Ferreira Gullar revela ao Correio as inspirações do recém-lançado monólogo escrito para o teatro
Diego Ponce de Leon
Publicação: 14/01/2013 08:13Atualização: 14/01/2013 07:29
Poeta e escritor Ferreira Gullar |
“A primeira coisa que eu quis ser na vida foi pintor. Não deu certo.” Ainda bem. Caso contrário, o país talvez não conhecesse o neoconcretismo. Ferreira Gullar, um dos maiores expoentes da poesia nacional, seria anônimo. Obras como A luta corporal (1954) ou o célebre Poema sujo jamais viriam à tona. Árduos sacrifícios. Em se tratando de Gullar, porém, não há prejuízos. Depois do mérito literário alcançado, sobrou tempo para a pintura reger os poemas. Ou vice-versa.
Quando subiu ao palco da Sala São Paulo, em 2011, para receber o Prêmio Jabuti pela obra Em alguma parte alguma, não seria nenhum absurdo imaginar que no ano seguinte ele poderia repetir o feito. Afinal, o mais tradicional prêmio literário nacional já o laureou algumas vezes. Dito e feito. Em outubro de 2012, Ferreira Gullar voltou a ser contemplado. Dessa vez, como ilustrador.
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