quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Frugal Poema & Confissão - Marcos Freitas

Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Vol. 4


Frugal Poema

transido destino no afunilado amanhecer de sábado
meus olhos vestem o doce mel da brisa costeira
colgando de suavidade
a ofegante coruscação
de meu coração
e senão maltrapilhos

a manhã é malina
pífia é a minha relutância
em sobreviver com a pureza da terra e do fogo
que me é apresentada

vívido vociferar de vorazes vagas
erode minha poesia auroral:
idílica cicatriz, frugal poema

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Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Vol. 24



Confissão


não, que eu não saiba o que sinto,
o que sou, haja vista meu instinto
de ser todo desejo, de não ter
do amor, o medo;
de não ter
da consciência, o nexo;
de não poupar
de meu pensamento, teu sexo.

não, que eu não saiba o que sinto,
pra onde vou, haja vista que tenho
a pretensão tamanha, de beber
de tua taça, de teus sonhos;
de prender
pra mim, teus olhos, teus abraços;
de te saber
como alimento, sendo eu,
neste ato de amor,
réu confesso.

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http://www.camarabrasileira.com/marcosairton.htm

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