Vanessa Aquino
Publicação: 16/03/2014 08:00
Assim como Ulysses,
de James Joyce, tem um dia todo dedicado a ele na Irlanda, os três
principais heterônimos de Fernando Pessoa ganharam uma espécie de
Bloomsday lusófono. Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro
foram criados juntos, no dia 8 de março de 1914, em Lisboa, onde são
homenageados. Este ano comemora-se um século do surgimento dos três
poetas que ganharam personalidade, voz e trejeitos diferentes entre si.
O alcance e a dimensão que os três assumiram na literatura ainda não tiveram qualquer outro parâmetro de comparação. Fernando Pessoa, que se auto-denominava fingidor, criou um enorme mistério em torno dos heterônimos que assinaram poesias — o que explica a grande quantidade de estudos sobre o poeta português e as diversas personalidades que assumiu por meio dos versos.
Uma das questões levantadas pelos pesquisadores é: Por que heterônimos e não pseudônimos? Uma das possíveis respostas é que, quando usa um pseudônimo, o poeta se esconde atrás de um nome falso. O que acontece com o heterônimo é o contrário: ninguém está escondido. Há um personagem criado pelo poeta que escreve a própria obra. Tem nome, obra e estilo próprio. Fernando Pessoa deu vida a personagens que escrevem suas próprias histórias e tinham atitudes particulares, mas que de forma subjetiva relatam, com arte e poesia, fragmentos da vida. O poeta português chegou a usar 200 nomes diferentes, sendo 127 heterônimos. Desse time, Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos são os mais conhecidos.
O alcance e a dimensão que os três assumiram na literatura ainda não tiveram qualquer outro parâmetro de comparação. Fernando Pessoa, que se auto-denominava fingidor, criou um enorme mistério em torno dos heterônimos que assinaram poesias — o que explica a grande quantidade de estudos sobre o poeta português e as diversas personalidades que assumiu por meio dos versos.
Uma das questões levantadas pelos pesquisadores é: Por que heterônimos e não pseudônimos? Uma das possíveis respostas é que, quando usa um pseudônimo, o poeta se esconde atrás de um nome falso. O que acontece com o heterônimo é o contrário: ninguém está escondido. Há um personagem criado pelo poeta que escreve a própria obra. Tem nome, obra e estilo próprio. Fernando Pessoa deu vida a personagens que escrevem suas próprias histórias e tinham atitudes particulares, mas que de forma subjetiva relatam, com arte e poesia, fragmentos da vida. O poeta português chegou a usar 200 nomes diferentes, sendo 127 heterônimos. Desse time, Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos são os mais conhecidos.
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