terça-feira, 27 de janeiro de 2015
Alguns poemas

dos livros publicados....
INDO
sou / na medida do perecível / o incompreendido / que sou / sou / e sou /sol sino sonoro som / sau- / dade / gota vento brisa / casa / copa / capela /pelas ruas sem-fim / assim / como sou /vou
marcos freitas. Do livro "A Vida Sente a Si Mesma", 2003.
POESIA
a poesia / é o diálogo da vida / em forma de poema / e meus poemas / são lágrimas / de alegria e tristeza / em gozo pleno
marcos freitas. Do livro "A Terceira Margem Sem Rio", 2004.
FOTO TABOCA
quem não deixou / sua alma aprisionada / em 3X4 / no lambe-lambe / do Seu Chiquinho / na Praça da Bandeira?
marcos freitas. Do livro "Moro do Lado de Dentro", 2006.
FINA LAVRA
ante tua reboante beleza / meus atalhos e palavras: /rebotalho de terras lavradas
marcos freitas. Do livro "quase um dia", 2006.
NECTÁRIO
faço circular / minha seiva abundante - / qual a de umparenquimático arvoredo - / (cromoplastas lembranças) / e de meu ápice caulinar / dou origem ao floema, ao xilema / e ao poema
marcos freitas. Do livro "na curva de um rio, mungubas", CBJE, 2006.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
Críticos decretam o fim da poesia americana
Cultura
Literatura
Críticos decretam o fim da poesia americana
Os culpados seriam workshops de escrita criativa e
uma geração mais interessada no cultivo do ego que nas questões
universais
por Francisco Quinteiro Pires
—
publicado
12/01/2015 06:36
Arte: CartaCapital
De tempos em tempos, alguém anuncia
o declínio ou o fim da poesia nos Estados Unidos. Segundo o poeta David
Lehman, uma pergunta sempre surge: “E o que estão fazendo com o
cadáver?” Na atual edição da Poets & Writers,
revista bimensal com mais de 60 mil assinantes, Donald Hall, de 86 anos,
rememorou com nostalgia gerações anteriores e colegas como Frank O’Hara
e Robert Bly. Hall costuma lamentar a incapacidade dos autores
contemporâneos de produzirem obras tão relevantes quanto no passado. Não
existiria mais, ele sugere, um autor com talento suficiente para
influenciar a imaginação dos americanos como certa vez o fizeram Walt
Whitman, Edgar Allan Poe, Ezra Pound, Robert Frost, T.S. Eliot ou Allen
Ginsberg.
No manifesto Poetry and Ambition,
Hall atribui a suposta decadência da poesia do país à falta de “uma
ambição séria”, a de “criar palavras que permanecem no tempo”. “Somos a
primeira geração de poetas que não estuda latim e não lê Dante em
italiano. Daí a insignificância da nossa sintaxe sofrível e do nosso
vocabulário limitado”, escreve Hall, poeta laureado entre 2006 e 2007.
Embora declare que a publicação de obras poéticas na América aumentou
dez vezes entre 1975 e 2005, ele percebe a repetição de uma fórmula.
“Muitos desses poemas são com frequência legíveis, charmosos,
engraçados, comoventes, até inteligentes. Mas, breves, assemelham-se uns
aos outros, não transcendem a si mesmos, não fazem grandes
reivindicações, eles associam coisas pequenas a coisas pequenas.”
Professor da University of Virginia, Mark
Edmundson compartilha o ponto de vista de Hall. Em artigo polêmico,
“Poetry slam or the decline of american verse”, Edmundson tachou de
“narcisistas”, “dissimulados”, “tímidos”, “triviais” e “alienados”
poetas como Sharon Olds, Mary Oliver, Charles Simic, Frank Bidart,
Robert Hass e Robert Pinsky. “Eles não matam a sede dos leitores por
sentidos que ultrapassem a experiência individual do autor e iluminem o
mundo que temos em comum”, sentenciou Edmundson. Apesar da recorrência
de guerras, colapsos econômicos e destruição ambiental, “eles escrevem
como se as grandes crises públicas houvessem desaparecido e o negócio
mais urgente fosse o cultivo do ego e o afastamento do tédio”. Tudo o
que importa é a criação de uma “voz singular”. Eles contrariam o que
T.S. Eliot pronunciou no ensaio “Tradition and individual talent”
(1920): “Quanto mais perfeito o artista, mais completamente separado ele
será do homem que sofre e da mente que cria”.
Hall e Edmundson responsabilizam
os mestrados de escrita criativa pelas características repetitivas da
poesia contemporânea. Fenômeno consolidado depois da Segunda Guerra
Mundial, a escrita criativa tem como o centro da sua prática os
workshops, oficinas em que os aspirantes a poeta expõem às críticas dos
colegas versos redigidos em um curto prazo. Autor de The Program Era: Postwar fiction and the rise of creative writing
(Harvard University Press), Mark McGurl classifica esse tipo de curso
de “o evento mais importante da história da literatura norte-americana
do pós-Guerra”. A lista de orientadores é extensa e inclui estilos
diversos: John Cheever, Raymond Carver, Kurt Vonnegut, Philip Roth,
Donald Barthelme, Joyce Carol Oates, John Ashbery, William Kennedy,
Jonathan Franzen, Zadie Smith. Dezessete prêmios Pulitzer foram
concedidos a escritores que ensinaram ou estudaram no Iowa Writers’
Workshop, o mais antigo e consagrador dos EUA.
Por considerá-los massificados, Hall deu
aos versos concebidos nas universidades o título de “McPoems”, “poemas
tão instantâneos quanto um pó de café ou uma mistura de sopa de cebola”.
De acordo com Seth Abramson, poeta formado pelo Iowa Writers’ Workshop,
ao menos 250 programas de pós-graduação em escrita criativa formam
perto de 22 mil poetas a cada década. Nos anos 1980, apesar da
popularidade crescente, eram apenas 25 programas. “Um grupo reduzido de
poetas e críticos na academia coordena hoje a nossa cena boêmia e
vanguardista”, diz Abramson, editor do recém-lançado Best American Experimental Writing
(Omnidawn). “Os mais jovens não serão nacionalmente reconhecidos sem
receber primeiro o carimbo desses professores.” Boa parte da energia
criativa, segundo Abramson, é gasta com os relacionamentos profissionais
e não a busca de novidades. O aumento da “comunidade de poetas” não
reflete o seu ecletismo. “Em vez de florescer um novo período de
dinamismo, vemos obras avessas ao risco contempladas por premiações
cobiçadas como o Pulitzer e o National Book Awards.”
A poeta Mary Jo Salter apresenta o
investimento decrescente nas ciências humanas como a principal
explicação para o estudo reduzido das obras poéticas do passado.
Recentemente, a University of California, Los Angeles (Ucla), encerrou
um curso dedicado aos poemas de Chaucer, Shakespeare e Milton para
oferecer uma pós-graduação sobre gênero, sexualidade, raça e classe. “A
filosofia, a literatura e a história têm perdido importância diante da
ênfase em disciplinas mais úteis para conseguir um emprego”, diz Salter,
professora de escrita criativa na Johns Hopkins University e editora da
prestigiosa The Norton Anthology of Poetry.
Salter afirma que
“a poesia da identidade”, de caráter confessional e autorreferencial, é
extremamente comum nos EUA. “Hoje em dia, os poemas tendem mais a
abordar raça, etnia e gênero do que em meados do século XX, quando os
poetas confessionalistas Robert Lowell, John Berryman, W.D. Snodgrass,
Anne Sexton e Sylvia Plath escreveram sobre as suas lutas pessoais com a
sexualidade, o divórcio ou a loucura”, opina. “A poesia lírica sempre
teve a ver com a vida interior, mas é triste perceber que os poemas se
tornaram previsíveis por flertarem com a mesmice.” Contudo, onde Salter
vê homogeneidade, David Lehman enxerga “diversidade”: “A demografia dos
Estados Unidos mudou. Muito mais mulheres, além de pessoas de diferentes
cores, com ascendências diversas (africana, hispânica, indígena,
asiática), estão atualmente voltadas para a produção e publicação de
poesia”.
Se a escrita criativa cortou os laços com
o passado, deu voz a setores silenciados. “Temas considerados
proibidos, como as experiências sexual e social desses poetas, são
tratados com uma franqueza inédita e em formas experimentais antes
desprezadas, como o poema em prosa”, afirma Lehman, o criador da série The Best American Poetry
(Scribner) e professor de escrita criativa da The New School (Nova
York). “Nada mais é um tabu.” Os autores têm agora um canal imediato de
divulgação. “Um poema postado em um blog pode se tornar viral e
estimular grande reação em mídias sociais como o Twitter.”
Tanto Salter quanto Abramson
veem na internet a possibilidade de propagar um poema sujeito à
rejeição dos editores ou universitários. Mas Abramson acredita que “as
mídias sociais têm envenenado” a poética dos EUA. Ele diz que, como
prescrição para o sucesso, muitos poetas se viciaram em três elementos
das comunidades literárias virtuais: “A associação de capital cultural a
indivíduos com personalidade carismática, apesar da qualidade da sua
escrita, o isolamento de poetas cuja obra pode surpreender ou ofender
demais os leitores e a celebração da conquista de prêmios, bolsas de
estudo e cargos de professor”. O crítico entende que é hora de desafiar a
poesia institucional com o engajamento da arte ao cotidiano. “Chegamos
ao momento em que os poetas vão reivindicar a sua relevância social,
histórica e cultural, ainda que essa atitude signifique um afastamento
dos seus pares”, afirma. “O primeiro passo é sair das mídias sociais.
Elas aniquilam a iconoclastia.”
domingo, 11 de janeiro de 2015
terça-feira, 6 de janeiro de 2015
Publicada a lista de projetos habilitados e inabilitados ao edital Bolsa Funarte de Fomento aos Artistas e Produtores Negros
Prazo para recursos termina na quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
Publicado em 29 de dezembro de 2014
A Fundação Nacional de Artes – Funarte publicou nesta segunda-feira, dia 29 de dezembro de 2014, a lista de projetos habilitados e inabilitados ao Edital Bolsa Funarte de Fomento aos Artistas e Produtores Negros. Foram recebidas 1743 inscrições e destas 338 foram inabilitadas. Conforme previsto no edital, os interessados poderão interpor recurso no prazo de dois dias úteis, a contar da data de divulgação deste resultado, ou seja, até a próxima quarta-feira, 31 de dezembro. Os pedidos deverão ser encaminhados em formulário próprio, disponível nesta página eletrônica da Funarte, para o endereço artistaseprodutoresnegros@funarte.gov.br, com a seguinte identificação no assunto da mensagem:“Recurso Etapa 1”.
A Bolsa de Fomento aos Artistas e Produtores Negros vai contemplar 45 projetos que promovam a reflexão, a pesquisa de linguagem e a criação nas áreas de artes visuais, circo, dança, música, teatro, preservação da memória e artes integradas. Com investimento total de R$ 4 milhões, oriundos do Fundo Nacional de Cultura (FNC), a seleção vai distribuir as premiações em três módulos. Para o módulo A, vão ser destinados 15 prêmios de R$ 150 mil; para o módulo B, 12 prêmios de R$ 80 mil; e para o módulo C, 18 prêmios de R$ 30 mil.
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LA TRADICIÓN AFRICANA DE UBUNTU
Tiempo para el sentimiento UBUNTU, une a los poetas:
Ángel Guinda, Fernando Sabido Sánchez, Matías Escalera, Encarna Simón, Fernando Calvo, Ángeles Charlyne, Carmen Ortigosa, José Francisco González y Mariano González para expresar sus pensamientos y sentimientos humanos y remover conciencias.
Proyecto discográfico de 24 canciones compuestas e interpretadas por Mariano González.
El espíritu de UBUNTU es necesario entenderlo y expandirlo por todo el mundo para equilibrar la balanza insolidaria y que no se polarice la humanidad solo hacia la mediocridad y el separatismo atroz que genera la codicia.
LA TRADICIÓN AFRICANA DE UBUNTU
El espiritu UBUNTU esta presente en la cultura milenaria africana y NELSON MANDELA nos recordaba siempre que... si hemos aprendido a odiar también podemos aprender a amar. Si hemos aprendido a ser codiciosos también podemos aprender a ser generosos.
UBUNTU ES UNA VERDAD UNIVERSAL
Si somos capaces de entender y experimentar el sentimiento de que somos humanos solamente a través de la humanidad de otros seres humanos, podremos emprender un nuevo rumbo ante la posible tragedia egocéntrica que se cierne en el mundo.
Una masa humana de pobreza
de rostro desfigurado
no amenaza solo a los pobres
también destruye
el espíritu de la humanidad
(Vicente Ferrer)
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
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