14/05/2014
às 1:53 \ Cultura [Não se assuste com o tamanho do post, leitor preguiçoso. O artigo principal é só esta primeira parte. Depois vêm os anexos com a polêmica editorial Andreazza X Werneck e os meus artigos de 2013. Vamos lá:]
“Considero o máximo da habilidade político-econômica a desses caras que se locupletam no capitalismo entrando pela esquerda.”
Esta é uma das frases de Millôr Fernandes, o jornalista, escritor, desenhista, tradutor, teatrólogo, humorista e, sobretudo, frasista, que será o homenageado deste ano na Festa Literária Internacional de Paraty – aquele evento, coincidentemente, feito com dinheiro público por esquerdistas e para esquerdistas, mas também para os incautos que acreditam estar diante de verdadeiras mesas de debates literários.
Em 2013, a Folha publicou a matéria “Autores de esquerda dominam Flip inspirada por Graciliano“, a partir da qual escrevi dois artigos, comentando as explicações do então curador Miguel Conde, para quem o dissenso – imagine! – não sairia prejudicado, e de outros igualmente cínicos e/ou ignorantes como Milton Hatoum, que “discordava” de que Nelson Rodrigues era de direita, apesar de todas as confissões do próprio Nelson. Nenhum deles conseguia sequer lembrar nomes de autores brasileiros de direita do passado e do presente, de modo que Olavo de Carvalho teve de listar nada menos que 80 para desmascarar a patota.
Como em 2014 o novo curador da Flip – que eu chamava carinhosamente de Flep (Festa Literária da Esquerda em Paraty) – é o jornalista Paulo Werneck, ex-editor do caderno Ilustríssima da Folha, não sei se o jornal fará uma matéria que sirva de base ao meu artigo deste ano, de modo que vou logo me adiantando. Ao explicar ao G1 a tendência da programação, Werneck afirmou que “o tom foi dado pelo Millôr”, porque “ele era a pedra no sapato do poder”. “É um tom crítico, principalmente ao poder”, “mas são novos críticos, que falam de questões do século 21. Não é a ‘velha esquerda’ ou a ‘velha direita’.” Ah não, é?
Bem, que não é a “velha direita”, nem a dita “nova”, não resta dúvida, porque, mais uma vez, nenhum direitista atuante foi convidado. Mas como poderia não ser a ‘velha esquerda’ se velhos esquerdistas como Bernardo Kucinski (aquele que sugeriu a criação de um “UOL de esquerda” em texto reproduzido no site do PT) e Marcelo Rubens Paiva (“Sou militante. Sou o Reinaldo Azevedo da esquerda”) participarão até de uma “comissão da verdade”, digo, de uma mesa chamada “Memórias do Cárcere: 50 anos do golpe”? São esses alguns dos “novos críticos, que falam de questões do século 21″!? Esperar que Werneck convidasse ao menos um historiador como Marco Antonio Villa, autor de “Ditadura à Brasileira – 1964-1985: A democracia golpeada à esquerda e à direita”, seria mesmo demais, porque, a julgar pelos palestrantes, a parte “golpeada à esquerda” não interessa muito à discussão do século passado.
Outro esquerdista da Flip será Antonio Prata, aquele que, imaginando fazer sátira, escreveu na própria Folha em 2013: “Como todos sabem, vivemos num totalitarismo de esquerda. A rubra súcia domina o governo, as universidades, a mídia, a cúpula da CBF e a Comissão de Direitos Humanos e Minorias, na Câmara” – uma descrição bem exata e literal do estado de coisas, como comentou Olavo na ocasião, “tanto que vários leitores levaram a afirmativa a sério e a aplaudiram”, ainda que ele tivesse esquecido de citar a Flip. “O autor teve de avisar, ‘ex post facto’, que pretendera fazer piada. No meu tempo de ginásio, quem quer que ignorasse que não se satiriza a verdade tiraria zero de redação. Mas, para expulsar os liberais e conservadores da mídia, vale até um colunista se expor ao ridículo. Tudo pela causa.”
Tudo mesmo. Tanto que, em Paraty, além de uma mesa anti-imperialista com Charles Ferguson e Glenn Greenwald, haverá críticas ao capitalismo até na mesa de culinária, com o ativista americano Michael Pollan. Isto sem falar na dupla Eliane Brum e Gregório Duvivier, escalados para a mesa de poesia. Brum é aquela esquerdista que defendia os rolezeiros com pérolas da ideologia como esta (que já comentei aqui): “Os shoppings foram construídos para mantê-los do lado de fora e, de repente, eles ousaram superar a margem e entrar.” Lindo, não? Deviam estar mesmo entupidos de ricos os shoppings da periferia…
Já Gregório é aquele humorista anticristão para quem a moda reacionária é usar um “puta óculos escuros Prada de aro dourado” como o do coronel Paulo Malhães. Do seu primeiro livro, eu até li o “Soneto prático para a despedida”, tão prático que contei pelo menos dois versos capengas (o 4: “o fim, e a certeza da dor, atroz,”; e o 11: “rasguem-se de dor e feito papel”), além de imagens toscas como “chovem corpos picados”. Seguro, porém, de que ele poderia aprender a fazer decassílabos com as tônicas certas antes de publicar novos livros, fui ler a exaltação de seu mais recente, feita por outro esquerdista da Folha, Marcelo Coelho.
Encontrei lá:
Mas é possível ir mais longe; em vez de “pão de centeio”, por que não escrever “Wickbold” de uma vez? É o que faz Gregorio Duvivier em seu livro “Ligue os pontos”… Duvivier é mestre em criar imagens verbais muito precisas. Assim, a avenida Niemeyer, no Rio de Janeiro, se esgueira entre o mar e a montanha “como o Chile”, e a baía da Guanabara “é uma sopa de óleo diesel”.
Que precisão, não é mesmo? Incrível. Adeus, Alberto da Cunha Melo e Bruno Tolentino. Já estou até pensando em chamar a Flip de sopa de óleo ideológico e dinheiro público, na qual o curador Paulo Werneck e seus camaradas molham os “Wickbolds” de cada dia.
Duvivier é um dos seis autores da Companhia das Letras – cuja sede é em São Paulo – convidados para o evento. Da Record – sediada no Rio – foram apenas dois, David Carr e Marcelo Gleiser, ambos de não ficção. Escritores como Cristovão Tezza, Lya Luft, Alberto Mussa e Evandro Affonso Ferreira foram ignorados (e nem preciso dizer que autores best sellers como Olavo de Carvalho, Reinaldo Azevedo e Diogo Mainardi, também), assim como a maioria dos e-mails enviados a Werneck por Carlos Andreazza. O editor da Record reagiu então no Facebook contra “a concentração editorial – que é uma das marcas mais duradouras da Flip que hoje quer questionar o poder”, e escreveu: “como querer que a maior editora do Brasil – certamente a que mais acredita e investe em literatura neste país – esteja minimamente representada na Flip, se a literatura brasileira ela mesma não está? É inaceitável que a Festa Literária Internacional de Paraty desconsidere a literatura brasileira assim tão abertamente.”
Se em 2013 o dissenso já não saía prejudicado sem direitistas, em 2014 a ausência da própria literatura não será lá um grande problema. O curador Miguel Conde, quando dizia “Naturalmente, convidei autores dos quais me sinto mais próximo”, era ao menos mais sincero que Werneck, que, em resposta à Folha, preferiu falar em “frustração natural das editoras” e “renovação da geração literária”. Cinismos à parte, a verdade é que, em seu caolho tributo a um crítico da direita e da esquerda como foi Millôr, só faltou o curador colocar a reescritora Patrícia Secco para ensinar como ‘seccou’ as obras de Machado de Assis e José de Alencar com R$ 1.039.000 dos cofres públicos. Mas ainda há esperanças: espere só até o ano que vem.
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ANEXO I
Seguem o artigo de Carlos Andreazza, um trecho da Folha com as respostas cínicas de Paulo Werneck e o comentário do editor da Record após ler a matéria.
1.
Sobre a FLIP 2014: a literatura brasileira excluída
Carlos Andreazza
Você publica, entre romancistas, contistas e poetas, cerca de 25 autores literários brasileiros por ano – e então chega a FLIP, apresenta sua programação e não convida sequer um deles.
Foram meses de busca incessante por diálogo, por poder apresentar meus autores e trocar ideias a respeito – mas nada. Quando muito, para ser preciso, depois de semanas insistentes, uma resposta evasiva, quase um favor, uma migalha, e logo o silêncio restabelecido – a impossibilidade de ir adiante na conversa. E então isto, de súbito, o anúncio dos escalados para a FLIP 2014, a que quer questionar o poder: poucos, pouquíssimos – se com boa vontade – escritores de literatura brasileira, ademais numa concentração editorial bárbara, e nenhum daquele que é o maior e mais representativo catálogo literário do Brasil.
Na mosca! Inaceitavelmente na mosca…
Como editor-executivo da Record, editora que mais investe em autores nacionais neste país, sinto-me obrigado a tornar pública a minha perplexidade – e nos mesmos termos como a fiz chegar ao curador da Festa Literária Internacional de Paraty, o tão competente quanto inacessível Paulo Werneck.
Responsável pela publicação – apenas em 2014, e somente até agosto, mês da FLIP – de escritores como Cristovão Tezza, Lya Luft, Alberto Mussa e Evandro Affonso Ferreira, entre vários outros, todos mais que qualificados a participar da Festa, todos absolutamente ignorados, não fico, não posso ficar satisfeito em ter só dois autores na programação, David Carr e Marcelo Gleiser, por relevantes que sejam, e são, porque é em momentos como este que o monumental e perene investimento da Record em literatura brasileira precisa e deve ter o devido peso representativo, tanto mais ante o – previsível – desequilíbrio editorial novamente estabelecido. (Este – o desequilíbrio editorial, a concentração editorial – que é uma das marcas mais duradouras da FLIP que hoje quer questionar o poder).
Refletindo melhor, no entanto, como querer que a maior editora do Brasil – certamente a que mais acredita e investe em literatura neste país – esteja minimamente representada na FLIP, se a literatura brasileira ela mesma não está?
É inaceitável que a Festa Literária Internacional de Paraty desconsidere a literatura brasileira assim tão abertamente.
2.
FOLHA: Literatura brasileira foi excluída da Flipe, diz editor da Record
(…)
Paulo Werneck, curador da Flip, disse à Folha que trocou vários e-mails com Andreazza nos últimos meses. “Nós fizemos uma reunião em novembro com a Record, ele estava lá, e depois tivemos um contato regular. Sempre me mostrei aberto.”
“Existe uma frustração natural das editoras, todas gostariam de ter mais autores na programação”, completa Werneck. “A programação da Flip é montada pelo curador. Todas as editoras deram ideias que não foram emplacadas.”
Sobre a ausência dos autores citados por Andreazza (como Tezza e Mussa) na programação oficial, Werneck disse que tentou neste ano não repetir autores de Flips anteriores.
“Depois de tantas edições, estamos vivendo uma renovação da geração literária da Flip”, analisa.
Werneck também contesta a acusação de “concentração editorial”. “Acho que a programação foi bem democrática. Temos 41 autores representados por 16 editoras. Algumas delas nunca tinham participado da Flip antes, como a Sextante.”
Companhia das Letras (seis autores) e Cosac Naify (quatro) são as editoras com mais escritores na Flip.
3.
Comentário de Carlos Andreazza no Facebook:
Terei enviado cerca de vinte e-mails ao curador da FLIP, Paulo Werneck, sempre disposto a falar de meus autores e trocar ideias sobre a programação.
Werneck me terá respondido, com sorte, uma três vezes, sempre depois de muita insistência minha, sempre de forma vaga, pouco disposta ao diálogo.
Ele, Paulo Werneck, sabe que foi assim, ou não teria, nas raras vezes em que me respondeu, aberto seus e-mails com um pedido de desculpas.
Só me atendeu rapidamente na semana passada, quando lhe escrevi – já sabendo que os autores literários da Record haviam sido ignorados, como de resto o foi a própria literatura – com a crítica dura que hoje tornei pública.
Naquela ocasião, em nome da correção, disse-lhe o que faria hoje.
Esta é a verdade.
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ANEXO II
Seguem meus artigos de 2013 (com grifos) sobre a Flip:
1.
A Flip e a Folha: uma festa caolha
Felipe Moura Brasil
A Flip, Festa Literária Internacional de Paraty, que eu chamo carinhosamente de Flep, Festa Literária da Esquerda em Paraty, é mesmo um encontro de miguxos ideológicos, como evidencia a reportagem da Folha de S. Paulo “Autores de esquerda dominam Flip inspirada por Graciliano” — sintoma evidente da hegemonia cultural esquerdista no Brasil de Antonio Gramsci.
Segundo a Folha, “das 21 discussões da programação principal, apenas sete não têm a política como eixo nem pelo menos um integrante cuja vida ou obra não estejam ligadas à militância, particularmente de esquerda. Autores de perfil conservador ou de centro estão ausentes”, e o curador Miguel Conde ainda tem a cara-de-pau de dizer que o dissenso não sairá prejudicado: “Todas as Flips tiveram predomínio de autores considerados mais ou menos de esquerda. É uma caracterização ampla, que abriga posições diferentes e às vezes conflitantes.”
Ele diz não haver “exclusão deliberada” do pensamento conservador: “Naturalmente, convidei autores dos quais me sinto mais próximo ou que abordam as questões de maneira inteligente.” Sim, eu entendo. Nada mais natural para um esquerdista do que convidar só os miguxos ideológicos — os únicos que “abordam as questões de maneira inteligente” — para debater entre si, dentro do limite admitido de discordância. Hoje, como se vê, não existe mais a “exclusão deliberada”. Só a exclusão natural…
Nem Conde, nem o sociólogo Sergio Miceli, nem o escritor Milton Hatoum conseguem pensar em nomes de autores conservadores relevantes, sendo que Hatoum ainda “discorda” de que Nelson Rodrigues era de direita, ou seja: discorda do próprio Nelson. Está sofrendo da síndrome de Jabor: quer um Nelson Rodrigues para chamar de seu.
Em meio à sonsice, o valente editor Carlos Andreazza, da Record, felizmente aparece para dizer o óbvio ululante: “Não faltam autores conservadores. Falta coragem para convidá-los.” E a reportagem segue: “‘Não tenho dúvida de que a Flip sempre foi de esquerda. É legítimo, aliás. A discussão, no entanto, fica incompleta. Se quisessem abrir espaço ao contraditório, não faltariam opções‘, diz Andreazza, citando, entre elas, o filósofo Olavo de Carvalho.”
Mas eles não querem, é claro, abrir espaço ao contraditório, muito menos a alguém da envergadura intelectual de Olavo de Carvalho. A esquerda vive de manter o público afastado das refutações de suas mentiras, como se nem sequer existissem aqueles que as refutam. É assim na Flip. É assim no mercado editorial. É assim nas escolas e universidades. É assim na grande mídia. É assim por toda parte, desde que os esquerdistas adotaram a revolução cultural gramsciana como estratégia para a tomada do poder político, com a complacência dos militares que não viram nisso o menor problema. Primeiro eles destruíram a linguagem, depois o país.
O título da reportagem da Folha, na verdade, deveria ser: “Autores de esquerda predominam em todo o sistema midiático, educacional e editorial do Brasil inspirados por Gramsci, inclusive aqui na Folha de S. Paulo”. Subtítulo: “E você, leitor idiota, ainda se deixa adestrar por todos nós que produzimos o desastre nacional, em vez de sair correndo atrás dos conservadores na internet.”
2.
E você ainda ouve essa gente?
Felipe Moura Brasil
Já imaginou se eu organizasse uma festinha literária com dinheiro público do governo do Rio de Janeiro, da Embratel, da Petrobras e da Eletrobras, e só convidasse autores de direita? Se eu fosse o mediador de um debate entre Olavo de Carvalho, Diogo Mainardi e Reinaldo Azevedo (eu sei que vocês iam adorar); e ainda reunisse em uma mesa paralela de discussões políticas atuais Marco Feliciano, Silas Malafaia e Jair Bolsonaro? Já imaginou se eu declarasse que preferi chamar aqueles de quem eu me sinto mais próximo, aqueles que abordam as questões de maneira inteligente, e que eu nem consigo pensar em autores de esquerda?
Já imaginou o tamanho do escândalo? Já imaginou as manchetes nos jornais? Já imaginou quantos selinhos gays dariam os artistas? Já imaginou a cara da Leilane Neubarth na cobertura 24 horas da Globo News entrevistando especialistas em – deixe-me ver… – “corrupção conservadora”? Já imaginou os textos de Leonardo Boff, de seu xará Sakamoto e de Emir Sader reunidos em uma sessão especial de sites panfletários comunistas tipo Pragmatismo Político? Já imaginou os punks recrutados pelo PSTU depredando a portaria do meu prédio? Já imaginou os “manifestantes” arregimentados pelo petista Gilberto Carvalho queimando pneus no meu elevador? Já imaginou a horda de universitários barbudinhos com camisa do Che Guevara acampados na minha rua? Já imaginou o William Bonner dizendo no Jornal Nacional que é tudo uma manifestação espontânea e pacífica de um povo indignado, lamentavelmente atrapalhada por uma minoria de vândalos que não representam ninguém? Já imaginou a profusão de parasitas na minha página do facebook, daquele tipo que acha a grande mídia manipuladora, mas repete tudo que ela diz e faz tudo que ela aplaude? Já imaginou o quão nazista, fascista, fundamentalista, fanático, terrorista, racista, homofóbico, corrupto e ladrão eu seria? Já imaginou as medidas legais para proteger o país contra a ameaça da ditadura da “extrema-direta radical”?
Já imaginou?
Pois é. Mas a Flip não rende nem um selinho da Daniela Mercury. Nem um cartaz “Eu não leio, mas não sou otário!”. Nadinha. Se é de esquerda afinal, que mal há, não é mesmo? Ninguém protesta, ninguém reclama, ninguém debocha. A não ser esse tal de Felipe Moura Brasil, aqui e no artigo “A Flip e a Folha: uma festa caolha“, no Mídia Sem Máscara; e agora Olavo de Carvalho, no Diário do Comércio (“Alguém e ninguém“) – o primeiro de dois artigos do filósofo a respeito. [O segundo é "A esquerda e os mitos difamatórios".]
Eu ia até organizar uma listinha daqueles autores de direita de que o curador do evento Miguel Conde, o sociólogo Sergio Miceli e o escritor Milton Hatoum não conseguem se lembrar, coitadinhos; mas felizmente Olavo já fez isso por mim no texto dele. São quase 80, só dos que lembrou de cabeça. E ainda vem mais.
Quando eu me dei conta na juventude de que todas as informações, ideias, crenças, valores, opiniões e principalmente invejas e ódios que eu respirava no ambiente cultural brasileiro – mesmo que espirrando – vinham do mesmo grupo de mixugos político-ideológicos do sr. Conde, eu saí correndo atrás daqueles que pudessem me desintoxicar.
Não fui o único. Mas a maioria dos jovens não estava nem está nem aí para a bolha em que vive, e nem a 1.840.756.932ª confissão dos autores da bolha lhe desperta ao menos o desejo de arranhá-la com a mãozinha. Eles gostam mesmo é de ficar lá dentro. Só se manifestam quando um esquerdista manda; ou quando algum reacionário, como eu, diz que eles são todos otários.
Já imaginou se não dissesse?…
Felipe Moura Brasil - http://www.veja.com/felipemourabrasil
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