quarta-feira, 11 de maio de 2011

Cidades do Entorno reivindicam valorização de suas manifestações culturais


Yale Gontijo
Publicação: 03/05/2011 08:00 Atualização: 03/05/2011 11:30

Participantes reconheceram a relevância do encontro, mas reclamaram do pouco tempo para aprofundar os temas

O Entorno do Distrito Federal quer ser valorizado e reconhecido culturalmente. Esta foi a impressão mais forte deixada pela 3ª Conferência de Cultura do Distrito Federal, encerrada no último domingo, em cerimônia no auditório do Museu da República. Durante a reunião de representantes do DF e Entorno, feita para criar e discutir propostas de políticas públicas enviadas para o Governo Federal e do Distrito Federal, os delegados do Entorno faziam questão de salientar a inclusão da região, próxima ao Distrito Federal, nas decisões do fórum. “Nós conseguimos que todas as propostas incluíssem a palavra Entorno nos textos. Mas, faltam mais colaborações, como por exemplo, a valorização dos Pontos de Cultura destas cidades e a criação de um calendário com eventos fixos. É bom não esquecer que o Entorno faz parte da história e da memória do Distrito Federal”, relembrou a delegada de Valparaíso-GO, Alice Bites.

A reinvidicação por inclusão foi percebida até pelo vice-governador Tadeu Filippelli, que participou da cerimônia. “A reivindicação da inclusão do Entorno mostra o fortalecimento da democracia participativa. São vocês, nos entregando a tradução dos problemas, que podem nos ajudar a governar”, afirmou Filippelli, que chegou a ser vaiado quando chegou ao edifício.

Outra reivindicação, também por mais valorização, foi feita por delegados das regiões rurais do Distrito Federal. “Nós temos de valorizar as manifestações rurais que envolvem também os moradores urbanos como rodeios e shows, mas também a cultura do dia a dia”, pretendia o delegado da zona rural do Gama, Adelino Roberto Barbosa.

Diversidade
Diante de plateia formada por representantes de diferentes manifestações culturais, inclusive ligadas a etnias indígenas e negras, o secretário de Cultura, Hamilton Pereira, lembrou de citar a diversidade cultural brasileira e de Brasília. “Esta cidade tem vocação para ser a ponta de lança da tolerância às diferenças. É muito importante a participação de vocês para que possamos retecer a teia de governabilidade no Distrito Federal. Fazia tempo não via um diálogo tão fecundo e também contraditório. Por isso mesmo, um diálogo legítimo”, afirmou Pereira.

Ao usar um megafone improvisado, durante a formação da mesa com representantes do governo, a conselheira Rita Andrade reclamava da falta de um representante da sociedade civil no palanque. A mesa era composta pelo deputado distrital Cláudio Abrantes (PPS), o diretor de participação social da Secretaria-Geral da Presidência da República, Pedro Pontual, o secretário de Articulação Institucional do Ministério da Cultura, João Roberto Peixe, e a coordenadora da conferência, Lilia Diniz.

Rita contestou o aprofundamento das discussões durante o encontro. “É certo que a categoria não era ouvida nas decisões de governo há 12 anos. Mas, me parece que a organização da conferência está mais preocupada com os números do que com a qualidade do evento. Durante os três dias, nós tivemos apenas de seis a oito horas de discussão”, contestou a conselheira.

Ao todo, foram encaminhadas 20 propostas criadas por quatro grupos de discussão: diversidade, descentralização e democratização; economia da cultura; patrimônio cultural, arquitetura e formação e intercâmbio cultural.

Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2011/05/03/interna_diversao_arte,250622/cidades-do-entorno-reivindicam-valorizacao-de-suas-manifestacoes-culturais.shtml

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