segunda-feira, 13 de junho de 2011

Navegação Segura, investimento cultural e defesa do Lago Paranoá: marcas registradas da Barca Brasília

“A responsabilidade extrema do comandante Edmilson Figueiredo sob cada uma das pessoas que entram na Barca, aliada a pioneira e inusitada proposta de trazer a cultura para o meio do Lago Paranoá, são dois dos destaques incríveis que esta embarcação possui em relação a qualquer outra.” A afirmativa é do músico Nonato Veras, ao sair do passeio ocorrido no último domingo, 05 de junho.

De fato, qualquer um que já tenha tido o privilégio de ter freqüentado a Barca Brasília conhece, de perto, o quanto toda a tripulação prima pela segurança. Além de prestar completa informação sobre como proceder em caso de alguma emergência, como usar o colete salva-vidas, a localização dos mesmos e o preenchimento cuidadoso de uma lista contendo os dados de todos que entram na embarcação, a Barca Brasília tem uma característica ímpar. Todos os tripulantes (garçon, cozinheira, marinheiro, entre outros profissionais) possuem habilitação concedida pela Marinha, foram submetidos a intensos treinamentos para atuar em situação de emergência.
Talvez seja esta tranqüilidade e segurança, oferecida ao navegante, um dos fatores que fazem com que o público seja bastante diversificado. Amantes da boa música, do cinema ou da poesia, turistas brasileiros e estrangeiros ávidos em passear no Paranoá e famílias unidas freqüentam a Barca a cada fim de semana. No último domingo, por exemplo, o bancário Ilson Pasqualoto levou a mãe, a cunhada, a filha pequena, sobrinhas e disse ter ficado surpreso, pois nem sequer sabia da possibilidade de desfrutar de um happy hour no melhor estilo de bar, restaurante, música ao vivo. Ao pensar no passeio, Ilson imaginou estar proporcionando para a família um programa diferente para o final do domingo, contemplar o belo pôr do sol – tão característico nesta época do ano em Brasília- conhecer mais sobre o Lago. Porém teve a agradável surpresa de obter informações educativas e curiosas, além de desfrutar do ambiente cultural. Vale destacar que para crianças, a Barca disponibiliza jogos de tabuleiro e outros itens de entretenimento.
Rodrigo Machado, publicitário e consultor de marketing, disse ter adorado a experiência a bordo da Barca Brasília. Segundo ele o conforto, a proximidade com a água e a tranqüilidade foram fatores fundamentais para seu enorme bem estar, sensação tão boa, que, de pronto já está organizando um passeio fechado para clientes e amigos. Machado também disse ter ficado encantado com o fato da programação cultural ser associada às fases da Lua (na Lua nova é a barca do cinema, na Lua cheia acontece a barca da poesia e nas crescente e minguante, a barca se transforma no único palco flutuante da cidade recebendo artistas selecionados, os melhores músicos locais, nacionais e até internacionais). Para Rodrigo “este casamento da pauta com as fases lunares propicia que o clima fique bastante adequado a proposta cultural, o que seduz, fascina, torna o ambiente mais encantador e muito romântico”. O publicitário tocou em um assunto factual, bastante importante, o qual vêm alterando o imaginário coletivo do brasiliense de forma negativa; o recente naufrágio ocorrido no Lago. Ressaltando a gravidade do problema e, de forma alguma, desprezando o pesar pelas vítimas e familiares que estavam a bordo da embarcação atingida, Rodrigo comentou que é preciso se levar em conta o aspecto estatístico, o qual demonstra que o número de acidentes ocorridos no Lago pode ser considerado baixo, uma vez que Brasília possui uma das maiores frotas náuticas do pais, mas que a “enorme exposição do fato pela mídia, as manchetes sensacionalistas, determinam o grau de fatalidade da ocorrência. Dá a sensação de que o problema é maior do que foi de fato. Entendemos o nobre papel da imprensa e a necessidade de se explorar fatos jornalísticos, porém a forma como se dá este tratamento termina atingindo mais pessoas do que o número realmente atingido pelo naufrágio”, contemporiza Rodrigo Machado.

Duas passageiras, a advogada Renata Lima e a Guia de Turismo Maria José Paes Landim deram destaque ao mesmo fato, sem que uma estivesse ouvindo o que a outra dizia. Ambas declararam que o grande diferencial do passeio é a postura do comandante Edmilson, declaradamente apaixonado pelo Lago Paranoá, pelas estórias que o circundam, e, sobretudo, pela preocupação com a preservação do mesmo.
Maria José, que é consultora do SEBRAE, atesta a seriedade com que o proprietário conduz o produto “turismo”. Ela assevera que Figueiredo é um dos mais sérios no que tange a alta preocupação com a segurança da embarcação. A guia turística não esconde a empolgação quando se refere ao trabalho de Edmilson Figueiredo: “Em primeiro lugar, ele é um empreendedor exemplar na busca contínua dos serviços oferecidos. Depois, é primoroso nos cuidados com a segurança do equipamento e finalmente, oferece uma programação diversificada e maravilhosa. Aqui na Barca Brasília, o passageiro consegue, ao mesmo tempo, se divertir, relaxar, apreciar a natureza e aprender muito, porque o passeio é Educativo. O Edmilson é um dos maiores estudiosos e conhecedores do Lago Paranoá. Ele é referência até para nós, guias treinados”, enfatiza Maria José Paes Landim, sem deixar de destacar o significativo papel na escala bucólica entre todos os demais pontos turísticos da Capital Federal.
No último domingo, Régis Torres, músico com três décadas de experiência e bastante reverenciado na cena cultural de Brasília foi o responsável pelo tempero que faltava para tornar o passeio mais agradável. Ele começou homenageando João Gilberto, que completou 80 anos naquele dia. Para Régis, a Barca é um dos raros espaços em que o músico se solta por completo, onde toca com leveza, harmonia, termina percorrendo um repertório que sai do coração, pois o refinamento do espaço e o presente da natureza propiciam com que o som saia com muito melhor fluidez.
Um detalhe muito peculiar parece ficar bastante claro para qualquer um que freqüenta a Barca Brasília: a obsessão do Comandante Edmilson é fazer amigos. Quem por ali passa, leva na memória a lembrança do sorriso e do acolhimento especial concedido por ele.

Teresa Cristina de Paula Lyra
Jornalista
Régis Torres “A diferença é que para o Edmilson, a Barca não é um negócio. A proposta dele não é comercial. O foco é turístico e cultural. O maior compromisso deste cara não é com o retorno financeiro; ele investe é na cidade”















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