quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
EM PEDRAS MENOS DURAS
dançarei contigo a dança louca das estrelas do céu
tocarei os atabaques - lua quase cheia - nas rodas de capoeira
rente ao chão - jogo de dentro - não me esquivarei de teu olhar
dançarei contigo a dança louca das estrelas do céu
nos toques de iúna do berimbau darei um chute na lua
e cairei de pé - junto a ti - em pedras menos duras
marcos freitas
In: Urdidura de Sonhos e Assombros (2010).
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Festival Brasileiro de Teatro de Terreiro
Dos dias 13 a 18 de dezembro o teatro popular invade a sala Plínio
Marcos da Funarte. Idealizado pelo ponto de cultura Seu Estrelo e o Fuá do
Terreiro, a primeira edição do Festival Brasileiro de Teatro de Terreiro
reunirá dança, teatro, brincantes, além de rodas de conversa que discutirão a
atuação do ator brincante no cenário contemporâneo do teatro brasileiro. O
total de sete espetáculos fazem parte da programação, entre eles Antonio
Nóbrega, Pedro Salustiano, Cia. Mundo Rodá de Teatro Físico e Dança, Cavalo
Marinho Boi Pintado, Mestre Zé Divina e dos grupos convidados reconhecidos
nacional e internacionalmente Grupo Galpão e Lume.
“Mostrar esse recorte da arte que trata dos terreiros, que é um
patrimônio imaterial é algo providencial. Temos de fazer com que o Brasil
conheça o Brasil e suas nuances, essas manifestações de terreiro tem forte
atuação cultural pela arte que produz”, afirma a Coordenadora de Difusão
Cultural da Funarte Brasília, Débora Aquino. A coordenadora explica que o
Festival faz parte do edital de Ocupação das salas Plínio Marcos e Cássia Eller
da Funarte. “A pontuação e aprovação dos projetos foi de acordo com a
diversidade que as apresentações traziam. Tivemos, neste ano, eventos voltados para
o publico infantil, dança, e agora fecharemos 2011 com o Festival que trás essa
pluralidade da cultura popular”.
Com apresentações, enredos, técnicas, ritmos e mitos que relatam
historias do cotidiano brasileiro, o teatro popular tem uma identidade própria
que foge aos padrões do formato tradicional do teatro europeu, como explica o
Coordenado do grupo Seu Estrelo e o Fuá de Terreiro, Tico Magalhães. “Essa
tradição é completamente brasileira, é como Mestre Salustiano definia a
brincadeira do Cavalo Marinho, uma tradição feita nos quintais dos mestres de
cultura do Brasil, que com criatividade, ensinam e mantêm viva a nossa
cultura”, explica.
Do terreiro aos palcos
O grupo Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro nasceu há oito anos em
Brasília, e tem como objetivo levar ao público elementos da cidade que tomaram
forma com O Mito do Calango Voador. Escrito por Magalhães, a narrativa aborda
temas como a constrição da capital e é continuamente adaptada de acordo com os
novos acontecimentos da cidade. “Eu vim de Recife, quando cheguei aqui fiquei
espantado em ver como a cidade é diferente. Percebi a necessidade de uma
história que acontecesse aqui, para falar de Brasília e das coisas que
acontecem aqui, explicamos muita coisa desse mundo no mito”, conta.
As apresentações de Seu Estrelo sempre foram realizadas nas ruas de
Brasília e outras cidades brasileiras durante viagens, ou na sede do grupo
localizada na capital. O Festival abre uma nova etapa na historia do ponto de
cultura, sendo a primeira vez em que este sobe aos palcos.”Dá um frio na
barriga, o teatro exige uma concentração enorme, é silencioso”, comenta
Magalhães.
A diretora do Instituto de Artes da Universidade de Brasília (UnB),
Izabela Brochado explica que a interação com o público é o principal fator que
diferencia a experiência do teatro de terreiro nos palcos. “No terreiro, há uma
interação horizontal com o público, a brincadeira é coletiva. No teatro é
diferente, a experiência de interação é mais mental do que física, o publico
observa os artistas que estão ali para mostrar suas habilidades. Acho que as
duas formas são válidas”, explica.
A tradição contemporânea
Representada por manifestações como a dança, lendas, mitos, festas,
música e ritmos, a tradição da cultura popular é transmitida e difundida
geração após geração na historia do Brasil. Para discutir as formas de
adaptação e relação dessa cultura com a contemporaneidade, o festival propõe um
debate que contará com a presença de estudiosos, grupos e mestres da cultura
brasileira.
“Nossa expectativa é fazer uma troca de experiências, mostrar o que o
teatro popular pode oferecer e mostrar que a tradição, ao contrario do que
muitas pessoas pensam, não é algo que carrega o peso do passado, pois ela só é
tradição porque esta ligada ao presente, a tradição é a base do presente”,
acrescenta Magalhães.
Festival Brasileiro de Teatro de Terreiro
Data: De 13 a 18 de dezembro
Local: Eixo Monumental Setor de Divulgação Cultural – lote 2 – Funarte
Brasília
Entrada franca
Programação:
Espetáculos na sala Plínio Marcos
TERÇA-FEIRA, 13/12
21h Teatro Galpão (MG) – Tio Vânia
QUARTA-FEIRA, 14/12
21h Antônio Nóbrega (PE) – Mátria
QUINTA-FEIRA, 15/12
21h Mundu Rodá (SP) – Donzela Guerreira
SEXTA-FEIRA, 16/12
20h Pedro Salustiano – Samba no Canavial
21h Cavalo Marinho Boi Pintado
SÁBADO, 17/12
20h Mamulengo Zé Divina
21h Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro
DOMINGO, 18/12
20h Lume (SP) – Café com Queijo
Oito autores lançam livros na primeira edição do Sarau Chatô nesta quarta
Além de advogado, escritor, político e mentor do maior império de
comunicação que o país já teve, o jornalista Assis Chateaubriand manteve uma
profunda ligação com a arte. “Ele era um homem de cultura. Um exemplo disso é a
criação do Museu de Arte de São Paulo, o Masp, hoje um dos grandes museus do
mundo”, afirma Márcio Cotrim, escritor e diretor da Fundação Assis
Chateaubriand. Para manter vivo o pendor artístico desse visionário, a fundação
organizou 12 saraus mensais, promovendo a literatura, a pintura, a música e o
cinema feitos por (e sobre) artistas de Brasília.
“Esta edição dará ênfase à produção literária”, avisa Cotrim, que
escalou um time de autores da cidade para uma roda de autógrafos e um
bate-papo. Ele mesmo lançará seu novo livro, O pulo do gato 4 (Geração
Editorial), sobre a origem das palavras e expressões idiomáticas. Roldão Simas
Filho, por sua vez, falará de seu Dicionário lá e cá, com o significado de 5.800
verbetes aqui e em Portugal, e Dad Squarisi autografará o Manual de redação e
estilo para mídias convergentes (leia texto abaixo).
Cotrim lança O pulo do gato 4, sobre a origem das palavras
A Paraíba será a primeira unidade da Federação a ganhar o tributo por
ser terra de um filho ilustre: Chatô nasceu em Umbuzeiro, no semiárido
brasileiro. Para acompanhar as cervejas tchecas, a chef Rose Borella, da
butique de carnes Ready Beef, servirá petiscos típicos da culinária local, à
base de queijo coalho, tapiocas e rapaduras, por exemplo. Especialista em
heráldica (estudo de brasões e escudos) falará sobre a origem da bandeira do
estado, que ostenta a palavra Nego. Dançarinos de forró também farão
demonstração de alguns passos. E repentistas da Casa do Cantador — Valdenor, Zé
do Cerrado e Chico de Assis — mostrarão seus improvisos à plateia.
Números musicais, aliás, pontuarão as diversas participações. O coral
de 40 vozes, mantido pela fundação, apresentará músicas natalinas. E a noite
prosseguirá com Reco do Bandolim, presidente do Clube do Choro de Brasília, e
alguns músicos da instituição. O encerramento ficará por conta de Raimundo
Moura, um dos mais conhecidos seresteiros da cidade.
Enfim, escritora
A atriz Maria Paula fará o lançamento de seu primeiro livro, Liberdade
crônica, reunião de textos publicados em sua coluna semanal no Correio
Braziliense. “Sempre guardei essa vontade de ser escritora dentro de mim. Era
até uma lenda familiar”, conta a ex-integrante da trupe Casseta & Planeta,
cujo talento com as palavras foi alvo de profecia. Durante a infância em
Uberaba, o médium Chico Xavier a viu e disse que ela seria famosa, dando muita
alegria ao Brasil. A mãe da atriz teve uma intuição: Maria Paula seria
escritora. Com a agenda de gravações sempre cheia, ela adiou o projeto por
muito tempo. Além dos cadernos que preenchia com poemas e contos, aceitou o desafio
de escrever a coluna para o jornal. Até que o humorístico saiu do ar, depois de
17 anos. “Senti que era a minha deixa. Foi um ano de trabalho árduo”, relata.
Dividido em três eixos temáticos — atitude caráter, atitude afeto e mulher de
atitude —, o livro passeia por temas que vão desde as mudanças sociais
enfrentadas por mulheres até o consumo, passando por problemas de natureza
política, como a corrupção.
Novas histórias de JK
Diamantinense, vizinho de JK e aluno da mãe do ex-presidente, Affonso
Heliodoro nutriu amizade longa com o criador de Brasília. Essa cumplicidade
rendeu histórias que inspiram quase toda a obra literária de Heliodoro. A
novidade é JK: de Diamantina ao memorial, que repassa a vida de Juscelino do
nascimento à morte, avançando em alguns pontos obscuros. “Conto passagens do
golpe militar, acuso (o ex-presidente) Castello Branco de traição, revelo
coisas inéditas, que se passaram na minha presença”, afirma o autor.
O projeto inicial era produzir um volume didático, para reavivar nas
escolas a trajetória de JK, mas Heliodoro acredita que o livro tenha ficado
“pesado” para essa função. “Provocado, você começa a se lembrar, a escrever, e
se revolta de novo”, pondera. O livro sai do forno da editora diretamente para
o lançamento no sarau.
Inspiração no cerrado
Interatividade sempre foi o negócio do pintor pernambucano André
Cerino. No começo, ele filmava o processo de feitura de seus quadros e
compartilhava no YouTube e nas redes sociais. “Desde criança, tinha curiosidade
de saber como os artistas criam, sempre via a arte pronta. Nas galerias e nos
livros, a criação se apaga com o tempo, pertence exclusivamente ao artista.
Decidi compartilhar isso”, conta. Hoje, a ideia se refinou e ele faz
performances de pintura ao vivo, embalado por música (geralmente clássica), que
o inspira a orquestrar as cores na tela. Em vez de pincel, Cerino usa as pontas
dos dedos. Hoje, este autodidata das artes que vive em Brasília há 27 anos fará
uma de suas demonstrações no sarau. O tema será definido na hora, mas suas
inspirações vêm do cerrado. “Penso em pássaros, flores, no céu, na água, nas
queimadas, na preservação. Não sou ambientalista, apenas me preocupo com o meio
em que vivo. Vim para o cerrado e me encantei com a beleza das folhas, que
muita gente crê estarem mortas. Sempre vi vida nisso tudo.”
Eudoro Augusto lança hoje no Beirute o 3º volume da Trilogia do Sudoeste
Publicação: 14/12/2011 09:27 Atualização: 14/12/2011 10:35
Nahima Maciel
São instantâneos de realidade observada e como ela bate em mim. São poemas sobre o hoje, o amanhã, o claro e o escuro, onde as formas se revelam" Eudoro Augusto, poeta
Eudoro Augusto se sente incomodado quando fica muito tempo sem escrever. Isso aconteceu na década de 1990, mas desde que o século virou, ele tratou de não deixar mais a caneta descansar. Noite em claro, que o poeta lança hoje no Beirute, é o terceiro volume da Trilogia do Sudoeste, publicada durante a última década, e vem para fechar o circuito iniciado com Um estrago no paraíso (2008) e A natureza humana (2009).
Noite em claro é direto, simples e bastante irônico. Segundo Augusto, o livro não foge do caminho traçado pelos dois volumes anteriores. “A temática é a mesma, uma mistura de crônica e observação com poemas na terceira pessoa onde focalizo o outro, tem coisas muito íntimas ali”, avisa. O poeta encontra as crônicas no contato com as pessoas, com a rua e com o cotidiano. É um tripé fundamental na escrita de Augusto. “Vou ao Beirute três a quatro vezes por semana”, avisa o poeta. “É importante. Se você se isola você cria um ermitão, sem contato com o mundo.”
O filtro da poesia destrincha o comum e questiona o que já não se vê de tanto olhar. Observar também entra nessa conta. É o “segredo do cofre”, a “chave do mistério” descrita em Trilhas, uma espécie de “caminho para o nada” que acaba se revelando bem produtivo. Há também um pequeno fio da rebeldia que tanto marcou a poesia de Augusto nos anos 1970, quando via seus livros serem apropriadamente acomodados na prateleira da poesia marginal. Muita coisa mudou, mas nada foi rompido. “Tem a ver, sempre tem. Acho que tem uma corrente elétrica que liga desde o meu primeiro livro a Noite em claro. Os temas são sempre os mesmos: a vida, o cotidiano, o que pode transcender ou o que não pode transcender.”
Saiba mais...
Confira Poesias de Eudoro Augusto É um tipo de poesia, Augusto repara, que não é igual à média. “É diferente”, explica. “São instantâneos de realidade observada e como ela bate em mim. São poemas sobre o hoje, o amanhã, o claro e o escuro, onde as formas se revelam, e sobre como o ser humano se desvenda.” Noite em claro nasceu dentro de um apartamento no Sudoeste. Assim como o resto da trilogia, foi construído no bairro que Augusto adotou há 22 anos, por isso o pacote leva o nome do lugar, mas foi graças ao patrocínio do BB Seguros Auto, que o poeta conseguiu finalizar a série. Ironicamente, Augusto não dirige. Nunca quis aprender, não tem carro nem quer ter. O poeta marginal prefere mesmo andar a pé. Assim tem mais oportunidades de trombar com os versos colhidos no cotidiano.
Noite em claro De Eudoro Augusto. Edições do Sudoeste, 108 páginas. R$ 25.
Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2011/12/14/interna_diversao_arte,282763/eudoro-augusto-lanca-hoje-no-beirute-o-3-volume-da-trilogia-do-sudoeste.shtml
Confira Poesias de Eudoro Augusto
José Carlos Vieira
Publicação: 14/12/2011 00:01 Atualização:
Não precisa
Não precisa me acordar
Eu acordo sozinho.
Primeiro olho o mundo torto
depois me enrosco na manhã da manhã.
Vidrado
Se você vem pra me falar
de coisas como a vacina preventiva
ou o dever e a dívida
pode esquecer o severo discurso
minha querida
atenuar as sobrancelhas franzidas.
Sou vidrado na vida.
Natureza morta
A noite cai de mãos crispadas.
Chove muito
os cigarros acabaram
e o táxi não chega.
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2011/12/14/interna_diversao_arte,282737/confira-poesias-de-eudoro-augusto.shtml
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Poesía Solidaria del Mundo - Marcos Freitas
miércoles 7 de diciembre de 2011
5484.- MARCOS FREITAS
Marcos Freitas nació en Teresina, Piauí, Brasil en 1963. Ingeniero Civil. Profesor Universitario. Posgraduado en Medio Ambiente, Recursos Hídricos y Gestión Pública. Posee más de 100 publicaciones técnico-científicas en periódicos y anales de simposios nacionales e internacionales. Poeta. Cuentista. Letrista con innumerables colaboraciones musicales y más de 40 libros y capítulos de libros en 6 idiomas. Miembro de la ANE – Asociación Nacional de Escritores y de la UBE – Unión Brasileña de Escritores. Director del Sindicato de los Escritores del DF. Miembro de la ALT-DF y la ALB-DF. En el campo de la literatura, ha publicado los siguientes libros: A Vida Sente a Si Mesma (Ed. Ibiapina, Teresina, 2003); A Terceira Margem Sem Rio (Ed. Ibiapina, Teresina, 2004); Moro do Lado de Dentro (Ed. CBJE, Rios de Janeiro, 2006); Quase um Dia (Ed. CBJE, Rios de Janeiro, 2006); Na Curva de um Rio, Mungubas (Ed. CBJE, Rios de Janeiro, 2006); Raia-me Fundo o Sonho Tua Fala (Ed. CBJE, Rios de Janeiro, 2007); Marcos Freitas – Micro-Antologia (Ed. Thesaurus, Brasília, 2008); Staub und Schotter (Ed. CBJE, Rios de Janeiro, 2008); Urdidura de Sonhos e Assombros (Ed. CBJE, Rios de Janeiro, 2010) e Inquietudes de Horas e Flores (Ed. Livre Expressão, Rio de Janeiro, edição bilíngue: português-espanhol, 2011). En el área técnico-científica: Neurocomputação Aplicada (Ed. FUFPI, Teresina,1998); A Regulação dos Recursos Hídricos: estado e esfera pública na gestão de recursos hídricos – análise do modelo atual brasileiro, críticas e proposições (Ed. CBJE, Rio de Janeiro, 2009) y Que Venha a Seca: modelos para gestão de recursos hídricos em regiões semiáridas (Ed. CBJE, Rio de Janeiro, 2010). Contato: mfreitas_pi@yahoo.com.br
SUEÑOS SOMOS
unos dicen que los sueños deben ser vividos
otros que deben ser divididos
otro que los sueños, sueños son
¿y yo qué digo?
¿y yo qué sueño?
a veces el tiempo pasado
me es futuro
del presente o del pretérito
¿ya ni lo sé?
¿qué esperar de los sueños?
¿qué esperar de lo que somos?
son y sueño:
partituras atemporales.
(traducción Carlos Saiz Alvarez)
CUADRO
hoy sí
quiero describirte
en colores
embadurnarte con tintes
en lugar de los senos
trazos rápidos
en lugar de los brazos
formas curvas
en perspectiva
en lugar de las piernas gotas,
gotas y más gotas
desparramar suave en ondas
tu vientre en llamas
hoy sí
adoraría borrar
todo ese cuadro
con un chorro de tinta
(traducción Carlos Saiz Alvarez)
Veja mais poemas em:
http://fernando-sabido-sanchez.blogspot.com/search/label/BRASIL
http://poetassigloveintiuno.blogspot.com/
JORGE ANTUNES, UM COMPOSITOR SUBVERSIVO
Esse é o título do concerto que apresentará algumas das obras de Jorge Antunes que, em diferentes momentos de sua carreira, incomodaram os detentores do poder, transgrediram as normas vigentes e foram censuradas.
O concerto se realizará na sexta-feira, dia 16 de dezembro, às 20h00, na Sala Cássia Eller da Funarte de Brasília. Os ingressos custam R$ 10,00 e R$ 5,00.
Uma obra eletroacústica abrirá o concerto: Auto-retrato sobre paisaje porteño. Essa obra foi composta em Buenos Aires em 1969. Nela Antunes monta um retrato sonoro dele, sobre fundos musicais que reportam ao Brasil e à Argentina. Um jogo de vozes com a palavra "General" foi motivo para a censura da obra.
Cabra da Peste, composta em 1964, incomodou a ditadura militar. A letra da canção, também de autoria do compositor, foi considerada subversiva. A peça foi censurada.
Outra obra polêmica é Seis Missivas BB, de 1997. Durante vários anos Antunes apresentou projetos ao CCBB, pedindo apoio e patrocínio para suas óperas. Seguidas vezes recebeu recusas. No início de 1996 o CCBB encomendou obras novas de 34 compositores. A Jorge Antunes coube compor uma obra para canto e piano. Havia chegado a hora da vingança. Antunes juntou as cartas recebidas que negavam apoio a seus projetos, e as musicou. Foi censurado.
As outras obras do programa também criaram polêmica em suas estreias. O trio Três Impressões Cancioneirígenas, de 1976, ironiza o nefasto AI 5, em momento em que o ato de exceção dos militares ainda estava em vigor.
Na última obra do programa, Polimaxixenia Sideral, Antunes faz variações com um maxixe, ironizando o preconceito que a intelectualidade muitas vezes tem com relação ao saber popular.
O GEMUNB: Sidnei Maia, flauta; Leonardo Neiva, barítono; Marcus Lisbôa Antunes, violino; Félix Alonso, clarineta; Mariuga Lisbôa Antunes, piano; Guerra Vicente, violoncelo; Jorge Antunes, direção, sons eletrônicos e computador.
SERVIÇO:
Jorge Antunes, um compositor subversivo
uma retrospectiva de obras musicais polêmicas compostas entre 1964 e 2010 na série “Brasília minha música”
Sala Funarte Cássia Eller, Brasilia
16 de dezembro de 2011 - 20h00
Ingressos:R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).
Classificação indicativa: 14 anos
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Edição de fim de ano do Poemação homenageia o poeta José Santiago Naud
O Sarau Videoliteromusical acontece na noite desta sexta-feira, 9, no auditório da BNB
O poeta e ensaísta José Santiago Naud é o homenageado da edição de fim de ano do Sarau Videoliteromusical Poemação que acontece amanhã, sexta-feira, às 19h, no auditório da Biblioteca Nacional de Brasília. Os poetas Jorge Amâncio e Marcos Freitas coordenam o evento que contará com as presenças dos artistas Dina Brandão, Israel Ângelo Pereira, Donne Pitalurgh, Marco Polo Haickel, Jairo Mozart e Carlos Pial. O recital é gratuito e aberto ao público.
José Santiago Naud nasceu na cidade de Santiago, no Rio Grande do Sul. Formado em Letras Clássicas em Porto Alegre, foi diretor do Instituto do Livro, professor pioneiro do nível médio quando se inaugurou Brasília e fundador da Universidade de Brasília (UnB). Publicou 21 livros, dentre os quais: Noite Elementar (Porto Alegre, 1958); Hinos Cotidianos (Rio de Janeiro, 1960); A Geometria das Águas (Porto Alegre, 1963); Ofício Humano (Rio de Janeiro, 1966); Verbo Intranqüilo (Rio de Janeiro, 1967); Conhecimento a Oeste (Lisboa, 1974); Dos Nomes (Rosário, Sta. Fe, 1977); Noção do Dia (Brasília, 1977); Promontorio Milenario (Panamá, 1983); Pedra Azteca (México, 1985) e Vez de Eros (Brasília, 1987); As colunas do templo (Brasília, 1989), O olho reverso (1993), Memórias de signos (Porto Alegre, 1993), O avesso do espelho (1996), Antologia Pessoal (Brasília: Thesaurus, 2001) e 20 poemas escolhidos e um falso haikai (2005). Nesta sexta-feira, 9, Santiago Naud lança seu livro mais recente intitulado Fábrica de Ritos (Brasília: Thesaurus, 2011).
Após a homenagem, sobem ao palco da BNB a poeta e atriz Dina Brandão, autora de Do amor e seus descabelos - poesias massivas, ensaios e um plano de voo, o escritor e agente do programa Mala do Livro, Israel Ângelo Pereira, autor de Voo poético do condor e Donne Pitalurgh professor de artes cênicas, ator, diretor teatral, poeta declamador de Planaltina e autor de Colírios são delírios e A nau dos Insensatos.
Na mesma noite, o escritor maranhense Marco Polo Haichel, radicado em Brasília, lança o livro Falando de Literatura. Jairo Mozart, músico, cordelista, compositor, intérprete e artista plástico, com mais de 30 anos de carreira artística, lança A saga de Rondon pela Dupligráfica Editora, 2011, seu terceiro livro.
A parte musical do Poemação traz à BNB os músicos Carlos Pial, percussionista maranhense, e o Coral Masculino da Escola de Música de Brasília, sob a regência do maestro Danilo Salomão.
POEMAÇÃO 24 (Sarau Videoliteromusical) - Homenagem ao poeta José Santiago Naud. Dia 9de dezembro, 6ª feira, às 19h, no auditório da BNB. Participações de Dina Brandão, Israel Ângelo Pereira, Donne Pitalurgh, Marco Polo Haickel, Jairo Mozart, Carlos Pial e do Coral Masculino da Escola de Música de Brasília. Coordenação e informações: Marcos Freitas e Jorge Amâncio. Entrada franca.
Fotos: 1. José Santiago Naud - retirada do site www.terradospoetas.com.br; 2. Poemação - Flávia Camarano
Fonte: Biblioteca Nacional de Brasilia.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
PIEDRA DE LA SAL
PIEDRA DE LA SAL
las barcas parten temprano
y se disipan en el inmenso azul distante
se balancean, balancean y balancean en el mar
retornan a la tarde
en el cesto, tres o cuatro peces
vendidos a cuatro o cinco reales
-Inquietudes de horas y flores (Rio de Janeiro, 2011).
Marcos Freitas- Brasil
Publicado em Poesía Solidaria del Mundo:
http://www.poesiasolidariadelmundo.com/2011/12/piedra-de-la-sal.html
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
CARA DE CRACHÁ, de Roberto Klotz - NOITE DE AUTÓGRAFOS
6 DE DEZEMBRO – TERÇA
a partir de 19h
no Carpe Diem - 104 Sul
O terceiro livro de Roberto Klotz traz 44 histórias curtas e bem humoradas vivenciadas por um funcionário público caricaturizado.
O protagonista de Cara de crachá é como todo ser humano, tem um lado bom e outro nem tanto. Foi batizado von Silva, quase um alter ego do autor, também descendente de alemães.
Von Silva se incomoda com os colegas que jogam paciência no computador em vez de conversarem assuntos mais importantes como a importância do sal marinho na dieta dos esquimós, o desperdício de espaço nas caixas de fósforos ou a idade em que as crianças deveriam ser ensinadas a dar nó no cadarço do tênis.
Ele se orgulha e defende Brasília, onde trabalha. Com humor, vez por outra, dá uma alfinetada nos malfeitos do chefe ou de algum colega da repartição.
Ao terminar o livro, o leitor vai querer mais. Estará viciado em von Silva.
Número de páginas: 160
Contos
Preço: 28,00
--
Visite meu blog
http://robertoklotz.blogspot.com
a partir de 19h
no Carpe Diem - 104 Sul
O terceiro livro de Roberto Klotz traz 44 histórias curtas e bem humoradas vivenciadas por um funcionário público caricaturizado.
O protagonista de Cara de crachá é como todo ser humano, tem um lado bom e outro nem tanto. Foi batizado von Silva, quase um alter ego do autor, também descendente de alemães.
Von Silva se incomoda com os colegas que jogam paciência no computador em vez de conversarem assuntos mais importantes como a importância do sal marinho na dieta dos esquimós, o desperdício de espaço nas caixas de fósforos ou a idade em que as crianças deveriam ser ensinadas a dar nó no cadarço do tênis.
Ele se orgulha e defende Brasília, onde trabalha. Com humor, vez por outra, dá uma alfinetada nos malfeitos do chefe ou de algum colega da repartição.
Ao terminar o livro, o leitor vai querer mais. Estará viciado em von Silva.
Número de páginas: 160
Contos
Preço: 28,00
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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
LANÇAMENTO NACIONAL DIA 02 DEZEMBRO - UM ASSALTO DE FÉ -
SEXTA, um filme de Brasília, com equipe e elenco daqui, muito divertido, vale muito apena (r)ir ver.
Haverá uma festa de Lançamento do Filme "Um Assalto de Fé" que será na Boate MOENA no Pier 21 no dia 04 a partir das 18h.Vai ter show da Banda Natiruts, Falcão o Brega, Stand- Up de Jovane Nunes e Banda e DJ Patife!!!
Para quem quiser ir na festa é só comprar o ingresso do filme que terá direito a um convite para festa que será trocado em um quiosque do filme no Pier.
Para quem quiser ir na festa é só comprar o ingresso do filme que terá direito a um convite para festa que será trocado em um quiosque do filme no Pier.
Lançamento do livro Inquietudes de Horas e Flores, no Canteiro de Obras, Teresina-Piauí
Lançamento e leitura/declamação de poemas do livro de poesias "inquietudes de horas e flores", dia 3/12 (sábado), às 20hs, no Canteiro de Obras (próximo à antiga Praça do Fripisa), Teresina - Piauí.
Haverá a participação dos poetas da "Sociedade dos Poetas PorVir" e dos "Poetas do Piauí".
INQUIETUDES DE HORAS E FLORES (Edição bilíngue: português-espanhol)
Marcos Freitas. 1ª ed., Rio de Janeiro, Editora Livre Expressão, 2011
ISBN: 978-85-7984-262-7
Tradução: Carlos Saiz
O livro foi editado sob os auspícios do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC).
http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=9048602&sid=97511819713721548787309074
Inquietudes de Horas e Flores, décimo livro de poesia de Marcos Freitas (edição bilíngue)
IRREVERSIBILIDADE
o tempo presente,
presente de um deus?
o tempo passado,
passado sem os meus.
o tempo futuro,
futuro para os seus?
IRREVERSIBILIDAD
el tiempo presente,
¿presente de un dios?
el tiempo pasado,
pasado sin los míos.
el tiempo futuro,
¿futuro para los suyos?
Marcos Freitas. Do livro “Inquietudes de Horas e Flores” (edição bilíngue: português-espanhol; 2011). Tradução de Carlos Saiz.
A edição do livro contou com os auspícios do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC).
SERVIÇO:
Local: Canteiro de Obras
Data: dia 03/12 (sábado)
Horário: 20 hs.
ENTRADA FRANCA
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