quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

A beleza é um ato político




 
A beleza é um ato político
Oscar nos ensinou que a beleza é um ato político, talvez o maior deles. Bem aprendido com os gregos, é na beleza da Pólis que se consolida e se exerce a cidadania. E ele nos deu o sentido espacial da cidadania.
Aprendeu no palácio dos Doges em Veneza, obra do século XIV-XV, que a modernidade anunciava suas questões invertendo lógicas, concebendo o novo por meio do espanto. Percebeu que vencer o vão, para além do desafio técnico, é uma experiência estética.
O arquiteto da intuição plena fez arquitetura erudita. Pensava profundamente sobre o espaço. Escreveu, editou revistas, fez esculturas. No fim da vida sintetizou tudo que aprendeu em poucas frases poéticas que buscavam nos ensinar a complexidade da convivência na sociedade em que tudo virou objeto, com preço antes de valor.
Na arquitetura, desde a contribuição ao Ministério da Educação e Saúde Pública no Centro do Rio de Janeiro e o projeto da Pampulha em Belo Horizonte às suas obras internacionais, Oscar colocou a questão da função da beleza, sempre questionada como fato cosmético e desnecessário, elitista, uma sobra indesejada num país pobre. Fez ver que não seria a beleza uma decoração de qualquer ordem, acoplada à arquitetura, e explorou o concreto, reverteu a geometria mais convencional a novas pesquisas sobre a forma. 
Mesmo os edifícios privados, ordinários em sua localização e programa ganham contornos de sua responsabilidade na forja de um espaço inusitado e questionador, seja nas curvas do Copan em São Paulo, seja no contido e modesto edifício da OAB nacional em Brasília. Por onde andou levou a marca indelével de sua crença no ser humano, na capacidade de mudança social.
No auge de sua contestação e esquecimento voluntário no Brasil, durante os anos 70 e 80, dedicou-se com mais afinco à prancheta, talvez ciente de que estava inserido, desde sua vida estudantil, em um constante e frutífero debate intelectual.
Acompanhado por muitas outras cabeças privilegiadas, esperou o dia em que as questões colocadas até a construção de Brasília fossem de novo reverberar na sociedade. Hoje, reflete-se criticamente sobre o movimento moderno, sintetizando-o em novas proposições contemporâneas. A partir daí, Oscar Niemeyer atinge o ápice de sua importância internacional quando vira o arquiteto dos arquitetos. É citado por Zaha Hadid, por Kazuyo Sejima, por Alvaro Siza, etc., para ficar entre os ganhadores do Prêmio Pritzker, o equivalente ao Nobel da arquitetura, recebido por Oscar em 1988. Prêmio que voltamos a ganhar com Paulo Mendes da Rocha em 2006.
Como ele dizia, arquitetura é intuição, e no campo artístico da intuição arquitetônica somos referência e agora, mais do que nunca, temos lastro.
O arquiteto ateu nunca temeu a morte, disse que a vida era um sopro e que somos insignificantes no Universo, mas soube como ninguém que a morte é o motor da criação, o que nos impele à frente. É uma vida sem criar que nos mata, Oscar soube que viver seria não parar de criar, nunca.
Autor: Thiago de Andrade

OSCAR NIEMEYER (1907 - 2012)


A construção da Praça da Soberania preencheria o vazio
ao lado do museu da república e a Biblioteca Nacional de
Brasília Leonel de Moura Brizola. Ali teria um imenso
estacionamento subterrâneo, numa bela praça com um
grande relógio solar.
Adeus ao Gênio ao Poeta do concreto.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Brasília é uma festa - Sarau Premiação


Roteiro do Sarau:
1 ) introdução sobre o Concurso e apresentação da antologiai;
2 ) leitura dos 3os colocados em Crônica, Conto e Poema;
3 ) sorteio;
4 ) pocket-show com Banda Totem;
...
5 ) leitura dos 2os colocados em Crônica, Conto e Poema;
6 ) sorteio;
7 ) pocket-show com Detrito Federal;
8 ) leitura dos 1os colocados em Crônica, Conto e Poema;
9 ) sorteio;
10) pocket-show com Jp França.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Poemação XXXI - Homenagem ao poeta Salomão Sousa

Poemação XXXI Homenagem ao poeta Salomão Sousa

Poemação XXXI
Homenagem ao poeta Salomão Sousa
Um Sarau Videoliteromusical

A Biblioteca Nacional de Brasília Leonel de Moura Brizola realizará no dia 04 de dezembro de 2012, o Trigésimo Primeiro Sarau – Poemação em homenagem ao poeta Salomão Sousa.

Salomão Sousa é natural de Silvânia (GO). Começou ainda na infância com a poesia, inicialmente, com literatura de cordel e, em seguida, aos dezesseis anos, dos modernistas. Passou antes de tudo pela poesia engajada com a terra, pela poesia marginal, e, finalmente, procura absorver as experiências das pós-vanguardas. Tem editado os seguintes títulos: A moenda dos dias, 1979, DF; A moenda dos dias/O susto de viver, Ed. Civilização Brasileira 1980; Falo, 1986, DF; Criação de lodo, 1993, DF; Caderno de desapontamentos, 1994, DF; Estoque de relâmpagos, Prêmio Bolsa Brasília de Produção Literária, 2002, DF; Ruínas ao sol, Prêmio Goyaz de Poesia, Ed. 7Letras, 2006; Safra quebrada, 2007. Além de organizar várias antologias, produz textos críticos para jornais e revistas. A UBE (GO) concedeu-lhe em 2011 o Troféu Tiokô.

O Legado de Décio Pignatari

Cultura de Brasília perde um dos seus principais artistas, Jota Pingo



Gabriel de Sá
Publicação: 03/12/2012 09:24Atualização:
 (Paulo H. Carvalho/CB/D.A Press)

Em uma audiência pública na Câmara Legislativa do Distrito Federal, há alguns dias, Jota Pingo foi chamado a falar. Na ocasião, artistas e políticos discutiam a implementação da Lei de Incentivo à Cultura. Quando ouviu que era a vez de Carlos Augusto de Campos Velho se pronunciar, ele logo corrigiu: “Meu nome é Jota Pingo”. “Investir na cultura não é favor nenhum, somos a terceira área mais rentável do planeta”, bradou, com sua voz grave e rouca. O ator e dramaturgo gaúcho, radicado em Brasília há três décadas e meia e onipresente na cena cultural da cidade, lutou durante toda a vida para colocar a arte em seu devido lugar — que ele acreditava ser o mais alto possível. Na noite do último sábado, aos 66 anos, a voz desse grande agitador cultural brasileiro se calou.

Pingo estava fazendo compras em um supermercado da Asa Norte, ao lado da companheira, Andrea Gozzo, da filha Alice e de dois netos, quando começou a passar mal. Não havia paramédicos no estabelecimento e houve dificuldade em acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Quando a ambulância chegou ao local, cerca de 20 minutos depois, o artista teve que ser reanimado e foi levado entubado para o Hospital de Base. Lá, aconteceram tentativas de reanimá-lo novamente, mas ele não resistiu e faleceu.

Confira poemas em homenagem a Jota Pingo

Adeus a Jota Pingo
Já ouvi falar, muita gente diz,
que o último pingo é sempre na cueca.
Mas quem pensa assim é mero aprendiz.
Percebi que não. Descobri! Eureca!

Pingo que se vai é mais um heroi
que nos abandona, ascende, parte,
deixando-nos dor que dentro corrói.
-Mas que nos devolvam aquele estandarte!

A quem mais citar aqui no soneto?
Bide, Brother, Beira, Boi, Charles Preto,
todos construindo o perfil candango!

Foi-se Jota Pingo, foice-e-martelo.
Não choremos, gente! Eu rogo e apelo,
brindemos, enfim, num último rango.
Jorge Antunes

EXTRA, EXTRA, EXTRA

No mercado fazendo

Compras

para seu último rango,

ta lá o corpo estendido no chão,

Extra, Extra, Extra,

Quando o coração repentinamente

sem serpentina na mente

desmente tudo

que sonhava.

O último respiro,

o coração repentinamente

PAROU.

Parou por quê?

Parou porque

Parou ...

É isso,

o coração para,

cansado deste mundo

ele simplesmente decide

Ir para outros

rangos,

e lá se vai o nosso

Jota Pingo.

O mercado que é cultural

Estava extra, extravagante

Extra, extra, extra

É a notícia do jornal de

Hoje, EXTRA.

Joãozinho Da Vila Planalto




Meu amigo J.Pingo

É do teu tamanho

A tristeza deste domingo..................

Renato Matos

Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2012/12/03/interna_diversao_arte,337038/cultura-de-brasilia-perde-um-dos-seus-principais-artistas-jota-pingo.shtml

Prêmio Sesc de Música seleciona 30 canções para concorrer a premiação


Adriana Izel
Publicação: 03/12/2012 08:28Atualização: 03/12/2012 09:22

A comissão julgadora do Prêmio Sesc de Música Tom Jobim 2012 já selecionou as 30 canções que vão participar do festival. O evento ocorre de 5 a 8 de dezembro no Teatro Sesc Garagem, na 913 Sul. A premiação, que está em sua nona edição, vai eleger as três melhores composições, o melhor intérprete e, ainda, a música eleita pelo júri popular.

Durante três dias, de 5 a 7 sempre às 20h, serão apresentadas dez canções ao público e aos jurados. No último dia, no sábado (8/12), será divulgado o resultado e os vencedores. Das 30 canções, 12 vão integrar um CD que será lançado pelo Sesc.

Confira a programação e 30 canções selecionadas


5/12 (quarta-feira)

1 - “A diante tem um rio bem maior”, de Edilson Rozeira (Distrito Federal) Gênero: Sertanejo.

2 - “Ator”, de Adriano Rocha(Distrito Federal). Gênero: MPB.

3 - “Ao teu lado”, de Júlio Pepe (Distrito Federal). Gênero: MPB

4 – “Ainda ontem”, de Raíque Mackaú (Distrito Federal). Gênero: MPB

5 - “Escapismo”, de Sidval Lucas Barbosa (Distrito Federal). Gênero: Pop Rock

6- “Lendas e Viagens”, de Wander Pereira (Distrito Federal). Gênero: Xote/Reggae

7- “Rosa”, de Deivid Rodrigues de Oliveira (Distrito Federal). Gênero: Forró Pé de Serra.

8 – “Meio Outside”, de Mariano Júnior (Distrito Federal). Gênero: Distrito Federal.

9 – “Voz”, de Caroline Voigt (Distrito Federal). Gênero: MPB.

10 – “Obrigado meu pai”, de Alex Souza (Distrito Federal). Gênero: Samba.

6/12 (quinta-feira)

1. “Só por você”, de Roberto dos Santos (Distrito Federal). Gênero: Xote.

2. “Noite sem fim”, de Mario Noya (Distrito Federal). Gênero: MPB.

3. “Pequena”, de Uilson Pereira da Silva (Distrito Federal). Gênero :Pop.

4. “O Circo”, de Marcus Aurélio Dantas da Silva (Distrito Federal). Gênero:Rap.
5. “Qualquer tom”, de Cleison Antonio dos Santos (Distrito Federal). Gênero: MPB.

6. “Uma flor no meio da guera”, de Christiano Santana de Sá (Distrito Federal). Gênero: MPB/ Black.

7. “Deixar estar”, de Ana Reis Cris Pereira (Distrito Federal). Gênero: Samba.

8. “Raiares”, de Robson Roberto Rodrigues da Cruz e Carlos da Veiga Feitosa (Distrito Federal). Gênero: Canção.

9. “Tô procurando uma namorada”, de Arilson Pereira da Silva (Distrito Federal). Gênero: POP.

10. “Canela de Ema”, de Cris Araújo (Distrio Federal). Gênero: Regional.

7/12 (sexta-feira)

1.“A flor do cerrado”, de Fernando Cavallieri (São Paulo). Gênero: MPB.

2. “Canteiro de Estrelas”, de Diorgem Júnior (Minas Gerais). Gênero: Canção.

3. “Cor de Rosa”, de Rogério Flávio(Minas Gerais). Gênero:Canção.

4. “Do Lado de Lã”, de Ricardo Starling (Distrito Federal ). Gênero: Pop.

5 . “Pra mim é assim”, de Vicente Sá e Cayê Milfont (Distrito Federal). Gênero: MPB.

6. “Um Pouco de nós”, de Paula Nunes (Distrito Federal). Gênero: MPB.

7. “Moinhos do Tempo”, de Sergio Leite (Pará). Gênero: Balada.

8. “Pedra Rara”, de Marinho San (Minas Gerais). Gênero:MPB.

9. “Solução”, de Dafne Lara (Distrito Federal). Gênero: Samba.

10. “Salve a minha cultura”, de Ulisses Higino (Distrito Federal). Gênero: Baião.

Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2012/12/03/interna_diversao_arte,337027/premio-sesc-de-musica-seleciona-30-cancoes-para-concorrer-a-premiacao.shtml
 
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