O mestre, poeta, amigo Jorge Amancio tem feito convites
especiais a mim. Ano passado, o Poemação, que coordena,
junto com o poeta e creio, engenheiro, Marcos Freitas iria me homenagear com um programa inteiro.
Para minha infelicidade eu estava
viajando no dia e não pude ser homenageado.
Depois me convidou para um apresentação no Sarau do Beijo e
hoje me convida para participar do Sarau da Feira.
Ele reconhece em mim uma atuação poética, musical, de
produção e agenciamento de eventos culturais como o Sarau do Anand Rao, onde já
foi coordenador de entrevistas literárias por um tempo e isso muito
me emociona.
No Sarau do Beijo, fiz questão de dialogar com o meu eu
antigo, questionando-o por ter sido muito critico com as pessoas, sendo
assim criticado por metade da comunidade que admira a arte independente
e alternativa de Brasília.
E o novo homem que sou hoje que gosta de entrevistar,
divulgar, poetar, tocar mas, não criticar. Que não tem mais tempo para esse
fim. Depois de dois cancers fico pensando se devo participar de
eventos aqui. Brasília em sua maioria não me valoriza. Santo
de casa não faz milagre, sinto
issona pele tanto dentro de minha família de primeiro grau como
em parte dacomunidade de arte e cultura da cidade. Não sei se depois
desses descaminhos na saúde, devo continuar a tocar, poetar para um público
que quer aproveitaro jornalista, para ser divulgado, mas, não quer escutar a sua criação.
Prá que forçar a barra? Quando somos ativos há muitos anos
em um lugar, o desgaste natural começa a aparecer.
A amizade, admiração e parceria que tenho por Jorge, faz
com que eu fique triste comigo mesmo por não participar do evento por ele
organizado que reconhece em mim um artista. Sei que se
aceitasse teria que ver do palco olhares que não me admiram e as doenças que
tive me levam a crer que não
devo me expor a isso. Devo me expor sim e me
dedicar a tocar e poetar em lugares que me admiram. Chega de lutar pelo
inatingível.
Não é mágoa, nem criancice nem nada mas, creio que eu e
todos que desenvolvemos arte nesta cidade com seriedade, mesmo se inimigos, deveriamos ser citados, reconhecidos,pelo
muito que fizemos pela arte de Brasília. Já entrevistei pessoas que me odeiam no
Sarau do Anand Rao porque ele tem atuação na arte e cultura e o Sarau está aí
para divulgar o que a Rede “Bobo” não faz.
Enfim... Jorge... Desanimei com Brasília. Minha música está
sendo reconhecida no mundo. No Brasil no norte, nordeste, centro-oeste,
sul e no mundo nos EUA, Suiça, enfim, tenho muito o que fazer em lugares
onde sou querido, onde não vão fazer com que meu coração se entristeça,
onde terei por parte do público admiração.
Agradeço os convites diversos mas, parte da comunidade que
admira a arte independente alternativa do DF não me admira e eu não tenho mais
tempo para lutar por isso. Como dizia o homenageado, o
único reconhecido poeta do DF que é um verdadeiro absurdo, Nicolas Behr,
“água mole em pedra dura tanto
bate que acaba a água”.
bate que acaba a água”.
Beijo no coração de quem me admira e abraço aos que me
questionam.
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