem voz/ Não é paz, é medo. Estes versos, ao fincarem sua energia ao lado das letras escritas por Eduardo, ganham amplitude. Intensificando-se uns nos outros, se não apontam caminhos, gritam com formidável força poética e clamam por satisfazer desejos que as almas dos poetas sonham para si próprias e para a humanidade.
A formação instrumental varia de acordo com cada música, E surpreendem, como na música do Rappa, por exemplo, que tem piano (Eduardo Rangel), violoncelo (Ocelo Mendonça) e efeitos programados por Daniel Musy. Por outro lado, a bela “Noves Fora” (Eduardo Rangel) tem formação tradicional para uma canção de forte apelo dramático: piano (Leo Brandão), baixo acústico (Oswaldo Amorim), dois violinos (Liliana Gayoso e Zoltan Paulinyi), duas violas (Aletéa Cosso e Marie de Novion) e três violoncelos (Gidesmi Alves, Jabez Oliveira e Ocelo Mendonça, o autor do arranjo para as cordas).
A bossa nova “Trim!” (Eduardo Rangel) soa simples e esplendidamente ao som do piano (Leo Brandão) e do violão (Rafael dos Anjos). Também admirável é o arranjo da música “3416 d.C.” (Eduardo Rangel), que abre o álbum – quando o som do acordeom (Leo Brandão) vem embalado pela forte pegada da guitarra (Walter Villaça) e pela programação da bateria (Leo Brandão). Cabe ressaltar o parcimonioso e adequado uso desse recurso eletrônico.
“Bicicleta” (Eduardo Rangel), bela homenagem à cidade de Brasília, tem órgão (Leo Brandão), o assovio (é isso mesmo) do saxofonista Milton Guedes (assovia bem, o danado!) e bateria (João Viana). “Sinsalabim” (Eduardo Rangel e Gualter Ferreira) é cantiga brejeira, com leveza avalizada pelo baixo fretless (André Vasconcellos), pelo violão (Torcuato Mariano), pela bateria (João Viana) e pelo sax (Daniel Musy).
Em suas treze faixas, Estúdio engasta bela declaração de amor ao ofício de compor, tocar e cantar, ou ao amor por algo não explicitado, mas que pulsa, arde, busca vir à tona para, enfim, respirar, viver, se entregar…"
• Coluna do Aquiles é publicada semanalmente no "Diário do Comércio" (São Paulo), "Meio Norte" (Teresina), "A Gazeta" (Cuiabá), "Jornal da Cidade" (Poços de Caldas) e "Brazilian Voice" (New Jersey - publicação voltada para os brasileiros residentes em toda Costa Leste dos EUA).

Show - Eduardo Rangel –  Lançamento do CD "Estúdio"
Quando - Sábado, 24 de março, 21h
Onde - "Clube do Choro de Brasília" -  Setor de Divulgação Cultural - Eixo Monumental, ao lado do Centro de Convenções
Ingressos - R$20 (inteira) e R$10 (meia-entrada)
Vendas antecipadas - Bilheteria do teatro de 2ª a 6ª (10h às 22h) e Sab (19h as 22h) 
Informações - (61) 3224-0599
Ouça o novo CD: 


Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial - O dia 21 de março



O dia 21 de março foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, com o objetivo de lembrar o "Massacre de Shaperville", ocorrido na África do Sul, em 1960. Neste dia, policiais mataram 69 negros que participavam de uma manifestação contra o apartheid (regime segundo o qual a populações brancos detinham o poder e os povos restantes eram obrigados a viver separadamente).
No Brasil, onde negros representam quase a metade da população, chegando a 80 milhões de pessoas, o racismo ainda é um fator divisor e em evidência. Ao longo desses anos, o dia 21 de março tem sido marcado pela constante luta de organizações de direitos humanos em combate à discriminação racial; as mobilizações realizadas em torno desta data têm o propósito de fazer com que a sociedade em geral refletir sobre a importância do combate ao racismo, à xenofobia e todas as formas de intolerância.
"Discriminação Racial” significa qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada na raça, cor, ascendência, origem étnica ou nacional com a finalidade ou o efeito de impedir e/ou dificultar o reconhecimento e exercício, em bases de igualdade, aos direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou qualquer outra área da vida pública.
Mesmo com as diversas formas de atuação dos movimentos que alertam sobre a discriminação racial, as evidência na sociedade e nos indicadores sociais, ao expor a desigualdade racial através da posição social e econômica que se encontram negros e negras, fica nítida a omissão e descaso do governo em implementar políticas públicas que sejam capazes de promover dignamente a equidade racial.
E é neste momento que surge o defendido e aplaudido engodo de que existe democracia racial no Brasil, amplamente apreciado por governantes, e diferentes seguimentos da sociedade. Os próprios dados estatísticos mostram que isto trata-se de um mito criado, para deslegitimar o preconceito e discriminação racial impregnada na política do embranquecimento, entendido como um projeto nacional implementado por meio da miscigenação seletiva e políticas de povoamento e imigração no Brasil.
Nesta data não deve-se pensar nos mecanismos e nas conquistas pela eliminação da discriminação racial, mas também se faz um momento oportuno para atuar no enfrentamento do genocídio da população negra, seja este nos assassinatos em massa, que tem estado indiscutivelmente em evidência na Bahia, tanto quanto no intelectual e cultural. 

TEATRO GUARÁ. DOIS SHOWS IMPERDÍVEIS



Essa pequena, de Chico Buarque



Essa Pequena

Chico Buarque

Meu tempo é curto, o tempo dela sobra
Meu cabelo é cinza, o dela é cor de abóbora
Temo que não dure muito a nossa novela, mas
Eu sou tão feliz com ela

Meu dia voa e ela não acorda
Vou até a esquina, ela quer ir para a Flórida
Acho que nem sei direito o que é que ela fala, mas
Não canso de contemplá-la

Feito avarento, conto os meus minutos
Cada segundo que se esvai
Cuidando dela, que anda noutro mundo
Ela que esbanja suas horas ao vento, ai

Às vezes ela pinta a boca e sai
Fique à vontade, eu digo, take your time
Sinto que ainda vou penar com essa pequena, mas
O blues já valeu a pena


Um tempo sem nome
Rosiska Darcy de Oliveira, O Globo, 21/01/12

Com seu cabelo cinza, rugas novas e os mesmos olhos verdes, cantando madrigais para a moça do cabelo cor de abóbora, Chico Buarque de Holanda vai bater de frente com as patrulhas do senso comum. Elas torcem o nariz para mais essa audácia do trovador. O casal cinza e cor de abóbora segue seu caminho e tomara que ele continue cantando “eu sou tão feliz com ela” sem encontrar resposta ao “que será que dá dentro da gente que não devia”.

Afinal, é o olhar estrangeiro que nos faz estrangeiros a nós mesmos e cria os interditos que balizam o que supostamente é ou deixa de ser adequado a uma faixa etária. O olhar alheio é mais cruel que a decadência das formas. É ele que mina a autoimagem, que nos constitui como velhos, desconhece e, de certa forma, proíbe a verdade de um corpo sujeito à impiedade dos anos sem que envelheça o alumbramento diante da vida .

Proust, que de gente entendia como ninguém, descreve o envelhecer como o mais abstrato dos sentimentos humanos. O príncipe Fabrizio Salinas, o Leopardo criado por Tommasi di Lampedusa, não ouvia o barulho dos grãos de areia que escorrem na ampulheta. Não fora o entorno e seus espelhos, netos que nascem, amigos que morrem, não fosse o tempo “um senhor tão bonito quanto a cara do meu filho“, segundo Caetano, quem, por si mesmo, se perceberia envelhecer? Morreríamos nos acreditando jovens como sempre fomos.

A vida sobrepõe uma série de experiências que não se anulam, ao contrário, se mesclam e compõem uma identidade. O idoso não anula dentro de si a criança e o adolescente, todos reais e atuais, fantasmas saudosos de um corpo que os acolhia, hoje inquilinos de uma pele em que não se reconhecem. E, se é verdade que o envelhecer é um fato e uma foto, é também verdade que quem não se reconhece na foto, se reconhece na memória e no frescor das emoções que persistem. É assim que, vulcânica, a adolescência pode brotar em um homem ou uma mulher de meia-idade, fazendo projetos que mal cabem em uma vida inteira.

Essa doce liberdade de se reinventar a cada dia poderia prescindir do esforço patético de camuflar com cirurgias e botoxes — obras na casa demolida — a inexorável escultura do tempo. O medo pânico de envelhecer, que fez da cirurgia estética um próspero campo da medicina e de uma vendedora de cosméticos a mulher mais rica do mundo, se explica justamente pela depreciação cultural e social que o avançar na idade provoca.

Ninguém quer parecer idoso, já que ser idoso está associado a uma sequência de perdas que começam com a da beleza e a da saúde. Verdadeira até então, essa depreciação vai sendo desmentida por uma saudável evolução das mentalidades: a velhice não é mais o que era antes. Nem é mais quando era antes. Os dois ritos de passagem que a anunciavam, o fim do trabalho e da libido, estão, ambos, perdendo autoridade. Quem se aposenta continua a viver em um mundo irreconhecível que propõe novos interesses e atividades. A curiosidade se aguça na medida em que se é desafiado por bem mais que o tradicional choque de gerações com seus conflitos e desentendimentos. Uma verdadeira mudança de era nos leva de roldão, oferecendo-nos ao mesmo tempo o privilégio e o susto de dela participar.

A libido, seja por uma maior liberalização dos costumes, seja por progressos da medicina, reclama seus direitos na terceira idade com uma naturalidade que em outros tempos já foi chamada de despudor. Esmaece a fronteira entre as fases da vida. É o conceito de velhice que envelhece. Envelhecer como sinônimo de decadência deixou de ser uma profecia que se autorrealiza. Sem, no entanto, impedir a lucidez sobre o desfecho.

”Meu tempo é curto e o tempo dela sobra”, lamenta-se o trovador, que não ignora a traição que nosso corpo nos reserva. Nosso melhor amigo, que conhecemos melhor que nossa própria alma, companheiro dos maiores prazeres, um dia nos trairá, adverte o imperador Adriano em suas memórias escritas por Marguerite Yourcenar.

Todos os corpos são traidores. Essa traição, incontornável, que não é segredo para ninguém, não justifica transformar nossos dias em sala de espera, espectadores conformados e passivos da degradação das células e dos projetos de futuro, aguardando o dia da traição.Chico, à beira dos setenta anos, criando com brilho, ora literatura , ora música, cantando um novo amor, é a quintessência desse fenômeno, um tempo da vida que não se parece em nada com o que um dia se chamou de velhice. Esse tempo ainda não encontrou seu nome. Por enquanto podemos chamá-lo apenas de vida.

terça-feira, 20 de março de 2012

Parada Poética - Dia Mundial da Poesia


Cerca de 50 artistas de Brasília celebrarão na Praça do Índio o Dia Mundial da Poesia com muito Samba, Poesia, Intevenção Urbana, Cinema, Grafite, comidinhas, troca de livros.


No dia vinte e quatro de março, cerca de cinquenta artistas de diferentes cidades do Distrito Federal se revezarão no palco da Parada Poética para festejar o Dia Mundial da Poesia, celebrado mundialmente no dia vinte e um desse mês. O caminhão-teatro, gentilmente cedido pelo Teatro Mapati, será o palco do evento no qual músicos, poetas, cineastas e artistas multimídia convidarão as pessoas a dar uma parada para apreciar poesia e pensar sobre sua importância em nosso cotidiano – principalmente nas relações sociais.



A Parada Poética, inicialmente, seria somente uma intervenção urbana na qual uma parada de seria transformada em um livro a céu aberto, sendo envelopada com páginas do livro Sarau Sanitário, da poeta e idealizadora do Parada Poética, Marina Mara. Porém, a adesão dos artistas foi tamanha que não teve como não fazer um evento do tamanho desse amor pela cidade. Nascia ali a Parada Poética, uma ação conjunta feita de amor e arte.



A intervenção na parada de ônibus visa promover a inclusão sociopoética dos usuários de transporte público. Essa intervenção, além de “embonitar” a cidade, também coloca em pauta a ocupação dos espaços públicos da cidade para fins artísticos, um pedido dos brasilienses que vem sendo pleiteado desde a época da Ditadura Militar, pelos artivistas do saudoso Concerto Cabeças. O evento será registrado por quatro pessoas com diferentes olhares para a realização de um documentário e uma exposição de fotos, além de ser transmitido ao vivo via Web TV.



A Parada contará com estrutura gourmet – idealizada pelo Balaio Café – que oferecerá ao público comidinhas e bebidas a preços e formatos poéticos. Até o coreto da Praça do Índio ganhará cara nova. Ele será grafitado por artistas locais durante a tarde e à noite se transformará no CineGrafite – um cinema para exibição de filmes brasilienses em parceria com o Coletivo Palavra. Outro diferencial da festa será a troca literária. Para participar, é só levar um livro legal e ir trocando até encontrar o seu novo amigo de ler e de levar pra casa. Cada um pode trocar quantas vezes quiser e aproveitar a ocasião para falar sobre o livro, trocar uma ideia, conhecer gente.



A Parada Poética é uma declaração de amor à cidade e a escolha da Praça do Índio se deve à necessidade de plantar poesia naquele local – que foi palco de tanta tristeza há exatos quinze anos. “Eu gostaria que as pessoas passassem pela Praça do Índio, que é tão linda, com um sentimento mais leve, como é alma de índio. O que se passou ali na Praça serviu para enfatizar o quanto as pessoas precisam de Poesia em suas vidas – ela lapida o espírito”, diz Marina Mara. A Parada está sendo realizada graças à adesão da classe artística local – que não cobrou cachê – e ao total apoio operacional da Administração de Brasília.


SERVIÇO
Onde é a Parada? Praça do Índio – 703/ 704 – W3 Sul
Quando? 24 de março de 2012
Que horas? 14h às 23h
Quanto custa? Um sorriso
Conselho? Leve um livro legal para ser trocado por outro livro legal

Apoio
Administração Regional de Brasília
Teatro Mapati
Balaio Café
Artistas de Brasília

HORÁRIO TIPO ARTISTA
14h CineGrafite no Coreto Coletivo Palavra
William Alves
Adirley Queirós
Joana Limongi
14h Roda de Capoeira
14h Olhares audiovisuais André Lavenère
Janaína André
Andréa dos Santos
14h Embonitamento da parada de ônibus (Intervenção Urbana)
Benetti Mendes
Beth Jardim
Clarice Gonçalves
Edith Domingues
Lígia Rachid
Marina Mara
Sabrina Moura
16h Palhaço Luciano Astiko (Payassu)
16h20 Poesia Fernando Freire
Bar do Escritor
Maíra Oliveira
Dina Brandão
16h40
Samba e Choro
Andréa dos Santos
Dudu Sete Cordas
George Lacerda
Márcio Marinho

17h10
Poesia
Pipocando Poesia
Beth Jardim
Alen Guimarães
Poeme-se

17h30
Som autoral
Lucas Soledade

17h50
Som autoral
Leandro Morais e banda
Cris Floresta
Fernando Rodrigues
Marcelo Lima
Thiago Cunha

18h20
Poesia
Lidiane Leão
Marcelo Caetano
Radicais Livres S.A

18h50
Brasilidades
Adriano Sargaço
Lieber Rodrigues
Maísa Arantes
Renato Matos
Vavá Afiouni

19h10
Poesia
Adeilton Lima
Carla Andrade
Isis Albuquerque

19h30
Faces da Gaita
Engels Espíritos

19h50
Diga How – Hip Hop
Magú
TG
Bruno Leite

20h30
Som autoral
Tiago Gasta

20h50
Música Regional
Andréa dos Santos
Bruno Yákalos
Gabriel Lourenço

21h10
Poesia
Cristiane Sobral
Jorge Amâncio
Marcos Freitas

21h30
Samba, Choro e Bossa
Fina Estampa

Idealização
Marina Mara
Poeta e Produtora Cultural Independente
Acesse: www.marinamara.com.br

BRASIL PARTY NIGHT IN BERLIN - MIT LIVE MUSIK



Am Sonntag den 25.03.2012

Erleben sie feurige Rhythmen, atemberaubende Samba Black Beats, Forró, Samba Axé und Pagode, Tanz Animation und Live Musik.

LIVE MUSIK: AJADOU
ist die Synthese der Namen der beiden Musiker Abrao und Jabuti, gleichzeitig auch die Synthese der Vielfalt der brasilianischen Musik.

Jabuti und Abrao bieten uns mit ihrer feinfühligen musikalischen Gelassenheit den Einblick in die akustische Welt Brasiliens. Beim Hören der Musik von Ajaduo begibt man sich auf eine Reise durch die Geschichte und Moderne. Beide Musiker verstehen es durch Eigenkompositionen ihr Leben, in der europäischen Großstadt Berlin, mit ihren eigenen Wurzeln in Einklang zu bringen.

Dj. & TÄNZER: AILTON SILVA
spielt nur die aktuelle brasilianische Musik,von Samba, Forró, Funk, Samba-Axé, bis zu Baile Funk. Es wird nur das beste aus der brasilianischen Musikszene präsentiert!

KUNST, KULTUR ARTDANCE:
Befindet sich im beliebten Reuter-Kiez in Nord Neukölln.
Hobrechtstraße 65, 12047 Berlin
U7 und U8-Bahn- HERMANNPLATZ.
Bus Linie: M 29, M 41,171, 194, 344

AJA ENTERTAINMENT
Gilberto M. Fonteles (Künstler Name: Jabuti)
kontakt@jabutiband.de
www.ajamusic.de

Sarau das Águas



Dia 23 de março
das 18hs as 21hs
Escola da Natureza
Parque da Cidade Portão 5
Comemorar o Dia Internacional da Água e
Reinaugurar a Casa da Água
da Escola da Natureza
(Sexta feira)

Programação:
Grupo musical Mambembrincantes
Fernando Corbal (violão)
Ciranda das águas com Yara Magalhães
Esperançosa
Caldos e quitutes à venda

site: www.escoladanatureza.com.br
e-mail: escoladanatureza@gmail.com

segunda-feira, 19 de março de 2012

Um AxéLuz a Bia Reis


É com enorme tristeza que informo o falecimento da jornalista e pessoa muito querida, Bia Reis. Acabo de saber da notícia pelo meu querido amigo e parceiro (e amigo da Bia), Túlio Borges. Bia morreu, em Salvador, onde estava internada, há uns dez dias, vítima de uma infecção causada por uma bactéria superagressiva e que, até onde eu sei, não foi identificada. O seu corpo será velado, no Campo da Esperança – Capela 1, amanhã (20.03.12), das 9 às 12 horas.

Criadora e apresentadora dos programa "Memória Musical", de grande audiência, que ia ao ar, aos sábados, às 11 horas, com repetição, aos domingos, Bia era uma versão tão pura e tão verdadeira da cena musical brasiliense, que a cena foi alterada e expandida por ela.

Bia era uma profissional de competência e intuição raras. E mais: era dedicada, estudiosa. Sabia, amiúde, tudo o que estava acontecendo na música, em Brasília, mas tinha antenas muito dirigidas para os contextos musicais brasileiro e mundial. Eu tive o prazer de ter sido entrevistado por ela. À música brasiliense, ela dedicou um outro programa, denominado “Projeto Brasília”.

Ela deixa um vazio enorme entre todos nós. Mas a exigência e responsabilidade com que fazia os seus programas e o trato humanizado e respeitoso que conferia aos artistas cobram daqueles que fazem rádio igual responsabilidade, no sentido de buscarem, sempre, o melhor. E dão a nós, compositores e músicos, em geral, a certeza de que música boa tem público e merece, sim, espaço nos meios de comunicação.
Abraços fraternos do Aloísio Brandão,
Compositor e jornalista. 



Bia era amante da poesia tendo entrevistado e divulgado vários poetas de Brasília, tive esta  honra. Bia deixa uma lacuna nas artes, uma história na rádio brasileira. 
Um AxéLuz 
Jorge Amancio
Poeta e professor

114 anos de Cruz e Souza


João da Cruz e Sousa nasceu em Desterro, atual Florianópolis. Filho de escravos alforriados pelo Marechal Guilherme Xavier de Sousa, seria acolhido pelo Marechal e sua esposa como o filho que não tinham. Foi educado na melhor escola secundária da região, mas com a morte dos protetores foi obrigado a largar os estudos e trabalhar.
Sofre uma série de perseguições raciais, culminando com a proibição de assumir o cargo de promotor público em Laguna, por ser negro. Em 1890 vai para o Rio de Janeiro, onde entra em contato com a poesia simbolista francesa e seus admiradores cariocas. Colabora em alguns jornais e, mesmo já bastante conhecido após a publicação de Missal e Broquéis (1893), só consegue arrumar um emprego miserável na Estrada de Ferro Central.
Casa-se com Gavita, também negra, com quem tem quatro filhos, dois dos quais vêm a falecer. Sua mulher enlouquece e passa vários períodos em hospitais psiquiátricos. O poeta contrai tuberculose e vai para a cidade mineira de Sítio se tratar. Morre aos 36 anos de idade, vítima da tuberculose, da pobreza e, principalmente, do racismo e da incompreensão.

ENCARNAÇÃO

 Carnais, sejam carnais tantos desejos,
carnais, sejam carnais tantos anseios,
palpitações e frêmitos e enleios,
das harpas da emoção tantos arpejos...

Sonhos, que vão, por trêmulos adejos,
à noite, ao luar, intumescer os seios
láteos, de finos e azulados veios
de virgindade, de pudor, de pejos...

Sejam carnais todos os sonhos brumos
de estranhos, vagos, estrelados rumos
onde as Visões do amor dormem geladas...

Sonhos, palpitações, desejos e ânsias
formem, com claridades e fragrâncias,
a encarnação das lívidas Amadas!

II Sarau do Anand Rao Jorge Amancio declama poemas de sua autoria

sexta-feira, 16 de março de 2012

Zé Geraldo na Quinta Cultural no dia 29 deste mês

Atividades homenageiam Augusto Boal e Teatro do Oprimido



Dramaturgo completaria 81 anos nesta sexta-feira (16)
15/03/2012
Da redação

Diversas atividades celebrarão, a partir desta sexta-feira (16), o Dia Mundial do Teatro do Oprimido. A escolha da data é uma homenagem ao criador do Teatro do Oprimido, o carioca Augusto Boal, que completaria 81 anos em 2012.

Nascido em 16 de março de 1931, o diretor de teatro, dramaturgo e ensaísta dedicou a vida e obra em favor das lutas sociais. Baseadas em uma estética preocupada com as questões políticas e sociais, as técnicas e práticas do dramaturgo foram difundidas em todo o mundo.

No Centro de Teatro do Oprimido (CTO), as atividades iniciam às 19h, com a apresentação de pouporrit musical do espetáculo Coisas do Gênero, com elenco do CTO. A exibição do documentário "Augusto Boal e o Teatro do Oprimido", do cineasta Zelito Viana, mostrará a trajetória de vida e obra do dramaturgo. O Centro do Teatro do Oprimido fica na Avenida Mem de Sá, 31, no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro.

A programação também contará com a apresentação de performance internacional com elenco da Guatemala, Argentina, Bolívia, Chile, Uruguai, Peru, França, Alemanha, Espanha, Itália e Brasil, e com o lançamento do livro "A Estética de Boal – Odisséia pelos Sentidos", de Flávio Sanctum.

Já no dia 17, haverá apresentação do Grupo de Teatro do Oprimido do Complexo da Maré – GTO Maré, às 15h no Museu da Maré. O grupo formado por adolescentes criou a peça "Quem pode leva", que levanta a discussão sobre o preconceito que os jovens sofrem por morarem na favela. O Museu da Maré está localizado na Avenida Guilherme Maxwell, 26, em frente ao PSF – Programa de Saúde da Família – Augusto Boal, uma homenagem da Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro.

Ainda nesta sexta-feira (16), será lançado o Projeto Centro Interuniversitário de Memória e Documentação (CIM), locado na Universidade Federal do Rio de Janeiro. A proposta, financiada pelo Ministério da Educação, é criar um espaço para a divulgação de acervos artísticos e científicos que potencialize ações e políticas de preservação do patrimônio material e imaterial brasileiro.

A data de lançamento foi escolhida em homenagem a Boal, já que a restauração e divulgação de seu acervo são projetos-piloto do CIM, em parceria com a Faculdade de Letras (FL), a Casa da Ciência, a Reitoria da UFRJ e o Instituto Augusto Boal.

De 16 a 23 de março serão realizados diversos eventos para resgatar a trajetória do artista, falecido em 2009. No último dia, será concedido a ele o título de doutor honoris causa (post mortem) pela Faculdade de Educação (FE) da UFRJ.



Leia também:
Entrevista: No palco, soluções para a vida real

http://www.brasildefato.com.br/node/1010

quinta-feira, 15 de março de 2012

Brasília busca título de "capital da literatura" com 1ª Bienal do livro

Mariana Moreira
Publicação: 15/03/2012 11:26 Atualização: 15/03/2012 12:29

A cidade do rock quer agregar a seu histórico mais um título: o de capital brasileira dos livros e da literatura nacional. O desejo, expresso pelo governador Agnelo Queiroz ainda durante sua campanha em prol da eleição, ganhou força em sua gestão e dá os primeiros passos. Os secretários de Cultura, Hamilton Pereira, e de Educação, Denilson Costa, lançaram ontem a 1ª Bienal Brasil do livro e da leitura, que será realizada de 14 a 23 de abril, em um pavilhão de 15 mil metros quadrados, montado na Esplanada dos Ministérios. “Demos o nome de Bienal Brasil e não Brasília, para tirar da província”, reforçou Hamilton Pereira.

A intenção é trazer autores importantes e diferentes, que ainda não sejam considerados famosos no mercado editorial do Brasil. O nigeriano Wole Soyinka, primeiro africano a ganhar o Nobel de Literatura, ganhou tradução especialmente para ser lançado durante a Bienal. O americano Daniel Polansky, da trilogia Cidade das sombras trará sua literatura policial ao país pela primeira vez. Richard Bourne fará o lançamento da biografia Lula do Brasil, e o argentino Mempo Giardinelli, a americana Alice Walker e o chileno Antonio Skármeta também estão entre os convidados estrangeiros. Entre os nomes nacionais, figuram Cristovão Tezza, Martha Medeiros, Marçal Aquino e Milton Hatoum, entre outros.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2012/03/15/interna_diversao_arte,293433/brasilia-busca-titulo-de-capital-da-literatura-com-1-bienal-do-livro.shtml

Memória Viva Ciclo de Cinema Argentino



A Secretaria de Estado da Cultura do Distrito Federal por meio do Museu Nacional do Conjunto Cultural da República e a Embaixada da República Argentina no Brasil convidam para a mostra cinematográfica

MEMÓRIA VIVA - CICLO DE CINEMA ARGENTINO
com a presença da Sra. Estela B. de Carlotto, presidente de Abuelas de Plaza de Mayo no dia 20

20 a 23 de março de 2012, 19h30
Auditórios 1 e 2, Museu Nacional
ENTRADA FRANCA

Terça-feira, 20
VERDADES VERDADERAS
(2011) dirigida por Nicolás Gil Lavedra, protagonizada por Susú Pecoraro, Alejandro Awada, Laura Novoa, Fernán Mirás, Inés Effron, Carlos Portaluppi e Rita Cortese, o filme mostra 40 anos da vida da presidenta da Organização Avós da Praça de Maio, contando aspectos íntimos, familiares e políticos.

Quarta-feira, 21
HUNDAN AL BELGRANO
é um documentário dirigido por Federico Urioste, que relata, baseado em entrevistas, cada um dos detalhes da Guerra das Malvinas, cenas dramáticas, mapas e outros elementos de origem histórica, sem deixar de lado os antecedentes históricos a partir do século XVIII que culminaram nesse confronto.

Quinta-feira, 22
ANDRÉS NO QUIERE DORMIR LA SIESTA
dirigida por Daniel Bustamante e estreada em 2010, conta a história de Andrés, um menino de 8 anos que, depois da morte de sua mãe em um acidente, deve ir viver na casa de sua avó Olga e de seu pai Raúl. No bairro onde mora funciona um centro clandestino de detenção. É um “segredo” conhecido por todos com o qual os moradores convivem. Um ano de mudanças e transformações. Um ano no qual Andrés e Olga descobriram o poder que têm um sobre o outro e suas conseqüências. Com Norma Aleandro.

Sexta-feira, 23
ILUMINADOS POR EL FUEGO
de Tristán Bauer (2005) Uma crônica descarnada e valente dos tempos da guerra das Malvinas, narrada através dos olhos de um soldado sobrevivente que se despede de um camarada de infortúnio.

quarta-feira, 14 de março de 2012

POEMAÇÃO AOS AMANTES DA POESIA / SOTAQUE




Temos recebidos inúmeros emails sobre a continuidade do Poemação, sarau realizado mensalmente na Biblioteca Nacional de Brasília.  Ficamos imensamente felizes com os emails recebidos e eternamente gratos pelo reconhecimento de um trabalho feito para a poesia, para os poetas, para o público.                                                                     Tentamos conversar com a gestora da biblioteca, o que só foi possível indiretamente por telefone, fomos informados que toda programação da biblioteca estava suspensa e que futuramente seria enviado o procedimento para utilizar o auditório da Bnb.                                                                                             

Por enquanto aguardamos.
Esperamos retomar o POEMAÇÃO em breve.




Dia da Poesia




Dia 14 de março, aniversário de nascimento do nosso grande poeta baiano Castro Alves e em homenagem a ele é comemorado o “Dia Nacional da poesia" e dia 21 festejamos o “Dia Mundial da Poesia”.
Nestas datas comemoramos a poesia em todos os níveis. Aquela que sai da pena dos grandes ou desconhecidos, reflete a beleza do mar, o canto dos pássaros, os espaços luminosos ou a escuridão lírica, onde os namorados fazem suas juras de amor, nas noites enluaradas em que se canta a paixão e até nos momentos lúgubres em que a alma se obscurece e subjetivamente pede socorro e anseia por ternura.
O dia da Poesia retrata a criatura, com sensações, sorrisos, meiguice, o olhar em contemplação ou o sentimento abstratamente real de quem ama. Por isso é uma data especial, em que não há exclusividade nem influência do sucesso ou fama, mas que penetra na alma universal do mais desconhecido ser humano.
Nele a natureza transcende qualquer idéia descritiva para se alojar na beleza, encantamento, fascínio que domina o universo, em suas potencialidades intrínsecas, no infinito de suas revelações e não se refere à criatura somente, mas ao planeta no sentido mais abrangente.
O dia da poesia se manifesta na criança que nasce sofrendo o oxigênio que o inunda, na simplicidade de alguém emanando eflúvios de bondade espontânea, nas crianças à procura do alimento, nos pais chorando a tristeza de não poderem resguardá-lo, na simplicidade dos gestos, ternura dos olhares, reflexos do sol aquecendo o dia ainda frio, na solicitude dos que estendem a mão universalmente e no beijo, máxima expressão de afeto e de carinho.
Nele a bondade é seu maior atributo, generosidade que chega de mansinho sem que faça ruído, solidariedade que se manifesta no aconchego amigo, vaidade que é capaz de apartar seus próprios interesses e olvidar a presença do ego exigente para se doar em transe na presença do ser humano mais próximo.
A esperança se faz realidade, o dia explode em claridade ofuscante, o horizonte chamuscado de cores e projetados pela sombra amarelada espera passos cada vez mais céleres na busca dos sonhos ali abrigados e a estrada amacia os pés que a percorrem, saltitantes e ansiosos.
O dia da Poesia é único e encontra os liames da razão que ordena o minuto de paz, contorna a realidade e absorve o lirismo para que seja divulgado em letras de harmonia a todos que desejam dele se aproximar.
Nele a terra gira impondo química e sentimento enquanto o poeta compõe o que a inspiração sugere radiante em cada momento de suspense ou nos instantes que não se repetirão com a mesma força e realidade. Nele a poesia lidera onipotente e somos instrumentos, expectadores apreciando a força do mundo que naquele momento só poesia infunde.
O dia da Poesia é á conscientização da formosura, vida e alegria, das flores multicores e dos movimentos inconscientes da natureza, dos embalos inesperados, do amor surgindo, da amizade reiterando e das sensações que transmitem a sua origem.

Mas verdadeiramente não há dia específico para a poesia, porque ela existe independente de tempo e hora ou data, constantemente em todas as situações. Dias de poesia são consecutivos, plenos, absorventes e inspiram ao poeta a hora certa de transmiti-los.
Na verdade todos os dias nos levam à poesia de uma maneira ou de outra, por intermédio da natureza, do amor, da generosidade ou do carinho, do olhar de uma criança, do perdão, da compreensão, da saudade e da união de todos os seres humanos.

Vânia Moreira Diniz
12-03-2012

terça-feira, 13 de março de 2012

O MASSAPÊ VIVO EM CARACAS


    O poema sinfônico O Massapê Vivo, de Jorge Antunes, será novamente apresentado em concerto em Caracas, Venezuela. O regente será o filho do compositor, Maestro Jorge Lisbôa Antunes. O maestro Lisbôa Antunes, que recentemente venceu o Concurso Jovens Regentes da OSPA (Orquestra Sinfônica de Porto Alegre), estará à frente da Orquestra Filarmônica Nacional da Venezuela, no próximo dia 18 de março, às 11h00. O concerto, que terá entrada franca, será na Sala José Felix Ribas do Teatro Teresa Carreño. O espetáculo se insere nos tradicionais Concertos para a Juventude, realizados todos os domingos pela manhã.
    No programa estará incluída obra de outro brasileiro: Francisco Mignone. O concerto para clarinete e orquestra de Mignone terá como solista a venezuelana Amanda Müller.
    Eis o programa:
    Jorge Antunes- O Massapê Vivo
    Evencio Castellanos - El Rio de las Siete Estrellas
    Francisco Mignone - Concerto para Clarinete e Orquestra
    Edward Elgar - Variações Enigma

    A obra O MASSAPÊ VIVO é um poema sinfônico que Antunes compôs por encomenda da Funarte, com o prêmio Estímulo à Criação. A obra, que foi estreada no Rio de Janeiro em 2009, reapresentada em Caracas em 2010 e em Brasília em 2011, é uma homenagem ao centenário de Mestre Vitalino. O concerto do próximo dia 18, sob a regência do maestro Jorge Lisbôa Antunes, será assistido por um tradicional público jovem, mas também por alguns dos mais importantes maestros venezuelanos e professores da Universidade Simón Bolivar, porque se constituirá como Concerto de Conclusão do Mestrado em Regência do jovem maestro brasiliense.
    No final de março o maestro Lisbôa Antunes estará de volta a Brasília, para reger uma longa série de concertos da Orquestra Ars Hodierna.
 
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