
Nascida e criada em Copacabana, Iá Oberlaender começou aos dez anos a praticar o dom que a levaria a se tornar artista meio século depois. Mudou-se para Brasília em 1962, já casada com o empresário Sebastião José Coelho e, ao enviuvar, aos 65 anos, acabou voltando ao universo da arte. Reiniciou a atividade como copista de obras de grandes artistas, entre eles Rubens e Michelangelo. Logo passou a se dedicar à pintura em porcelana, ao freqüentar o ateliê de Vitória Ferreira, discípula de Djalma De Vicenzi, pioneiro da arte do fogo no Brasil. Lá aprendeu as diversas técnicas que começou depois a ensinar: placa de ouro, biscuit, pintura clássica e chinesa e Companhia das Índias, entre outras.
IÁ OBERLAENDER estreou profissionalmente em 1987, como membro da Associação Brasiliense de Arte em Porcelana, e nunca mais parou de expor. Ao longo desses anos de trabalho, vendeu e presenteou muitos amigos, mas também colecionou várias peças com que decora móveis e paredes de sua casa, como uma espécie de personal galeria. Entre elas há uma coleção de prêmios, placas de prata e registros de homenagens, em reconhecimento à excelência de seu trabalho de tratamento contemporâneo, em que se destacam a delicadeza do acabamento e a força de expressão de seus retratos.
A exposição retrospectiva de quatro décadas de sua prática artística estará aberta à visitação pública de 16 a 31 de janeiro, no segundo andar do prédio da Biblioteca Nacional de Brasília. Além da curadoria, Nando Cosac assina também a montagem da mostra. (Angélica Torres)
800 GRAUS DE ENERGIA E DELICADEZA - Porcelanas e pinturas de Iá Oberlaender. Abertura em 15 de janeiro, às 19h, no Hall de Exposições da Biblioteca Nacional de Brasília, 2º andar. Visitação de 16 a 31/01, de 9h às 19h; sáb. e dom., de 9h às 18h.
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