Show Ponto BR – Na Eira
30 e 31 de maio de 2015 (sábado e domingo) Shows e Oficinas na Caixa Cultural Brasília
O projeto Ponto BR ocupa a Caixa Cultural Brasília de 29 a 31 de maio. O Teatro da Caixa recebe shows que têm como fundamento o encontro de mestres e músicos em torno do canto de pontos. “Ponto” é o nome dado aos cantos de diversos batuques de nossas manifestações populares.
Ponto BR une músicos contemporâneos e mestres da cultura tradicional em um fino diálogo entre vertentes e gerações. Todos mergulham em uma investigação estética e musical do que há de mais genuíno nas comunidades do Brasil. O palco se torna um espaço de encontro de diferentes estéticas, temporais e sociais, que são harmonizadas e revelam uma outra via para o fazer artístico.
Na apresentação, ritmos regionais como coco, maracatu, bois, rojões e carimbó se fundem a outros num caldeirão de sonoridades. Ao experimentar saberes e sonoridades destas tradições, suas possibilidades formais, texturas vocais e instrumentais e o raciocínio estético proposto pelos mestres, o show Na Eira tem como resultado uma sonoridade única e atemporal. Uma peculiar ode à arte brasileira de primeira grandeza.
Além dos shows, que têm também a participação especial de Dindinha Menezes, o coletivo oferece oficinas de rabeca, caixa do divino, maracatu e bumba boi.
Sobre o projeto:
Melhor grupo regional (Prêmio da Música Brasileira 2012), Ponto BR reúne alguns dos principais mestres da nossa cultura tradicional como Mestre Walter do Maracatu Estrela Brilhante de Recife - PE, Zezé de Iemanjá e Dindinha Menezes, caixeiras do Divino e integrantes da Casa Fanti Ashanti em São Luis - MA, em diálogo com a paulistana Renata Amaral, o pernambucano Eder ”O Rocha, o suíço Thomas Rohrer e o maranhense Henrique Menezes, músicos conhecidos da cena paulistana, que trabalham com artistas como DJ Dolores, Ivaldo Bertazzo, Zélia Duncan, Nação Zumbi, Mestre Ambrósio, Zeca Baleiro, Chico Cesar, entre outros
O processo de investigação estética está fundamentado em uma longa convivência com estas comunidades, sua cultura, seus guardiões, em pesquisas que já renderam dezenas de registros em CD e documentários destas manifestações. Toadas de Bumba Boi, Maracatu, pontos de Tambor de Mina, Jurema, Cocos, Cirandas, Carimbós, Rojões e vários outros fazem parte do show Na Eira, cujo processo de concepção resultou de uma imersão do grupo em ensaios e encontros registrados ao vivo que resultaram também no CD de mesmo nome.
Formado em 2002 a convite do Festival Wemilere, em Guanabacoa, Cuba, Ponto BR se apresentou em diversos espaços e festivais em São Paulo, representou o Brasil no Golden Karagöz Folk Dance Festival, na Turquia, e circulou por diversas cidades do interior de São Paulo selecionado pelo PROAC SP. Selecionado pelo Programa Petrobras Cultural, o grupo lançou em 2010 em circulação por seis estados brasileiros (PE; MG; AL; SP; MA; CE), o CD Na Eira, que conta também com a participação de Seu Nelson da Rabeca (AL), o babalorixá Euclides Talabyan, as mestras Maria Rosa e Anunciação Menezes (MA), o Povo Kariri Xocó (AL) e a comunidade da Tenda São José de Pirapemas (MA). O grupo Ponto BR realiza também oficinas de gêneros populares como Bumba Boi, Divino, Jongo e Maracatu Nação, em propostas de musicalização e arte educação.
Esculpido pela memória de seus mestres, o repertório de nossos gêneros tradicionais alia a absoluta simplicidade a uma surpreendente elaboração estética que a cultura oral filtra qualitativamente através do tempo. Esses pontos são melodias e ritmos matrizes da nossa música urbana, que influenciaram significativamente a formação de gêneros como o samba, o forró e inúmeros outros. Na Eira revela a sofisticação e a contemporaneidade destas manifestações, através das quais o povo brasileiro veicula e harmoniza sua vocação artística, sua corporalidade, sua espiritualidade.
OFICINAS:
MARACATU NAÇÃO - MESTRE WALTER FRANÇA e EDER “O” ROCHA
Uma das manifestações remanescentes dos cortejos e coroações dos reis de Congo, o Maracatu Nação – ou de Baque Virado – é uma das principais expressões da tradição popular pernambucana. Realizada no ciclo carnavalesco, tem, no entanto, forte conotação religiosa. Nações centenárias, como a Estrela Brilhante de Recife são ligadas a terreiros de Xangô, que fundamentam seus cortejos públicos. Em geral muito numerosos, os grupos são formados de diversas alas além da corte, o cordão de catirinas e o baque – a grande orquestra de percussão do maracatu.
A oficina enfoca a música do Maracatu nação a partir do canto – Loas ou toadas – e a percussão, chamada de Baque, formado pelos seguintes instrumentos: Tarol, Ganzá, Abê, Gonguê, Alfaias Marcante, Alfaia Meião e Alfaia Repique. São praticados os toques dos instrumentos nos diferentes baques – Arrasto, Parada, Martelo, Imalê e outros.
CAIXA DO DIVINO - MESTRA ZEZÉ MENEZES e MESTRA DINDINHA MENEZES
A Festa do Divino Espírito Santo é um ritual de religiosidade popular realizado em todo o Brasil. No estado do Maranhão ela tem a particularidade de ser conduzida por mulheres tocando tambores chamados caixas, são as Caixeiras do Divino. Estes festejos são altamente ritualizados, tendo um calendário longo que compreende a abertura da Tribuna, buscamento, levantamento e derrubada do mastro, visitas aos Impérios e Mordomos, procissões, missa e a passagem de diversos cargos entre os festeiros.
A oficina oferece um trabalho orgânico de musicalização através da prática do canto e da percussão. Os cânticos do Divino, transmitidos oralmente há gerações, são assimilados com facilidade, resgatando a memória coletiva, onde a percussão simples e vigorosa conduz esta prática de conjunto de fácil resultado musical. Algumas cantigas propõem improvisações poéticas e vocais que são experimentadas também durante a aula. A oficina é encerrada com a tradicional dança das caixeiras.
BUMBA BOI - HENRIQUE MENEZES
O Boi é tema de inúmeras manifestações populares em todo o Brasil. Do Boi de Mamão de Santa Catarina aos grandes espetáculos amazônicos do Boi de Parintins, de norte a sul do país encontramos gêneros populares que tem o Boi como figura central.
No Maranhão, o Bumba Boi é um fenômeno sociocultural de enormes proporções cujo auge do ciclo – o batismo do Boi – acontece no dia de São João. Num ciclo longo e altamente ritualizado que compreende o nascimento do Boi após o carnaval, seu batismo em 24 de junho, e sua morte em período que varia de agosto a dezembro, centenas de grupos de todo o estado movimentam um mercado cultural que compreende o lançamento de dezenas de CDs inéditos, a montagem de centenas de arraiais, a confecção de milhares de instrumentos e indumentárias virtuosisticamente bordadas em mosaicos de miçangas e canutilhos, além de tomar a programação de quase todas as rádios locais e comprometer grande parte do orçamento dos órgãos públicos de turismo e cultura, bem como o das próprias comunidades.
A oficina se concentra no bumba boi de matraca ou da Ilha, um dos sotaques mais conhecidos e que forma os maiores batalhões – grupos com mais de mil integrantes entre músicos e dançarinos. A oficina entrelaça como num jogo o canto, a dança, e principalmente o toque dos diversos instrumentos da orquestra do bumba boi (matracas, pandeirões, maracás e tambores-onça,) sempre embalados pelas belas toadas de Mestre Humberto.
RABECA - THOMAS ROHRER
Suíço da Basiléia, Thomas está há quinze anos no Brasil. Sempre viajando pelo mundo, reúne diversas influências que fazem dele um instrumentista singular. Formado pela escola de jazz de lucerna, teve como mestres de rabeca Seu Luís Paixão (PE) e Seu Nelson da Rabeca (AL).
Nesta oficina, serão tratados assuntos como história(s) da rabeca no Brasil; rabecas e rabequeiros; regiões e sonoridades pelo país; diferentes afinações e técnicas, parentes da rabeca em outros lugares do mundo; dicas para pequenos ajustes para tocar com mais facilidade; encordoamentos possíveis. E claro, tocar juntos!
Sobre os participantes:
Mestre Walter França - VOZ E PERCUSSÃO
Um dos principais mestres da Cultura Popular de Pernambuco, é Chefe do Baque e compositor das loas do Maracatu Nação Estrela Brilhante do Recife, grupo centenário fundado em 1906 e inúmeras vezes campeão do carnaval de Recife. Começou na música aos 4 anos de idade ao lado dos 21 irmãos e do pai Zacarias, artista popular fundador da mais tradicional escola de samba do Recife, a Gigantes do Samba, e de outros folguedos como Pastoril, caboclinhos e cocos. Mestre de bateria da Gigantes por 10 anos, assumiu em 1986 a chefia do Estrela Brilhante. À frente de centenas de brincantes e dos 120 batuqueiros do maracatu, se apresentou em cidades da Europa como Hannover (Expo 2000), Lisboa (Parque das Nações), Paris, Amsterdã, Colônia e Aechen, além de ter ido à África em 1991. Ministra oficinas e vivências em todo o país tendo fundado diversos grupos de maracatu pelo Brasil.
Zezé de Iemanjá- VOZ E PERCUSSÃO
Caixeira do Divino Espírito Santo e Primeira ekedi da Casa Fanti Ashanti, uma das principais casas de culto afro religioso do Maranhão, Ponto de Cultura há mais de 50 anos em atividade. Conhecendo profundamente os vários gêneros realizados na casa como o Tambor de Mina, Tambor de Crioula, Candomblé, Carimbó de Caixa, Pajelança, Baião de Princesas, Canjerê, Samba Angola, Bumba Boi, Festa do Divino e outras, ministra oficinas de Caixa do Divino e Tambor de Crioula em diversos estados brasileiros. Trabalha em projetos de capacitação solidária e arte educação p/ crianças e adolescentes da comunidade do Cruzeiro do Anil - periferia de S Luís. É mestra do Reis do Oriente, gênero dramático tradicional do ciclo natalino e realiza há 11 anos o Festejo do Divino em São Paulo, na Associaçã0 Cachuêra! Gravou os CDs Caixeiras Cantam para o Divino (Itaú Cultural), Baião de Princesas (A Barca/CPC-UMES), Tambor de Mina na Virada Pra Mata, Tambor de Mina Raiz Nagô e Tambor de Crioula de Taboca (A Barca/ Petrobras) .
Dindinha Menezes – VOZ E PERCUSSÃO
Primeira ekedi, ebômi, vodunsi ahunjaí, mãe criadeira da Casa Fanti Ashanti - MA, um dos centros afro religiosos mais importantes do Brasil e participa de todo o extenso calendário de festejos anuais da Casa. É também Caixeira do Divino da Casa Fanti Ashanti (caixeira mor) Caixeira do Divino da Família Menezes (caixeira Régia) com as quais tem dois discos gravados, e realiza diversas apresentações e oficinas por todo o Brasil. Em 2011 foi contemplada pelo ProAC edital, realizando circulação de oficinas por todo o Estado de São Paulo. Realiza desde 1999 a Festa do Divino Espírito Santo em São Paulo, na Associação Cachuêra!, que dura duas semanas entre o segundo, terceiro e quarto fins de semana de maio. Ao longo de sua trajetória já participou em shows e gravações a convite de artistas e grupos como A Barca, Tião Carvalho, Grupo Cupuaçu, Pé no Terreiro, Ponto br e outros. Em 2014 foi premiada pelo Prêmio de Culturas Populares – Ministério da Cultura, sendo reconhecida pelo seu trabalho de valorização e manutenção das culturas populares tradicionais brasileiras.
Éder “O” Rocha - BATERIA E PERCUSSÃO
Formado em percussão pelo Centro Profissionalizante de Criatividade Musical do Recife. Tocou nas principais orquestras do Nordeste como Sinfônica do Recife, Sinfônica do Rio Grande do Norte, de Olinda, Banda Sinfônica do Recife e Orquestra de frevo do Maestro Duda. Percussionista do grupo Mestre Ambrósio, trabalhou com artistas como Herbert Vianna, Zélia Duncan, DJ Dolores, Nação Zumbi, etc. Diretor artístico da Cia Circense Nau de Ícaros e do grupo Olho da Rua. Articulista das revistas Batera e Manguenius, lançou seu disco solo Circo do Rocha e o método de percussão Zabumba Moderno
Henrique Menezes - VOZ E PERCUSSÃO
Nascido em São Luís, Maranhão, Henrique Menezes pertence a uma importante família de artistas populares da Casa Fanti-Ashanti, centro religioso que é referência da cultura do estado. Tem ali o cargo de primeiro Ogã (Ogã Alabê Huntó) da Casa. Trabalhou como percussionista com os principais artistas maranhenses como Ubiratã Souza, Josias Sobrinho, Rosa Reis e Tião Carvalho. Radicado em São Paulo há mais de 15 anos, ministra oficinas de percussão e danças populares em escolas e universidades como ECA-USP, UNICAMP, Universidade Estadual de Londrina e Universidade Anhembi-Morumbi, além da Associação Arte Despertar No teatro atuou sob a direção de José Celso Martinez nos espetáculos “Os Sertões” e “Bacantes”. É membro do grupo “Força Tarefa” que há dez anos encena o espetáculo infantil “Lampião no Céu”, de Eliana Carneiro, e atua ainda no grupo “Cia. das Mães”, desde 2002. Atualmente é Diretor Geral do Grupo Pé no Terreiro, que lançou recentemente seu primeiro CD “Cacuriá” e desenvolve também seu trabalho autoral junto à banda Bom Que Dói.
Thomas Rohrer – RABECA E SAXOFONES
Suíço radicado no Brasil desde 1995, é formado pela escola de jazz de Lucerna. Seu trabalho transita entre a improvisação livre, o jazz contemporâneo, a música regional brasileira e a música medieval. Em 1999 toca no Montreux Jazz Festival com Chico César, Rita Ribeiro e Zeca Baleiro. Apresentou-se na Suíça, Itália, Nova Iorque e no Brasil em duo com a percussionista italiana Alessandra Belloni. Em 2002 e 2003 realizou uma turnê pela França, Espanha e Inglaterra com o quinteto de música instrumental de Carlinhos Antunes. Membro do grupo de música medieval Sendebar. Apresentações em Nova Iorque no Lincoln Center, Metropolitan Museum e na Catedral St. Johns the Divine. • Em 2004 participa do projeto de intercâmbio MPB-BPM; integrando a Orchestra Escócia-Brasil. Participa na banda Aparelhagem do pernambucano DJ Dolores com apresentações no Brasil e turnês na Europa. Membro do grupo A Barca, gravou e apresentou-se ainda com Zé Gomes, Ceumar, Tião Carvalho, Paulo Lepetit, Ivaldo Bertazzo. Paulo Freire, John Labarbera, Suzana Salles, Alexandra Montano, Satoshi Takeishi, Steve Gorn, Jamey Haddad, Antonio “Panda” Gianfratti, Marcio Mattos, Phil Minton, Jamie Haddad, Alexandra Montano, Mark Dresser, Nelson da Rabeca, Saadet Türköz, Miguel Barella, Celio Barros, Carlinhos Antunes, Passoca, entre outros.
Renata Amaral - BAIXO E VOZ
Formada em Composição e Regência pela Universidade Estadual Paulista, já se apresentou ao lado de intérpretes em todo o Brasil, América do Sul e Europa como Tião Carvalho, Suzana Salles, Priscila Ermell, ManaChica e Fuzarca em São Paulo, Itiberê Zwarg no Rio, Orquestra Popular do Recife e Claudionor Germano em Pernambuco. Desde 98 trabalha com A Barca, com quem lançou os CDs Turista Aprendiz, Baião de Princesas e as caixas Trilha, Toada e Trupé e Coleção Turista Aprendiz Como pesquisadora, desde 1991 viaja pelo Brasil formando um acervo que já conta com mais de 800 horas de registros audiovisuais e milhares de fotos de manifestações tradicionais brasileiras. Produziu nos últimos 10 anos 27 CDs e 10 documentários sobre cultura popular, e ministra cursos e oficinas tendo como base gêneros da Cultura Popular Tradicional em espaços diversos. Recebeu por duas vezes o Prêmio Interações Estéticas da FUNARTE para residências artísticas no Maranhão e no Benin, desenvolvendo pesquisas que resultam em espetáculos e documentários sobre cultura afro-brasileira.
Serviço: Show Ponto BR – Na Eira
Data: 30 e 31 de maio de 2015. Sábado, às 20h, e Domingo, às 19h
Local: CAIXA Cultural Brasília, Teatro da CAIXA.
Endereço: SBS Quadra 4 - Edifício anexo à Matriz da Caixa.
Ingressos: R$ 10,00 (inteira) / R$5,00 (meia) Classificação indicativa: 12 anos.
Informações: 3206-9448
Lotação: 406 lugares
Duração: 80 minutos
Facebook: ColetivoPontoBr
Classificação indicativa: Livre
Informações, música, fotos, vídeos: www.ponto.mus.br <http://www.ponto.mus.br/> Realização Padê Produções
OFICINAS:
Data: 29 de maio de 2015 (sexta-feira)
15h às 17h – Oficina de Rabeca com Thomas Rohrer 18h às 20h – Oficina de Caixa do Divino com Zezé Menezes e Dindinha Menezes
Sábado 30/05: 10h às 12h – Oficina de Maracatu Nação com Mestre Walter França e Éder “O” Rocha
Domingo 31/05: 10h às 12h – Oficina de Bumba Boi com Henrique Menezes e Graça Reis
Inscrições no link (O link estará ativo entre 18 e 21 de maio):
Descrição das Oficinas:
Rabeca - Nessa oficina serão tratados assuntos como histórias(s) e origens da rabeca no Brasil; rabecas e rabequeiros/ regiões e sonoridades pelo país; parentes da rabeca em outros lugares do mundo; raízes medievais; dicas para pequenos ajustes para tocar com mais facilidade; encordoamentos possíveis. E, claro, toar juntos!
Dia: 29/05
Local: Sala Gente Arteira
Vagas: 20
Horário: das 15h às 17h
Valor: Doação de 01Kg de alimento não perecível no dia da oficina.
Público Alvo: interessados com conhecimento do instrumento.
Ministrante: Thomas Rohrer
Obs.:
- Não é necessário possuir instrumento, mas quem tiver deve levar (rabeca, violino ou similares).
Caixa do Divino - A Festa do Divino Espírito Santo é um ritual de religiosidade popular realizado em todo o Brasil. No estado do Maranhão ela tem a particularidade de ser conduzida por mulheres tocando tambores chamados caixas, são as Caixeiras do Divino. A oficina oferece um trabalho orgânico de musicalização através da prática do canto e da percussão. Os cânticos do Divino, transmitidos oralmente há gerações, são assimilados com facilidade, resgatando a memória coletiva, onde a percussão simples e vigorosa conduz esta prática de conjunto de fácil resultado musical. Algumas cantigas propõem improvisações poéticas e vocais que são experimentadas também durante a aula. A oficina é encerrada com a tradicional dança das caixeiras.
Dia 29/05
Local: Sala Gente Arteira
Horário: das 18h às 20h
Vagas: 20
Público-alvo: interessados em geral.
Ministrante: Mestra Zezé Menezes, Mestra Dindinha e Renata Amaral
Valor: Doação de 01 Kg de alimento não perecível no dia da oficina;
Obs.:
- Não é necessário possuir instrumento, mas quem tiver deve levar.
- Mulheres devem ir vestidas de saias longas ou abaixo do joelho.
Maracatu Nação - Uma das manifestações remanescentes dos cortejos e coroações dos reis de Congo, o Maracatu Nação – ou de Baque Virado – é uma das principais expressões da tradição popular pernambucana. A oficina enfoca a música do Maracatu nação a partir do canto – Loas ou toadas – e a percussão, chamada de Baque, formado pelos seguintes instrumentos: Tarol, Ganzá, Abê, Gonguê, Alfaias Marcante, Alfaia Meião e Alfaia Repique. São praticados os toques dos instrumentos nos diferentes baques – Arrasto, Parada, Martelo, Imalê e outros.
Dia 30/05
Local: Teatro CAIXA Cultural
Vagas: 40
Horário: das 10h às 12h
Público Alvo: Músicos, arte-educadores, interessados em geral, à partir de 16 anos.
Valor: Doação de 01 Kg de alimento não perecível no dia da oficina.
Ministrante: Mestre Walter França e Éder “o” Rocha
Obs.:
- Não é necessário possuir instrumento, mas quem tiver deve levar.
Bumba Boi - O Boi é tema de inúmeras manifestações populares em todo o Brasil. Do Boi de Mamão de Santa Catarina aos grandes espetáculos amazônicos do Boi de Parintins, de norte a sul do país encontramos gêneros populares que tem o Boi como figura central. No Maranhão, o Bumba Boi é um fenômeno sociocultural de enormes proporções cujo auge do ciclo – o batismo do Boi – acontece no dia de São João. A oficina se concentra no bumba boi de matraca ou da Ilha, um dos sotaques mais conhecidos e que forma os maiores batalhões – grupos com mais de mil integrantes entre músicos e dançarinos. A oficina entrelaça como num jogo o canto, a dança, e principalmente o toque dos diversos instrumentos da orquestra do bumba boi (matracas, pandeirões, maracás e tambores-onça).
Dia: 31/05
Local: Teatro CAIXA Cultural
Vagas: 40
Horário: das 10h às 12h
Público Alvo: Músicos, arte-educadores, interessados em geral, à partir de 16 anos.
Valor: Doação de 01 Kg de alimento não perecível no dia da oficina.
Ministrante: Henrique Menezes
Obs.:
- Não é necessário possuir instrumento, mas quem tiver deve levar.
Sobre as oficinas:
- Participação mediante entrega de 1 KG de alimento não perecível.
- Inscrições de 18 a 22/05.
Quem quiser se inscrever, solicitar link de inscrições para o email: supervisão.df@gentearteira.com& lt;mailto:o.df@gentearteira.com>
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