segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Poema "suspiro", de Marcos Freitas

suspiro

clarividente, mostro os dentes.
é assim que se
atesta a qualidade dos cavalos.

ao primeiro relâmpago
seguro o medo e
aguardo o miraculoso estrondo do trovão.

sorrateiro, murmuro sombras
diante da página branca:
espelho vazio de mim.

o agora longevo frio inverno e
de céu azul, em breve explodirá
em flores brancas de cagaitas e ipês.

inocente, irei torcer
pelo fim do desmonte
da nossa frágil democracia.

marcos freitas.

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