sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Júlio Romão é o mais novo Doutor Honoris Causa da UFPI
07/10/2010 17:34
Aos 93 anos, o jornalista, escritor, etnologista, teatrólogo e poeta piauiense Júlio Romão da Silva recebeu, na noite desta terça-feira (05), o título de Doutor Honoris Causa em solenidade realizada no Cine Teatro da Universidade Federal do Piauí.
A condecoração foi concedida pelo conselho universitário da UFPI, presidida pelo reitor Dr. Luiz de Sousa Santos Júnior, que destacou a importante contribuição intelectual e social de Júlio Romão que tanto orgulham o Piauí. "Este diamante negro, por sua expressão de raridade, figurará como um troféu dos mais vistosos e valiosos para a sociedade piauiense", discursou.
Estiveram presentes ainda o presidente da Academia Piauiense de Letras - o escritor e advogado Reginaldo Miranda -, pró-reitores e outros professores da UFPI, incluindo a professora Doutora Áurea Pinheiro, que solicitou à UFPI o reconhecimento e entrega do título, além de familiares.
Júlio Romão, que já ganhou cidadania e o nome de rua na cidade do Rio de Janeiro, dedicou o título à memória dos piauienses Higino Cunha, Jonatas Batista, Leônidas Melo e Celso Pinheiro. Disse ainda que queria dividir a homenagem com sua quarta e atual esposa, que, segundo ele, "é enfermeira, companheira e secretária".
Honoris Causa, em português, significa causa nobre e é entregue em reconhecimento a pessoas que se distinguem pelo saber ou pela atuação em prol das artes, das ciências, da filosofia, das letras e do melhor entendimento entre os povos. Júlio Romão atuou fortemente na formação e luta de movimentos negros no Brasil, foi pesquisador de campo de grupos indígenas e já chegou a ter peça teatral proibida na época da ditadura militar. É formado em Letras, História, Geografia e Comunicação Social.
"A história dele é só de superação. Saiu de Teresina para São Luís, de São Luís foi para o Rio de Janeiro, comendo à base de farinha com rapadura, pobre, sem influência em nada. No Rio chegou a ser mendigo, mas toda sua esperteza de piauiense e sua bagagem cultural o fizeram crescer", relata seu neto Danilo Mascarenhas Cabral.
Fonte: http://www.ufpi.br/noticia.php?id=17952
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