De 18 a 21 de fevereiro, Brasília recebe cerca
de três mil pessoas, de todo o país e do exterior, para o I Encontro
Nacional do Movimento das Mulheres Camponesas. O evento, que conta com a
participação de representantes de entidades nacionais e internacionais de
apoio à luta das mulheres, tem como principal tema “Mulheres Camponesas,
Rompendo o Silêncio e Lutando Contra a Violência”.
A abertura oficial ocorreu hoje, dia 18, às 14h00, no Pavilhão do Parque da
Cidade e é organizado pelo Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), que
traduz a luta de milhares de mulheres brasileiras trabalhadoras, mães,
camponesas, negras, brancas e índias. Está articulado em 22 estados do
Brasil e faz parte da Via Campesina – Brasil.
Na próxima quarta-feira, 20, às 19h00, mulheres farão um ato solidário de
doação de cabelos para a confecção de perucas para as vítimas de
escalpelamento. O ato é em apoio às cirurgias reparadoras que o Governo do
Amapá promove junto às vítimas de escalpelamento, em parceria com a
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
O escalpelamento ocorre quando uma grande
quantidade de cabelo é arrancada muito rapidamente. Isso pode acontecer com
o cabelo enrolado em motores em grande rotação, quando arranca, além do
escalpo, orelhas, sobrancelhas e por vezes uma enorme parte da pele do
rosto e do pescoço, levando a deformações graves e até a morte. Esse tipo
de acidente na navegação ribeirinha ocorre com maior intensidade na foz do
Amazonas, nos estados do Pará e do Amapá, vitimando principalmente as
mulheres, das quais 65% são crianças.
Para evitar esses acidentes, existe a Lei 11.970/2009, de autoria da
deputada federal Janete Capiberibe (PSB/AP), que obriga que as embarcações
coloquem em seus volantes e eixos dos motores uma proteção. A parti da Lei
diminuiu o número de acidentes. Em 2011 não houve nenhum caso registrado de
escalpelamento.
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